Coleção pessoal de tilovisz
O tempo é um dificil inimigo.
E o destino me surra não concordando comigo.
Mais a insistencia me faz rir.
Te querendo.
Quero ti incluir na minha vida, não importa quando.
Embora o tempo e o destino sejem forte, em mim ainda tem muita coisa para escrever.
Vontade
Precisva
tocar
teu corpo
em minha mente
sentir você
em minhas mãos
sua pele
deslizar
meus labios
a teu calor
seus calafrios
a me fazer sorrir
e deitar
colado
a você
te aninhar
em meu
corpo
entrelaçar
as pernas
se perder
do real
e viver
pra você.
As correntes
Surgiram sem explicação e agarraram meu corpo cravando as garras rasgando minha pele, foram inúmeros pontos perfurados, liberando o medo do não visto. O invisível.
O sangue começou a escorrer pelos rasgos, senti que as correntes de repuxavam devagar.
Tortura.
Adrenalina suprindo a dor.
Aquilo era alucinante e me tirava a visão sentia as garras em um de meus pulos puxar mais fazendo minha pele se abrir alguns centímetros a mais, o sangue escorria por meus dedos enrolados nas correntes, pingava tão lentamente.
Eu já não mais sentia dor, não ouvia mais meus gritos, os pensamentos se perguntavam se realmente eu havia gritado.
Não sabia mais onde me encontrava, minhas pernas estavam imóveis presas pelas correntes que se esticavam mais e mais por todos os lados rasgava a carne em grandes cortes em meu corpo todo.
“Não irei resistir”...
Minha cabeça se perguntava como isso estava acontecendo? O porquê minha morte seria tão demorada? E o porquê não sucumbia de uma vez? Porque estou suportando tanto tempo?
Meu corpo já estava úmido, mais não estava frio o sangue era quente, então meu corpo ainda estava aquecido, o quanto de sangue já havia perdido? Pra estar encharcada.
Muitos puxões fortes fazendo-me apertar os olhos com força quando a carne se rasgava em minhas costas, arqueava por impulso e pela pouca percepção que ainda restava.
Já um forte odor era já o cheiro de sangue que começava a secar em alguns pontos, mais outros jorravam cada vez mais com mais intensidade, eles eram os que rasgavam meu pescoço e a virilha mesmo por cima de roupas grossas as pontas afiadas penetravam a carne de um jeito que fazia cócegas no corpo elas entravam mais em mim e rasgava minhas roupas como se fossem panos podres e deteriorados. Em meu pescoço os nervos e os músculos se contraiam, tive a impressão que as garras procuravam as veias então rasgavam a pele parecendo unhas arranhando por dentro.
Insuportável.
Já desejava com todas as forças que já tinha se esvaído que a morte viesse logo buscar-me, não queria mais aquela situação. Algo agarrou minha mão num aperto amigo, mais passados alguns segundos puxou-me com tanta força que a carne se desprendeu dos ossos e da pele já toda danificada e suja.
Uma sensação desesperadora até perder a noção do espaço tempo a volta, não sabia mais se havia vida, não sabia mais o que era eu?
Nos nunca sabemos o que dizer, por que o desejo só é de estar sempre presente, até mesmo no silêncio.
As horas
O menino pula e brinca
Na tarde que era colorida
Tinha o sol quente
Nas cores vibrantes
Carregando as nuvens distantes
As horas voavam
E as cinzas nuvens chegavam
Cobrindo o céu azul
Da tarde que terminava
Deixando o frio que tornava
Tudo escuro e molhando
Com a chuva que no menino chuviscava.
Dentro da mente.
O mundo acaba a cada segundo,
A ilusão permanente tende a persistir,
Os corredores ficam mais estreitos,
O tempo corre por eles deixando marcas em suas paredes,
Garras que arranham deixando sangrar suas feridas,
O mormaço faz arder as rachaduras,
Nem o sangue a parede faz refrescar.
Um murmúrio clama por um assopro...
Bichano
Na tarde a chuva
Na sala a penumbra
No colo o bichano
Entre as pernas se aconchegando
Entra a janela o cheiro doce
Com o ronronar gostoso
Do belo bichano sedoso.
Desentendido.
O que fazer quando algo não esta ao seu alcance?
Sem expressão observa o mundo a volta, à noite e as luzes da casa.
As vozes não dizem nada, a contradição é sempre presente, o caráter perturbador, persiste.
Os dias quentes estão estranhos e até neutros.
Leves risadas.
Fortes pensamentos, mais aquilo esta lá e continua longe.
Ou até perto demais, como o próprio corpo.
E você não consegue viver sem mais não pode pegar e ainda teima em ser tirado a força.
Sem dó.
Apenas com o objetivo de arrancar com destreza o coração.
Novamente a tristeza invade o castelo, ela vem abalando os alicerces em urros estridentes.
Rachando as paredes.
Trazendo no final o fogo consumidor do ar que habita o castelo.
A tortura mais necessaria.
Não poder tocar teu corpo.
Sofrer nos olhares,
Mais sorrir em te ver.
Não saber o futuro das supostas consequências.
Mais desejar como se amanhã fosse morrer.
O crime persiste aumentando os calafrios massacrantes até você ter nojo do proprio corpo e chorar de desgosto.
repugnante.
Onde se encontra o respeito que se tem quando se ama?
Por quanto tempo me prenderá no tratamento sem você.
Temo enlouquecer, por doses exageradas de saudades.
O céu esta nublado esta calor e meu corpo não responde com a normalidade.
A mente quer busca-lo mais o tempo não deixa,
o vazio aumenta,
e a insistencia persiste.
Um muro chapiscado.
Um fio solto.
Um poste nele estou escorado.
A espera é dolorosa.
o tempo martiriza.
A fuga desejada.
Corroi aumentando a dor contida.
Eu falo para os ventos.
Falar para os ventos é dizer sem esperar resposta.
Por isso, eu gostaria de falar mais sabe quando eu disser tudo que quero dizer o que irá acontecer irá mudar, não será o mesmo e vc dirá que não ia fazer aquilo que eu já sabia que ia acontecer.
Eu presto atenção.
Eu observo.
Eu capto.
Eu não gosto de ti ver triste, mesmo eu na minha insistência você ri das minhas bobagens, mais algo acontece e muda o que estava tão normal.
Seus risos acabam e você quer que eu me afaste.
O caloroso ar.
O congelador ar frio.
O que acontece, quando se abraçam?
Mistura
Nem quente nem frio
Mas não existe só o ar no mundo.
Existe a terra e debaixo de nós um imenso abismo vivo, que se abre sugando o ar frio para dentro de sua cratera obscura para o caloroso ar.
E quando ela se abre expulsando o ar frio para o céu, voltando a abraçar o caloroso ar e misturando-os num reencontro agradável, sempre recebendo-o com o carinho que jamais sumirá.
Posso ser sufocante.
Mais quanto mais tenho mais quero. Posso esquecer? Eu peço que me perdoe por isso.
Posso até concordar com você e deixar de insistir no que necessito, mais a minha falta insistirá por mim.
E não diga que será uma grande mentira.
Porque sua falta insiste em meu pensamento.