Coleção pessoal de TobiasMan

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O Poeta Come Amendoim

Mastigado na gostosura quente de amendoim...
Falado numa língua curumim
De palavras incertas num remeleixo melado melancólico...
Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons...
Molham meus beiços que dão beijos alastrados
E depois remurmuram sem malícia as rezas bem nascidas...
Brasil amado não porque seja minha pátria,
Pátria é acaso de migrações e do pão-nosso onde Deus der...
Brasil que eu amo porque é o ritmo do meu braço aventuroso,
O gosto dos meus descansos,
O balanço das minhas cantigas amores e danças.
Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada,
Porque é o meu sentimento pachorrento,
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir.

Sim, ao vazio que me refiro é este.
No qual podemos ver algo cheio;
cheio de si, cheio de atitude, cheio de arrogância, e quando vai sentir... esta cheio de vázio.
um vázio inexistente aos olhos doces de uma criança,
um vázio que dá dor na barriga da gente.
Eu espero mudança, mas espero, muito mais.
Espero que esse vazio não perdure e não aprofunde-se em si nem aos outros.
O mundo que escrevo está cheio; mas o mundo que hábito só encontro vázio nos outros.

Como nos precipitamos, as vezes em dizer. Acabou!
Em horas parece mesmo que não temos a saída, ai nos aparece pessoas, eu digo Pessoas, que nos adentram nos indicam, e se tivermos coragem seguimos, foi assim.
Segui, e hoje me vejo realmente numa outra esfera, que não é a esperança a mais importante, e sim o que você fz pra tê-la.
Percebo diferentes sutaques, diferentes vozes, e mesmo olhares, agora tudo com mais integridade, com maior lucidez, com tons jamais reparados, afinal estes sempre estiveram ai, eu que nunca tinha encontrando quem me indicar.
Por vezes, horas, minutos agradeço pela singela conversa que tocou-me, e pra sempre agradeço pela sua aparição em minha vida.
-Para Camila Moritugui - Morie.

ontem foi muito dificil, acreditar que sobrevivi, hoje simples foi acreditar que estou aqui. Mais uma Vez.

Vamos andar? Pra quais lados nos indicam andar? São tantas decisões e coisas e tal, que me perco dentro de tanta opinião, questionamentos, artigos e informações.
Outro dia desses, peguei minha bolsa minha sandália, e sai pela cidade, fui fazer o tal do TOUR, me deparei com miséria, dificuldade, mentiras, gritos, susurros, era tanta coisa feia, que parei numa praça que antigamente era da Sé, hoje é da probreza, e refleti que tour é esse, que saio da minha casa onde me desencontro, pra me encontrar diante de tanta desigualdade? Logo, desci de uma avenida a milhão e parei quase que em contramão.
Aqui não pode parar.
Então Vamos andar.

Perdido, confuso. Contundo, jamais desejaria ser tão cruel, com tanta lucidez .
Peço, um pouco de silêncio, mas quero barulho para sobreviver, de possibilidades.
Entre um tremor e uma guerra, vamos avacalhar os braços e mostrar o que temos de força, o aperto de mão.
Que talvez, mostre que a força caiu pro espaço.
Com objetos demonstrados pelo sotaque do tempo, conformado
vou seguindo, quero obter o conhecimento se adiante ou fora do compasso.
Seguindo, perdido, volto pro inicio de mais uma viajem.

RECEITA PARA LAVAR PALAVRA SUJA

Mergulhar a palavra suja em água sanitária.
depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio dia.
Algumas palavras quando alvejadas ao sol
adquirem consistência de certeza. Por exemplo a palavra vida.

Existem outras, e a palavra amor é uma delas,
que são muito encardidas pelo uso, o que recomenda esfregar e bater insistentemente na pedra, depois enxaguar em água corrente.

São poucas as que resistem a esses cuidados, mas existem aquelas.
Dizem que limão e sal tira sujeira difícil, mas nada.
Toda tentativa de lavar a piedade foi sempre em vão.

Agora nunca vi palavra tão suja como perda.
Perda e morte na medida em que são alvejadas
soltam um líquido corrosivo, que atende pelo nome de amargura,que é capaz de esvaziar o vigor da língua.

O aconselhado nesse caso é mantê-las sempre de molho
em um amaciante de boa qualidade. Agora, se o que você quer é somente aliviar as palavras do uso diário, pode usar simplesmente sabão em pó e máquina de lavar.

O perigo neste caso é misturar palavras que mancham
no contato umas com as outras.
Culpa, por exemplo, a culpa mancha tudo que encontra e deve ser sempre alvejada sozinha.

Outra mistura pouco aconselhada é amizade e desejo, já que desejo, sendo uma palavra intensa, quase agressiva, pode, o que não é inevitável, esgarçar a força delicada da palavra amizade.

Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.
Outro cuidado importante é não lavar demais as palavras
sob o risco de perderem o sentido.

A sujeirinha cotidiana, quando não é excessiva,
produz uma oleosidade que dá vigor aos sons.

Muito importante na arte de lavar palavras
é saber reconhecer uma palavra limpa.

Conviva com a palavra durante alguns dias.
Deixe que se misture em seus gestos, que passeie
pela expressão dos seus sentidos. À noite, permita que se deite, não a seu lado mas sobre seu corpo.

Enquanto você dorme, a palavra, plantada em sua carne,
prolifera em toda sua possibilidade.

Se puder suportar essa convivência até não mais
perceber a presença dela, então você tem uma palavra limpa.

Uma palavra LIMPA é uma palavra possível.

A arte é a autoexpressão lutando para ser absoluta.

Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e, mesmo assim, ainda gosta de você.

Pela tarde, sabemos, a noite como vai vir.
Têm umas de frio, outras de quente, outras de pensar, outras de falar.
Essas últimas, estão mais do que sendo, estão indo.
cada vez, mais longe de mim.

Me desfrute o gosto de fazer um chá?
Se disser que sim, não me impolgaria, me excitaria, só de pensar.
Que juntos tomariamos um chá.
Podia ser de tarde, de noite, de manhã, ou quem sabe nem seria.
Aconteceria. Bem lentamente, na intensidade dos pensamentos, nas razões
do momento.
Esse chá não é mais um simples, é amargo, é doce, é pastoso, é leve, nem pesa.
Mas, mostra o qual simples, foi te pedir pra fazer um chá.

Acredito que existam loucuras, mas essa de ficar parado e vendo uma tela quadrada é a pior de todas. É necessário o desprendimento da retina e não da Carolina

Desfrute, não me culpe, me mostre, não me oculte.

Em planos subjetivos, me pergunto.
Quem somos, de onde viemos, mas numca me deparo
com a pergunta de pra onde vamos.
Porque é desconhecido, e o que é desconhecido,
é como um lençol que encobre uma face ou quem sabe uma frase.
É oculto, mesmo numa tarde ensolarada.

Eu me expresso, em mim mesmo.

Antes de dizer algo contra mim, me escute,
mesmo que por
pouco tempo,assim suas objetividades não serão mentiras contagiosas.

Não é que seje Pessoal, é porque é Intransferivel