Coleção pessoal de tiagobelinha
TODO HOMEM É UM DEUS CAÍDO
A Bíblia diz que Adão era a imagem e a semelhança de Deus. Imagem tem haver com estereótipo, porém a semelhança no hebraico indica para “moralmente igual”, significa que Adão foi criado não só a imagem física, mas à semelhança do caráter moral de Deus. Lúcifer com inveja de tal atributo, que era desejado por ele, trama a queda, o homem cai e Adão é desconstituído do caráter de Deus.
Jesus se faz como o segundo Adão e realinha o elo perdido, isto é, coloca Deus dentro do homem, de maneira que hoje o homem e Deus, através de Cristo são apenas um. Através do Espírito Santo temos de volta o caráter de Deus dentro de nós. A rebelião Adâmica perde sua força e o poder Crístico impera em nosso ser.
(...) O diabo vê no homem a sua oportunidade de ser como Deus. Dominar, conquistar, ser adorado, exaltado, egocêntrico... se estes preceitos nos guiam, ainda estamos em queda e precisamos ser resgatados.
Crescimento na cultura do Reino é nos diminuir tanto ao ponto de ninguém saber quem fomos, e sim quem Cristo foi através de nós.
O maior mandamento /// Mt 22.34-40
Os Judeus na época de Jesus não tinham só a Torá (Pentateuco) como livro sagrado. Ao longo dos séculos os próprios Rabinos criaram conceitos segundo seus pensamentos e inseriram nos seus artigos religiosos.
Jesus é questionado por um fariseu “Qual o maior mandamento?” Jesus é direto e vai à Bíblia: amar a Deus e amar ao próximo...Jesus resume toda a lei nestes dois princípios, se quer dando ênfase as tradições rabínicas.
Tudo que não gira em torno do “maior mandamento” não serve para constituir a nossa vida religiosa.
O homem, tentando negar a sua vocação, construiu uma Torre chamada Babel (Confusão - hebraico) na forma de uma Zigurate, que era uma escada de acesso ao "céu". Deus por sua vez diversificou as línguas, gerando conflito e desmoronando os planos do homem. Jesus construiu uma Torre, só que do céu até a Terra, vindo à humanidade e reconstruindo a vocação do homem. E as línguas que foram motivo de confusão um dia, no Pentecostes, foram motivo da unidade entre o Eterno e o Homem.
Cristo não pode ser oferecido. Não existe uma quitanda espiritual, onde compramos o que nos agrada. Não podemos selecionar produtos a nossa vida cristã. Por mais que a vitrine evangélica exponha tantos cristos, tantos evangelhos, tudo o que não nasce no caráter de Jesus e morre nele mesmo é anátema. Se os frutos do nosso cristianismo não oferecem morte, amor para com o próximo, amar a Deus acima dos seus "amores", devemos avaliar a nossa fé.
Não só de pão viverá homem! Eu creio que o pão representa tudo o que o homem tem buscado desde Adão. O pão é a busca por seu próprio prazer, por sua própria satisfação, por suas ambições. Mas o que sai da boca de Deus é fonte geradora de vida e regeneração. O pão vai perecer, mas o que sai da boca do Eterno ao teu respeito prevalece.
Certa vez perguntei: Senhor para quê serve a Igreja perseguida?
O Senhor me respondeu: Para diferenciar a Igreja falsa da verdadeira.
Quando orar pela igreja perseguida, não ore para livrá-la da perseguição, mas para que a perseguição chegue até nós...
NO PAIN, NO GAIN
Sem dor, sem ganho. Enquanto não houver dor pelos perdidos não haverá ganho. O proselitismo é doloroso pois exige o esforço, o sofrimento, a vida em troca de vidas salvas. Enquanto existir sentimentos que sustentam o nosso bem estar, nosso conforto, nosso entretenimento, não alcançaremos o objetivo prosélito. É necessário perder a vida para ganhar vidas.
Reforma em nossa conduta baseado nas formas primitivas. Não Há reforma no que não pode mudar de forma. Não devemos reformular o que era, é e sempre será. Reformistas tiveram intenções emergenciais, em vista da eclesiologia falida. Foram suspiros de desespero no intuito de melhoria. Quanto mais ramos (denominações doutrinarias) temos na árvore, mais distantes ficamos do tronco (igreja), da essência, da fonte geradora de vida...
Não podemos ser seguidores de Jesus pela vida que nos é proposta. Se assim for, seremos interesseiros que querem agradar um patrão para ter uma promoção. O grande desafio do discipulado é andar porque ama, servir porque é prazeroso, obedecer porque assim Ele nos ensinou. Existem seguidores de Cristo e seguidores dos atributos de Cristo. Se você descobrisse que a casa de Jesus é o inferno, você torraria a eternidade, só pelo prazer de estar com ele?
Nos julgam pelos "crentes", mas estes não constituem a igreja, não nos representam. A verdade é que não existe título para a igreja. As classificações que colocamos não cabem à um corpo universal. É como se um corpo fosse mutilado e colocássemos o nome do braço de fulano, o nome da perna de ciclano. A Igreja que não é unida em propósitos, não passa de mutilação.
O deserto espiritual, do contrário que muitos acham, não é um espaço geográfico, é um espaço cronológico. O que determina se você vai sair ou não é o tempo. Neste local, existem aqueles que são provados, aprovados, se sentem abandonados. Mas a verdade é que o deserto é a pós-graduação do ministério. Lá as coisas mais loucas acontecem. Caminham rodeando o mesmo lugar, blasfemam vendo nitidamente o agir do Eterno, o fogo cai, a nuvem te guia, o diabo fala com você, e literalmente se vê as pegadas do Eterno junto as suas. Para quê pressa para sair? Suporte com paciência e tire proveito dos seus professores desérticos.
A igreja que se preocupa demais com a estrutura pode carecer do fundamento. Tenho certa preocupação com as megas-igrejas. O meu medo é do crescimento demasiado em números, mas a diminuição do acompanhamento. Da consolidação virtual tomar conta da presencial. Uma mega-igreja que não traz influência sólida para sua comunidade, pode ser apenas mais uma "boate" que incomoda os moradores.
A estrutura não deve chamar mais a atenção que o fundamento. Se uma igreja atrai pessoas só pelos "saiões", pelos coques, pelos milagres, pelo "mover", pelas tatuagens, pelos estilos musicais, pelos sufistas e etc, ela pode estar carecendo de fundamento. As ideias perecem com o tempo, mais a solidez da palavra sustenta o testemunho.....
Amigo vem do latim "amicus", que deriva do latim "amore", que significa amar. Bem diferente do que entendemos hoje, não acha? Neste dia do amigo, o desafio de amar o próximo é confrontante. Em um mundo que dizem que nem todos devem ser amigos, uns são colegas, outros conhecidos, o sentido literal da palavra provoca a ânsia de abandonar essa ideia. Ser amigo não é fazer parte de um grupinho seleto por alguém, é muito mais que isso. É amar, independente da confiança, da intimidade e da recompensa. É saber aceitar, criticar e até abandonar, se for preciso, pois a renuncia também é uma forma de amar...
Como cristãos criticamos a alienação do sistema, tais como: BBB, a fazenda e outras
futilidades. Mas se não levarmos o evangelho em seu contexto literal, isto é, viver na prática, somos apenas expectadores de Jesus, alienados de Jesus. Se você não vive a realidade do evangelho, Jesus pra você, é como um programinha destes, da pior qualidade, que só da audiência, mas não transforma sua vida em nada.
Deus não morreu em uma cruz para te dar a vitória! Não esta vitória que está contida nestas frases de efeito de pregadores. Tenho profunda tristeza quando resumimos um feito extraordinário de Cristo apenas para saciar nossos desejos estúpidos e banais.
Este comércio da fé embaça o verdadeiro sentido de ser vitorioso em Cristo, que é, de fato, ser salvo, ser livre, ser vivo, mesmo estando morto para a salvação, para a liberdade e para a vida.
Ou você vive sua vida sendo severamente persistente quanto ao seu caráter revelado nas escrituras, ou você simplesmente vai ser apenas um simpatizante expectador de Jesus, como alguém que assiste a novela das oito. Erramos quando vemos que a vida de Jesus é um patamar extra-divino que não pode ser alcançado por pecadores como nós. A verdade é que o Pai deseja muito mais viver em nós, que somos pecadores, do que nós desejamos viver N'ele, que é totalmente santo.
Estrangeiros em uma terra cheia de abismos e trevas. Aqui os anjos não passeiam, não se vê jardins nem ruas douradas. Nos restou um espírito nobre e sobrevivente. Aprendemos a sobreviver e somos sujeitos as dores deste mundo corruptível. E que dores... Dores que comprovam que não somos daqui e nos motivam a sonhar que existe um mundo muito melhor lá em cima.