Coleção pessoal de valfogaca
" Eu fui crescendo e me sentindo mais sozinha, mas
minhas melhores companhias eram as estrelas. Eu as
tinha todos os dias, isso me fortalecia e me deixava
feliz. "
(Maria Antonieta da serra do Ramalho)
"Ela sabia do meu bom coração. Poderia
ser traquina, atentada, mas minhas travessuras eram
sadias. A maldade mesmo não morava em mim."
(Maria Antonieta da serra do Ramalho)
"Eu guardo muitas lembranças boas, mas há sem-
pre as memórias ruins que ficam. Como tudo na vida:
sempre há dias de sol, dias de tempestades. "
( Maria Antonieta da serra do Ramalho)
Apaixonei por este sorriso singelo, por este olhar seguro que desperta em mim cada vez que ouço um “não”.
Apaixonei por esta bela mulher que revive em mim.
Tempo transporta,
traz você para mim.
Deus transforma
circunstância ruim,
abate o orgulho,
falta de interesse.
traz apreço,
vontade por mim.
Tempo cura,
tempo perdoa,
tempo anuncia,
tempo leva meu anseio,
a dor deste pensamento
flutuante, sem caminho.
Tempo que me leva ao
melhor destino para sonhar,
crer neste amor divino, ficar.
Muitas vezes os sentimentos se misturam como açúcar e sal; não temos a percepção de qual o mais cristalizado. Nisso, salgamos o outro com nossa expectativa exagerada, descabida... E adoçamos a nossa fantasia com pensamentos irreais, desleais... O outro passa a ser nosso céu e inferno, ternura e loucura... descarregamos nossas energias e demoramos tempo para recarregá-las. Iludidos... vamos clamando ao tempo paciência, amplidão e respeito pelo “não” ; firmeza pelo “sim”.
… E ela lhe deu um abraço forte e verdadeiro, não como despedida ou desespero, mas foi para que a tristeza se dissolvesse, para que a frustração diminuísse, para que o universo trouxesse a paz para seu pensamento.
Não avance as estações, pois haverá um tempo para plantio e para colheita. E mesmo que ela não venha como esperado, com a nossa persistência e humildade, haverá a estação própria para fazer acontecer o milagre, o tão esperado.
E vai chegar o tempo em que toda lágrima se secará e viveremos em paz. E essa paz é o nosso descanso eterno, pois a vida aqui é só tormento e ilusão. Os momentos de alegria são engodos, armadilhas para nos derrubar e mostrar que tudo é vaidade, pura vaidade, loucura...
Aquelas curtidas deveriam sair da condição de vocábulos
e se transformarem em palavras, frases, períodos compostos.
Os inúmeros corações transmitidos deveriam ser um convite para um encontro próximo a montanhas, ao som das canções líricas, ao toque vibrante dos raios de sol, diante do reflexo das águas cristalinas.
Um momento fotográfico poderia se transformar na plenitude de uma vida a dois.
Avenida lenta,
No meu caminhar tão agitado,
mas numa avenida tão lenta…
nesse domingo de manhã,
um café amargo,
um gosto saboroso
de um sonho tão esperado,
vi fotos, brilho no olhar,
vi um aconchegante sorriso,
esse que acalma o meu corpo,
adormece minha insatisfação,
exalta minha esperança
e me faz repensar na minha lida,
nas minhas companhias.
Nesse sorriso que se alarga,
mas se cala, e não me permite
entendero que se passa no coração,
passo horas,dedico toda minha atenção.
Mas o corpo não pode perder
a noçãodo tempo,
nem a razão do destino.
A alma precisa tomar decisão,
criar um espaço para que a unicidade domine,
para que os nossos corpos se aproximem
e prosperem.
Nessa manhã de domingo,
nada pode ficar ao caso, ao esquecimento,
porque a recordação que vem agora,
ela não deve ser esquecida,
não pode ser adormecida.
Meus olhos alcançam os seus e, você,
nesta manhã de calor e de monotonia,
poderia mergulhar nas águas frescas
dos meus pensamentos,
das minhas vontades de estar
ao seu lado.
Sou plantio nesta terra severa,
brinco-de-princesa
a florir nesta terra estafada.
Sou o despertar das três da madrugada
a meditar nesta terra benevolente,
adocicada por flores de jasmim.
Sou o despertar da aurora
a sonhar com dias vindouros,
dias de paz , sem fome, sem guerra.
O seu bom-dia renova o meu dia,
o seu sorriso desperta meu olhar,
e a esperança volta a sorrir para mim.
A ansiedade outrora me corroía,
mas agora ela se afoga num rio suave.
A luz de minha consciência
ressurge dessas águas infinitas;
nossos corpos se encontram,
e há uma unificação contínua
do nosso amor.
Neste pôr do sol tão esplêndido,
Neste abraço tão distante,
quando se despede na
cor laranja da tardezinha,
busco o silêncio de minha alma,
adormeço na minha própria
companhia; navego nas cores
que alcanço e vejo no despertar
do novo dia a minha renovação.
O meu culto é para um Deus que sinto,
não que vejo, pois seria demasiadamente
sem graça ver, melhor é crer.
A sensação é mais prazerosa, grandiosa.
Devoto um Deus que me ama, que cuida de mim.
Eu o sinto a todo instante.
Sabe naqueles dias de imensa claridade do sol,
sinto-o tocando meu íntimo e me dizendo
que sou forte como o monte Everest.
Ele me diz o tempo todo que me aceita,
mesmo quando se sente rejeitado.
Naqueles dias de chuvas,
Ele é meu aconchego,
minha manta.
Toda lágrima quando desce,
forma um rio de esperança.
Mesmo quando desmereço um abraço,
Ele vem e me acalenta.
Mesmo quando me falta sonhos,
Ele vem e me levanta.
Ele me faz enxergar que sou
uma luminária no cume de uma montanha.
Presa neste rebanho, busco refúgio
para meu pensamento de sempre.
Tão incompleta,
tão desvairada,
vou percorrendo
e me sufoco nos mares
deste sentimento sem vida.
Sinto-me perfurada por dentro
e me afogo neste rio de incerteza.
Ouço o ruído de muitas águas
e acredito ser o descanso
para esta alma que soluça incansavelmente.
Não me encontro nos meus ideais;
não posso lastimar minha razão
porque não há sentido nos meus passos.
Outra vez, percorro rios
e me encontro novamente no mesmo labirinto.
Escrevo porque meu agora é infinito,
porque sou um abrigo de sonhos...
Sobrevoando os mares,
sinto seu caloroso abraço
e me refugio no meu pensamento,
alcanço seus olhos, e
o temor da noite vai embora,
o sono vem
e durmo em paz...
Do alto plácido
vem meu recomeço.
Do alto esplêndido
vem o sol aquecer minha razão.
Despindo-me da pérfida verdade,
permaneço respirando esperança.
Sombras de nuvens passageiras
ensinam-me a triunfar diante
deste momento deserto.
Ouço cantos de esperança:
logo este tempo vai findar;
logo vou respirar.
Pedras me arruínam,
pontes me elevam.
Destinos me inflamam,
caminhos me curam.
Fujo das agruras,
das ideias descontínuas;
deleito-me na reconstrução
deste meu sonho solitário.