Coleção pessoal de Thatiane
E foi no dia 28 de novembro de 2007, em uma sorveteria modesta, onde o aroma doce de baunilha dançava no ar e o som de risos e conversas despretensiosas preenchiam o espaço, que nossos caminhos se cruzaram pela primeira vez . Não houve anúncios grandiosos ou sinais evidentes, mas o universo em sua sabedoria silenciosa, sabia que aquele encontro não seria mero acaso.
Lembro-me como se pudesse estender a mão e tocar aquele momento: o brilho singular dos seus olhos, o sorriso que parecia desenhar o mundo ao redor, e aquela sensação quase etérea de que algo maior do que nós dois estava em movimento.
Naquele fim de tarde, eu não fazia ideia de que estava vivendo o prólogo de uma história que atravessaria o tempo, marcada por amor, distância, desafios e uma cumplicidade única.
Porém, a vida com suas curvas imprevisíveis, não foi feita somente de caminhos retos, e, ao longo desses 17 anos, enfrentamos distâncias que pareciam intransponíveis, escolhas que nos lançaram em direções opostas e silêncios que nos ensinaram a ouvir a essência um do outro. Foram tempos de crescimento individual, de erros e acertos, de ausências que, paradoxalmente, fortaleceram o que nunca deixou de existir: o fio invisível que nos conectava. Como se, mesmo distantes, o nosso laço permanecesse intacto, aguardando pacientemente pelo reencontro.
E eis que aqui estamos, após tantas voltas, celebrando não apenas aquele dia de 2007, mas o que ele simboliza. Hoje, brindamos à força da nossa história, à resiliência de um amor que sobreviveu às marés do tempo, e à beleza de um reencontro que só o destino poderia arquitetar. É um dia para recordar o começo de tudo e, ao mesmo tempo, lançar os olhos para o futuro que ainda construiremos.
Te amo hoje e sempre!
Com amor, Thati
Estou vendo essa comoção toda que está acontecendo em Ipaba por causa da triste morte de um munícipe que foi alvejado pela PM e me gerou uma reflexão. Eu não vi o acontecido e não posso opinar nem periciar sobre a conduta policial, o que temos são meras especulações. Mas independente do que houve, usar uma arma de fogo para conter um paciente mental em surto, definitivamente não era o protocolo ideal. No entanto, eu enxergo tanta hipocrisia por parte da maioria da população, que só enxergou esse rapaz nesse momento fatídico. Só após sua morte ele foi visto. Teve que acontecer uma tragédia para muitos se compadecerem com sua situação de vulnerabilidade social e psíquica. Dito isso, que fique a reflexão sobre a importância e o suporte que damos a essas pessoas em vida. Porque agora pós acontecimento, ele não precisa mais de acolhimento. Ele precisava antes e, vocês que ficam lacrando em rede social possivelmente nunca sequer o viu passar na rua, afinal, até ele morrer era apenas um ser invisível e esquecido pela quase totalidade da sociedade, mas que só ficam à espreita esperando um fato triste para posar de bonzinhos e postar textões de apoio nas redes sociais.
No mais, ficam minhas sinceras condolências aos amigos e aos familiares que o amaram em vida.
Você sabe reconhecer uma amizade tóxica e/ ou unilateral?
Bem, vamos lá?
Sabe aquela pessoa que só fala de si mas não te ouve?
Aquela que quando você conta um problema ela te corta no meio da fala e começa uma disputa colocando o problema dela como mais complicado e maior que o seu?
Ou então aquela amiga que está sempre pedindo sua "opinião" mas só a aceita desde que o que você fala seja a validação do que ela quer ouvir? (...)
Essas pessoas, em sua maioria, são seres extremamente egoístas, elas se colocam sempre em primeiro lugar. Ela só querem falar, falar e falar. Não existe nunca um diálogo, uma troca. Quase sempre não nos sentimos nem à vontade pra nos abrir, desabafar. Afinal, não temos opção de fala. O nosso lugar nesse tipo de relação é e sempre será de receptor e expectador.
E aí vem a pergunta: vale a pena se doar ou estar em uma amizade ou relação da qual não existe nenhuma reciprocidade?
Era uma terça-feira extraordinariamente comum. E a única coisa que ela conseguia fazer era tentar inutilmente preencher as lacunas opacas daquele infinito dia.
Muito se vê por aí frases do tipo: "Quem é amigo de todo mundo não é amigo de ninguém" ou "O falso se dá bem com todo mundo".
Essa semana me peguei questionando e pensando sobre essas falácias e cheguei à conclusão que, não concordo com nenhuma dessas frases. Porque pra mim, quem se dá bem com todo mundo é só alguém que entendeu que pessoas são plurais, que têm seus dias ruins, seus temperamentos confusos, conflitos internos, opiniões próprias e que na maioria das vezes vai confrontar com a sua e, tudo bem.
Às vezes podemos até não concordar com algum comportamento ou alguma visão de mundo, mas isso não vai fazer que eu desgoste delas por isso.
Porque pra eu gostar ou me dar bem com alguém ela não precisa ser perfeita, nunca ter me magoado ou caber dentro de caixas estabelecidas por mim sobre o que é certo e errado.
E a compreensão sobre as nuances do ser humano, definitivamente não me faz uma pessoa falsa.
A maioria das pessoas não se preocupa com você, a quase totalidade só pergunta como você está por mera curiosidade.
Um dia quem sabe tudo isso fará sentido, mas enquanto esse dia não chega, sigo confusa, cética e desorientada.
Perdoar não é esquecer, pelo contrário, é aínda lembrar, no entanto, sentir o coração livre de todo sentimento ruim que outrora sentira.
Já tentou se encaixar em um lugar do qual se sente grande demais para caber naquele pequeno espaço que lhe foi dado?
Não espere mudança de quem não admite que precise mudar. Poupe sua energia e seu tempo somente a quem se propuser evoluir e ampliar.