Coleção pessoal de ururay

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O poeta é como o príncipe das nuvens. As suas asas de gigante não o deixam caminhar.

O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.

Seja cortês com todos, sociável com muitos, íntimo de poucos, amigo de um e inimigo de nenhum.

Todo homem é poeta quando está apaixonado.

Nesta noite
ninguém pode deitar-se:
lua cheia.

Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer.

Dance como se ninguem estivesse olhando, até a lua virar sol e a grama virar lama .. "

Ela

Mas que haverá com a Lua, que sempre que a gente a olha, é com um novo espanto?

Seja Feliz

O que é o amor?
Algo que te causa sofrimento e dor.
Mas, também que mata de felicidade.
Te enche de vaidade, que briga por liberdade.
Que nunca espera nada em troca.
Mas seria isso ser idiota?
De que adianta se doar, se entregar de corpo e alma e não ser valorizado?
Deixa magoado!
Com isso vem o trauma de amar, mas isso é bobagem que muda com o tempo.
O que importa é lutar pela felicidade.
Carpe Diem, Carpe Noche e viva intensamente.

Quem sonha de dia tem consciência de muitas coisas que escapam a quem sonha só de noite.

APROVEITE O DIA

Quantas vezes você pode errar?
O máximo que conseguir...
Quantas vezes você pode se apaixonar?
Uma porção de vezes....
Quantas vezes você vai achar que será pra sempre?
Algumas vezes...

Mas quantas vezes você encontra a pessoa certa?
Apenas uma vez...

Erre o quanto puder...
Se apaixone se desejar...
Ache que vai ser pra sempre em todas elas...

Mas você só tem uma chance de ser feliz
Carpe diem...

Escolhe um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.

Unidade

Minh’alma estava naquele instante
Fora de mim longe muito longe

Chegaste
E desde logo foi Verão
O Verão com as suas palmas
os seus mormaços
os seus ventos de sôfrega mocidade
Debalde os teus afagos insinuavam quebranto e molície
O instinto de penetração já despertado
Era como uma seta de fogo

Foi então que min’alma veio vindo
Veio vindo de muito longe
Veio vindo
Para de súbito entrar-me violenta e sacudir-me todo
No momento fugaz da
unidade.

Isso de estar vivo não vai acabar bem.

Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força

Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!

Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá

Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no Sertão
Sou de Ouricuri
Oô...

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

Antes de se amar profundamente, não se viveu ainda; e, depois, começa-se a morrer.

Querer que uma mulher ame toda a vida, é tão absurdo como querer que a Primavera dure todo o ano.

A mulher que se beijou e não se teve, que se adivinhou e não se possuiu, transforma-se para nós numa obsessão, numa preocupação doentia.

É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música.

Uma mulher perdoará um homem por tentar seduzi-la, mas não o homem que perde essa oportunidade quando ela lhe é oferecida.