Coleção pessoal de TONNILTON
Nossos atos
Em nossos atos
percebo o quanto de ti sou carente
pois dou menos de mim do que de ti recebo
a tua força e teu vigor eu reconheço
por isso o melhor de mim te ofereço
em cada abraço envolvente
ou n'um ato de amor indecente
de corpos suados e quentes
que se explodem em um amor inocente
em um êxtase de prazer desfaleço
abraçado a ti adormeço...
Nossos atos
expressam as dores de uma vida sofrida
o clamor de uma alma afligida
no rosto as marcas de lágrimas vertidas
que durante as noites mal dormidas
recobramos as forças por uma batalha perdida
por situações que não vemos saídas
pela fé que cura essas feridas
que em nenhum momento deve ser esquecida
e n'um ato de amor sem medida
renovamos a alegria e a paz prometida...
Nossos atos
refletem o amor acima de qualquer motivo
maior do que de amante ou de amigo
mas simples como de esposa e marido
forte como um leão e seu bramido
puro como de uma mãe para com seu filho
ousado como de um valente destemido
claro como o sol e o seu brilho
fiel como um cão a seu dono
te ofereço meu amor qual mordomo
e ao teu lado todas as noites ainda sonho...
Nossos atos
resultam em paz que é o fruto da felicidade
de um amor que não se desfaz
por tantos anos te amando sem ser capaz
desfrutando do teu amor que me refaz
do brilho no olhar que você traz
do sorriso fácil em ti contumaz
da tua presença que só me apraz
agradeço a Deus pelo bem que você me faz
por todo teu ser que me satisfaz
viver sem ti não posso jamais...
Nossos atos
revelam pureza de corações apaixonados
dos caminhos percorridos lado a lado
ao final desses caminhos ter chegado
muitas dores muitas lutas enfrentado
às vezes fraco, mas nunca derrotado
sinto a alegria da linha ter cruzado
a ti devo a honra por me ter encorajado
nunca estive só, mas por ti acompanhado
não me envergonho de lágrimas haver chorado
elas refletem o brilho do teu ser iluminado...
Nossos atos
nos dão a certeza de que nunca estive sozinho
se os dias nos assustam as noites dormiram juntinhos
ainda que o mal nos persiga buscando em nós um cantinho
ao nosso esconderijo voltamos quais pássaros a seus ninhos
a Deus recorro em prece rogando que tire os espinhos
nossos corpos embora distantes os corações estejam sempre pertinho
se no mundo não encontro descanso em teus braços só tenho carinho
se algumas vezes não dei-te valor me arrependo de ter sido mesquinho
por isso agora eu falo aos gritos ou em teu ouvido baixinho
que jamais viverei sem ti nem por um minutinho...
Nossos atos
demonstram que somos um até mesmo em pensamento
nas palavras, nos gestos, nos procedimentos
nada entre nós fica sem entendimento
pois Deus é o elo e a razão do nosso bom relacionamento
diante de sua presença me calo, fico quieto
agradeço pela vida dos filhos e também a dos netos
mas por tua vida eu imploro, intercedo e até choro
em tantos anos vividos ainda não sei se te amo ou te adoro
e na velhice contigo quero chegar por essa razão a Deus eu imploro
para quando o Senhor me chamar que eu possa estar em seu colo...
Nossos atos
revelam amizade como um pintor retratando em aquarela
o rosto amável da sua donzela que só ele conhece a intimidade dela
nossos atos revelam a inspiração do poeta que sofre
que em palavras expressa a dor que o envolve
tal qual o canto triste de um pássaro engaiolado
sonhando com os momentos de um dia ter voado
assim me encontro ao sentir teu coração magoado
quisera eu te alegrar com o meu canto na dor da alma por um fim
fazer cessar o teu pranto, pois a dor que dói em ti dói em mim
mas ao Criador tudo entrego, eu, você e os problemas enfim
que Ele por nós interceda e não nos deixe assim...
Custe o que custar.
Custe o que custar.
- Por que madrasta me tem sido a vida?
Os meus sonhos matando em pensamento?
Mesmo a esperança, amiga tão querida,
Ficou sempre alheia ao meu sofrimento.
- Por que passas por mim, felicidade,
Como um fantasma, longe... Assim distante?
E até voltando às costas, a amizade,
Não vem me visitar um só instante?.
- Por que neste jardim de minha vida,
Sobre um monte de cinza dolorida,
Plantam uma flor?- Uma mortalha faz lembrar.
- É a saudade que ali, vive a gargalhar.
Por quê?...Responda-me por caridade,
Esta tal felicidade não consigo encontrar,
Ó! Vida quero vencer esta adversidade,
- Por que hei de ser feliz, custe o que custar.