Coleção pessoal de thelastpoetalive
Não se cobre tanto. Na maior parte do tempo, acabamos por ser o melhor que conseguimos ser naquele momento e naquele contexto específico.
”Enquanto ‘ter’ for mais valorizado que ser’, sempre preferiremos comprar um sofá em vez de deitar-nos no divã.”
“É uma incapacidade de grande parte do povo brasileiro, valorizar qualquer um que seja, mesmo que um pouco, menos medíocre do que si mesmo.”
Entre o fim e o início, numa dança sedutora, os opostos se entrelaçam, criando um espetáculo único no tempo. Contudo, são os olhos humanos, curiosos intérpretes da vida, que conferem o sopro de significado: enxergar início ou fim é uma questão de perspectiva, uma escolha que nos permite desvendar a partir de nós mesmos a magia oculta dentro dessa mesma encruzilhada e, assim, analisar o quão significativo é esse momento e os motivos da preponderância de tal ponto de vista.
Se Deus existir, talvez, não tenhamos sido bons como deveríamos. Por outro lado, se não existir, certamente não fomos tão maus quanto poderíamos.
Liberdade é ter a chance de tentar, ter possibilidades, caminhos abertos sem necessariamente segui-los. Liberdade é um poder, ser, tentar, desistir, voltar e escolher novamente. Liberdade é um caminho a ser criado em meio as quase infinitas alternativas, é decisão, é dúvida, é escolha.
Ansiedade é viver no “se”. Perder-se em meio as possibilidades futuras sem conseguir achar o caminho do agora.
Para discernir se estamos dentro ou fora, por exemplo, se faz necessário uma estrutura que nos dê essa noção. Quando não há referência, até o tudo e o nada tornam-se as mesmas coisas.
Só sei que sei menos do que aquele que dizia nada saber. Porém, sei mais do que muitos que acreditam que tudo sabem.
Já se passou muito tempo desde o célebre “Só sei que nada sei.” Todavia, com o advento da Internet, é cada vez mais comum deparamos com pessoas que estão certas de que sabem, fazendo-nos esquecer ou até termos vergonha do “não saber”. No entanto, o não saber sempre será um fardo inerente ao humano, pois toda água do mar nunca caberá em um buraco na areia por maior que seja ele. Assim, o sábio que reconhece sua própria ignorância transcende àquele que se considere o detentor da sabedoria, pois, a falsa sabedoria revela-se mais prejudicial do que a própria ignorância.
Pessoas “genuínas” vivem o real e utilizam do irreal (fantasia) para aliviar o peso perene dessa adequação. Por outro lado, indivíduos “inautênticos” vivem no fictício, e no contato com aquilo que é real encontram alívio ao vazio existencial que os consome.
Se para haver multiplicação, faz-se necessário haver algo, pensando que 0x0=0, o mais plausível nesse caso é que sempre houve 1, e desse 1 iniciou-se as multiplicações.
“O grande vilão da psique humana é a realidade. Todo humano é originalmente perverso e fantasioso, mas é no encontro com a realidade que ela se depara com seu limitador supremo. Apesar de ser impossível vencer a realidade em uma guerra, sempre haverá batalhas vencidas pela perversão, infelizmente.”
Viver é estar em um labirinto de escolhas possíveis chamado de destino. Nele, somos influenciados por algo inaudível, inodoro, intocável e inefável, mas que de alguma forma sabemos que existe, influenciando-nos silenciosamente e ininterruptamente pelos caminhos “escolhidos”.
Graças a Web nos encontramos na era da redundante banalidade dialética. Discussões inúteis, perenes, estruturadas por argumentos patéticos e endossados por “NPCs” reais, vítimas da educação sucateada, e que dentro de suas bolhas formada por algoritmos, acreditam, desacreditam, batem palmas, vaiam, cancelam, e por fim, em sua síntese, criam o próximo certame, provavelmente, ainda mais banal que o anterior.