Coleção pessoal de thepamzinha

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⁠Você surfa, fugindo do que não quer viver,
se afastando do que não sabe compreender.
O mar te chama, te leva pra longe de mim,
e eu fico aqui, esperando o fim.

Você surfa pra escapar da dor,
se perde nas águas, buscando o sabor.
Evita a tempestade, a verdade a esconder,
mas, no fundo, sabe que a onda vai te fazer ver.

O mar pode te afastar, te engolir,
mas é nele que posso, talvez, me redimir.
Quando o tempo passar e a força te faltar,
saberá que, em algum lugar, vou te encontrar.

Infelizmente, estou distante por um erro teu,
mas esperarei, mesmo que o mar seja cruel.
Continue na onda, siga sem hesitar,
pois sei que, mais tarde, minha onda vai chegar.

A maré pode mudar, o vento te guiar,
mas no fundo, sei que iremos nos encontrar.
Até lá, me mantenho firme, sem desviar,
pronto para, um dia, juntos surfar.

⁠Da sua vida, sempre sentirei tudo,
Nos momentos de alegria, nos de lamento profundo.
Quando tudo vai bem ou quando tudo vai mal,
vejo em seus olhos a dor, o peso, o sinal.

Do perfil do Jão, sua tristeza reflete,
um grito mudo que na alma se repete.
Sinto muito essa vida que tem que passar,
pois a mim preferiu apenas enganar.

Te vejo surfar nas ondas da ilusão,
mas nesse mar, não serei a sua canção.
A correnteza te leva, sem rumo, sem paz,
e eu fico à margem, onde o amor não se faz.

⁠Trocou meu amor por prazeres banais,
no frio de um quarto, em braços fugaz.
Vendeu-se ao toque que nada preenche,
um fogo que arde, mas logo se esfrente.

Enquanto eu era ternura e abrigo,
você escolheu se perder no perigo.
Corpos sem nome, beijos sem cor,
desejos comprados sem cheiro de flor.

Mas quando a noite enfim te silenciar,
e o falso encanto não mais te embriagar,
sentirá no peito o eco do erro,
pois jogou fora um amor sincero.

⁠Quando éramos jovens, no quarto abraçados, ficávamos,
No tempo parado, os sonhos criávamos.
No sol mais forte, você adormecia,
E ao seu lado, meu coração sorria.

Seu quarto era meu abrigo, meu porto seguro,
Um mundo pequeno, mas cheio de tudo.
Com amor, a gente despertava,
Cada dia, uma história que encantava.

A vida era leve, sem dor nem temores,
Apenas risadas, carinhos e amores.
Mas o tempo passou, levou nossa paz,
A vida adulta corre e não volta atrás.

Aindame lembro, com doce saudade,
Daqueles momentos de pura verdade.

⁠Se a voz insiste em nos chamar,
será loucura ou um aviso a se escutar?
No silêncio da noite, ela vem sussurrar,
entre o medo e o mistério a nos rodear.

Se não sou eu e nem é você,
quem nos chama sem a gente querer?
No portão ou no quarto escuro,
o som ecoa como um presságio puro.

Ignorar ou tentar entender?
Se afastar ou deixar acontecer?
Entre o real e o desconhecido,
a voz segue, num chamado infinito.

⁠Nossa conexão, apesar da distância, sempre nos conecta,
Um laço invisível que o tempo não afeta.
Nossa conexão é rara, com ninguém encontrará,
Mas em seu mundo, eu nunca sou prioridade a ficar.

Desde a adolescência, meu amor floresceu,
Um sentimento puro que jamais se perdeu.
Eu te esperei em silêncio, sem pressa, sem fim,
Mas nunca senti que esperava por mim.

E mesmo sabendo que sou passageiro,
Meu coração insiste em ser verdadeiro.
Pois certos amores, por mais que doam,
São chamas eternas que nunca se apagam, só ecoam.

Vozes
Há uma voz que me diz o que fazer
Há uma voz que me leva até você.
É estranho é cabuloso
Mas não sou o único que ouço
Você já se queixou de também escutar
A voz que insistimos tanto em ignorar


Numa noite escura eu a escutei
Chamando pelo meu nome e não era ninguém.
Na mesma explicação,
(só que no portão)
Você diz ter escutado
Assim que sai
Eu ter lhe chamado.

Parece loucura, mas deve ser mesmo
Ficamos numa sensação estranha de conforto e medo.
Será que devo escutar?
Ou será que devo ainda ignorar?
Se é isso ou aquilo sei lá.
Mas a voz
A voz torna a chamar.