Coleção pessoal de thaicastor
Hoje, a saudade me envolveu como um manto pesado. Falta das nossas conversas que misturavam leveza e profundidade, da tua presença que mesmo distante, preenchia o espaço entre nós. A tentação de te escrever se fez presente, mas me contive, sabendo que você é como um vendaval que não se prende com as mãos. Antes, eu podia te contemplar à distância, testemunhando teu crescimento como quem observa o surgir das estrelas. Agora, dói saber que fui removida do teu mundo, mas você permanece aqui, no meu coração, um vínculo intangível que nada pode apagar.
Me fala sobre os teus sentimentos, desejos, verdades e sonhos.
Deita no escuro comigo, confessa teus segredos, medos e planos.
Deixa-me desacelerar contigo, e desacelera também.
Senta ao meu lado lá fora, vamos tomar um vinho e simplesmente observar a vida passar.
Mas não deixes a vida passar sem mim.
Vamos compartilhar lembranças, histórias e expectativas.
Apenas não me deixes partir, pois quando eu vou, não costumo voltar.
Eu não sei nadar,
Mas me lancei em tuas águas.
Juntei toda a coragem,
Com medo de me afogar.
Na ausência de profundidade,
Confundi com a simplicidade,
E no teu sorriso encontrei apenas solidão.
Diferente de toda plenitude,
Desvirtuei meus sentimentos,
E por um momento, percebi, então,
Que o raso nunca me encantou.
David Levithan em Todo dia, escreveu: "Me flagro sorrindo quando ela se aproxima, e ela retribui. Simples assim. Simples e complicado, como a maior parte das coisas verdadeiras".
Sempre que penso nessa frase, sinto a complexidade das emoções humanas. Qual o valor de um simples gesto? E como algo tão simples quanto um sorriso compartilhado pode conter uma profundidade de significado, conexão e reconhecimento.
Havia uma menina e essa sentada em sua cama admirava de sua janela o brilho incessante das luzes da cidade. O vento batia em seu rosto como um sopro gélido, no entanto, tranquilizante.
Seus pensamentos estavam vazios e seus olhos se fecharam com intuito de captar apenas os sons que surgiam em sua volta. Seus músculos relaxaram e sua respiração regulou-se. Abriu os olhos e sorriu para a noite pronta para enfrentar o dia seguinte.
Me fuzila com o olhar
Daquele jeito meio bravo e meio manso
Como se fosse me bater e me abraçar ao mesmo tempo.
Quando eu paro pra pensar, é você
A curva de meus sorrisos, é você
O doce dos meus beijos, é você
O calor dos meus abraços, é você
Um dia na chuva, lembro, é você
Uma noite de estrelas, é você
Um fim de tarde, ao sol, é você
Na madrugada, sorrio, é você
E se os sorrisos não sorrirem mais
E se os beijos não beijarem mais
E se o calor não aquecer mais
Caio na chuva, sorrio, e penso
Lembro com as estrelas, e ao sol
Tudo foi, é e, sempre será você
Em teu seu seio amado clamo
No ofego do corpo e do gozo
Teus olhos suplicantes, sopro
Inerentes da alma todo canto
Amar na cama e amor no peito
Transborda da pele o deleite
Desfruto dos corpos, efeito
Transformando do mundo afeite
Das palavras feito o silencio
Do imoto da pele o agrado
Duas amantes presas ao pecado
Decifradas visto todo suplicio
Apos terminado e agraciado ardor
Descansam em seu leito sem temor
Por que és tão má comigo? Linda flor cheia de espinhos. Me dê essa graça, de ser sua amada e permita-me ter o afeto que semeia.
Quem é essa menina que vejo no espelho? Em pensar que eu achei que seria fácil desvendar os mistérios desses olhos castanhos. As palavras, o tom, os sentimentos intensos só me deixam com mais sede de autoconhecer. Tão forte, e tão frágil. Tão boba, tão séria. Um lado multidão, outro solidão. Um anjo ou um demônio? Talvez a mistura dos dois. Um mundo de sonhos, sem tirar os pés do chão. Mon ange, me diz... Quem é você?