Coleção pessoal de valdeck

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Somos a história: poetas, meninos, meninas, contadores de HISTÓRIAS, fazedores da HISTÓRIA. Podem escrever: a poesia está solta, na rua, ninguém mais consegue prendê-la em pedestais, em estantes polidas, está na boca do povo!

Fome...

Consequência da má distribuição de renda; da ganância; da doença das mentes antissociais do neo-colonialismo; fome é uma vergonha nesse mundo que produz comida para alimentar vários planetas; fome é resultado do acúmulo de bens para ostentar; enfim, fome é fome de respeito...

Ninguém guia ou influencia ninguém. As pessoas são livres e escolhem seus caminhos conforme sua competência e disposição. Não acredito em fatalismo, acidente nem destino. O fluxo de vida é contínuo, inconsequente e imprevisível, mas cada um segue ou para, segundo as conveniências.

Gastei tanto tempo numa escola de datilografia...

Depois me vangloriava em poder "digitar" no computador com os dez dedos... Sorria de quem datilografava ou digitava com os dois dedos indicadores...

Agora, se eu quiser ser 'moderno' e usar um Smartphone, I-Pad, I-Pod, terei que teclar com os dois dedos polegares...

Salvador, 25 de fevereiro de 2014

Mecenas de mim mesmo.
Para cada quilo de burocracia, carimbos, ofícios, papeladas, formulários, autorizações, taxas, impostos, contribuições, processos, pareceres, dossiês, decretos e publicações em diários, eu escrevo várias tortuosas páginas, encaderno, editoro, imprimo, espalho na internet, contamino mentes e almas, por aí a fora. Sigo fazendo o que o rito não permitiria, não autorizaria.

Para quem está no conforto do estabelecido e do normatizado é complicado abrir os olhos e o coração para as várias possibilidades. É bem mais fácil usar crenças, natureza, e até deuses para justificar suas visões unilaterais.

Pedaladas. Cinco por cento dos meus amigos não sabem andar de bicicleta. O restante tem artrose, problema de coluna, osteoporose, preguiça, acorda tarde, mania de doença ou recomendação médica para não fazer esforço.

HAI KAI> O RAI não cai duas vezes no mesmo lugar. RAI que KAI.

O "lucro" que se espera da arte e da cultura não pode ser o ingresso vendido, a escultura/livro/quadro/pintura/obra vendida (apenas e tão somente); não pode ser o retorno imediato e visível, mensurável; o verdadeiro lucro da arte e da cultura, além da dimensão econômica, é, essencialmente, a dimensão cidadã e simbólica. Com arte e cultura se transforma mentalidades e relações humanas, se conquista êxito e vitórias impossíveis de mensurar com moedas ou cédulas.

A arte da vida é engolir sapos cada vez maiores, enlarguecer a goela.

Medinho bom de se apaixonar... Cada tombo, um aprendizado e a vontade de cair de novo. Ah, coração...

Às vezes é preciso abraçar quem te machuca, se aproximar de quem te odeia, ressignifiicar sentimentos e seguir a vida... pra ser feilz.

Não quero nenhum lugar no universo da literatura. Tudo o que deveria ser dito ou escrito já foi realizado. A luta é insana e torturante, requer esforço sobre-humano para se manter visível e consumível.
Há muita cacofonia no mundo. Quero parar de ouvir, ver e sentir, me concentrar no nada, no ócio não criativo.

ICBA, 26 de setembro de 2013

A cada noite ele fechava uma janela do passado e a cada manhã acordava mais anônimo.

A memória que tinha da infância era a memória de ontem e dos quarenta anos.

Garçom sóbrio
Quem bebe, não serve. Quem serve, não bebe.

Já violei os dez mandamentos e não me aconteceu nada.
Vou fazer a tábua dos meus mandamentos e os violarei também.
Não vou para o céu, pois não tenho asas.
Não vou para o inferno, pois não sei cavar buraco.
Não vou flutuar, pois não sou tão leve assim.
Não vou desaparecer no ar, pois tenho pedras nos rins.

30 de agosto de 2013

Sabe aquele dia que você está querendo falar com qualquer pessoa na rua, na madrugada fria, escura e perigosa? Qualquer copo de cachaça é conforto, qualquer trago de cigarro é aconchego...
São Paulo, 15 de agosto de 2013

Fastio: ofereceram um cozido ao guloso, após comer um peru assado, dois pratos de feijoada e uma bacia de salada. Ele respondeu: faz, tio, que eu como.

Facebook: No princípio era o livro. Veio o verbo em inglês e o livro fez-se book.