Coleção pessoal de UmAmoor
Não lembro quando foi a primeira vez que desejei a minha morte, mas sei que penso desde criança.
Desde criança anseio por esse dia, um dia qualquer.
Todos aqueles que amei morreram ou foram embora. O motivo de ainda estar vivo é que prometi a mim mesmo que não morreria até encontrar algo que fizesse sentido nesse mundo. Estudei, amei, larguei tudo o que me prendia, tudo agora não tinha valor. Esperança? Deixara de existir quando meu pai me expulsou por ajudar minha mãe que também me deixou em troca de um homem qualquer. Morri anos atrás chorando em um banheiro, acho que tinha 17 anos nessa época, tinha percebido que minha mãe me largara novamente por outro homem o que se repetiu nos meus 21 anos.
Minha adolescência foi sufocante, vivi sozinho e aprendi o que sei hoje sozinho. Queria eu ter o amor de alguém novamente.
Não entendo, sempre estudei e mesmo que não estudasse tirava notas boas, ajudei todos no interclasse e minha sala ganhou (guardo a medalha até hoje). Leio livros, poemas, escuto Djavan e Chico Buarque.
Mas então o que falta? Me sinto vazio, quando vejo alguém na rua abaixo a cabeça por respeito a tudo que ela deve ter passado. Devo ser o primo que não faz nada, o que chamam de "vagabundo", sou o filho que não serve, o irmão renegado por ter sido de outra mãe. Choro enquanto escrevo e me pergunto, Quem sou eu?
Cheguei a entender como os animais agem, andei com eles e aprendi pouco a pouco como deveria me comportar.
Tirei a máscara e voltei para o Laboratório do Inferno.
Terno mistério
Mistério gostoso o de
saber que existes.
Não saber aonde moras,
aonde estás.
Feliz é a rua por onde
caminhas, ela sente os
teus passos.
Os amigos que te vêm a
todo instante.
Feliz é quem a tua voz
ouve, e do teu sorriso
desfruta, do teu beijo,
o gosto sente.
Feliz eu sou, mesmo nada
disso tendo, ou sentindo.
Tenho a a certeza que
existes, me les,e ouves.
Meu pedaço terno, de um
querer só meu.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da A.L.B/S.J.do Rio Preto
Membro Honorário da A.L.B/Votuporanga
Membro da U.B.E
O amor, uma vez enlouquecido por medo de perde-lo fiz com que se perdesse e deixasse de me amar, a um ano bebo para te esquecer e a um ano lembro de você ao acordar, ao andar, ao comer e nas páginas perdidas dos livros que tentei ler mas, fiquei perdido lembrando do teu toque, do calor e tua voz. Infelizmente o que resta é apenas lembrança, a primeira e última carta de amor que me deste já foi para o lixo, nossas fotos também e os lençóis foram lavados. Por mais que eu tente, sei que não irei te esquecer, então cuide-se, se divirta e leia muito. Esse é meu adeus, ou mais uma tentativa de dizer, adeus.