Coleção pessoal de thaaaay
Parecem minusculas as chances que eu tenho contigo e as peripercias que a vida tem me pregado, só me afastam ainda mais. Expectativas me corroem por dentro,uma vontade abstrata de querer estar perto, mas só vontade. Somos tão iguais, eu diria até feitos um para o outro, se nossa realidade fosse feita de beijos quentes, corpos ligados, sentimentos recíprocos, um amor que varia por ambos os lados e não sabe onde fica. Mas não, um de nós ama por dois. Eu amo, amo por mim, amo por você. Amo por aquela velhinha cruzando a esquina, amo por seu cachorro, e pela professora do cursinho de inglês. Eu amo por todos, porque eu amo muito e chega a ser ilegal amar alguém tanto assim. Por isso por favor, erre! Erre muito comigo. Não seja tão lindo, eu suportaria melhor ver você xexelento me ignorando aos cantos do que ver você lindo sem saber o que quer. Erre comigo, me perca! Seja fofo, me ame. Essa de você me ignorar e não saber que é meu me fascina. Eu preciso ouvir você dizer que me quer, que sem mim nada faz sentido. Na verdade eu preciso ter você aqui pra aprender a não te desejar tanto. Ou talvez eu precise apenas de um café bem quente.
Eu estou farta dessa linha de sentimentos abafados que só eu sinto, só eu sei e queima lá dentro. Me acaba saber que dure o quanto durar, vou ser só querendo ser nós dois enquanto algo só te afasta e essa sua mania de timidez abstrata te empurra pra longe e te impede de voltar. Eu pedi muito sem ganhar nada e acho que já até tinha me acostumado em receber tão pouco, engraçado como tudo desandou tão rápido que sem que eu notasse, lá estava eu birrando novamente como criança em loja de brinquedos insistindo naquele que o pai não quer comprar. Cansativo implorar por algo que não chega, não vem, não dá passos pra frente. Aí vem aquela pequena vozinha da razão gritando com o coração tentando mostrar o quanto ele é burro, mas ele não desiste. E eu acho que é exatamente esse amor que me estraga. Eu já fui melhor um dia, agora eu sou só isso que ainda não foi preenchido, que ainda não está completo. Me falta muita coisa. Me falta seus toques, me falta tua companhia, me falta teu amor. Tá me faltando você.
Se eu te dissesse que na minha memória você é o único, eu não estaria mentindo, não estaria fingindo, nem nada. Eu seria sincera, porque na minha cabeça são suas lembranças que correm soltas. Tenho uma vontadezinha meio abstrata de te ligar e te dizer tudo o que eu sinto, mas tenho um medo grande danado de remar contrar a maré e perder o fôlego. Você não sabe, nem sonha, mas eu tenho vivido com essa sua presença meio distante, meio sem cor, meio mórbida. Com essa alegria passageira e estranha de te ter aqui e não te ter ao mesmo tempo, porque é chato demais te ter sozinha e não nos termos no mesmo instante. Você bem que poderia vir aqui agora e me deixar te mostrar que eu sou sim a louca que banca a durona, que tem o orgulho maior do mundo, mas que eu também tenho um coração que é mole pra caramba e que tá doido pra ser entregue a você de mãos beijadas. Vem! Vem que eu te mostro que é amor, que é profundo, que é intenso, que é de verdade e que pode ser mais. Vem pra que eu possa te fazer feliz, te fazer sorrir e ser o motivo. Eu faria qualquer coisa pra ter você aqui, agora.
E toda vez que alguém me diz: "Felicidades" Eu tenho uma vontade grande danada de dizer: "Queria eu ser feliz, com ele".
Nada doeu mais do que passar por você e te ver agir como se não houvesse ninguém do seu lado naquele momento. Foram apenas alguns segundos, mas o tempo parecia ter parado quando você me olhou, muito embora seu olhar não tivesse dizendo muita coisa, tampouco o que eu gostaria de ouvir. Me fiz forte pra não quebrar em partes e agir como se nada estivesse acontecendo era tão difícil, mas também era necessário. Na verdade, a minha vontade era trombar em você e te fazer me notar, mesmo que para isso eu precisasse ser um pouco sem vergonha. Eu acho que tomaria a atitude certa se como quem não quer nada eu chegasse mais perto e te desse um boa noite meio singelo, ou ousasse mais um pouquinho e usasse daquela frase um tanto épica, um tanto clichê: "Quem é vivo sempre aparece!" Mas fazer o quê, eu sou só isso mesmo, isso que você conheceu sabe-se lá há quantos anos atrás. Meio escrota, meio tosca, meio vazia. Eu que não tenho coragem nem pra ler um artigo em público sem que me tremam as pernas, os lábios e algo me faça gaguejar descontroladamente, iria ter coragem para dirigir a palavra a você? Mínimas as chances de isso acontecer, principalmente agora que você vem demonstrando cada vez mais frieza. Tão diferente do cara que eu conheci há alguns anos atrás, o mesmo que me ganhou e me tem até hoje. E sabe, é realmente uma grande pena você não se importar com isso agora. Eu sei, a culpada de tudo isso sou eu. Eu não demonstrei o que eu realmente sentia e achava daquilo tudo quando eu deveria, eu esperava sempre pra depois, e achava que você sempre podia fazer mais. Eu queria sempre mais! Você era sempre tão dedicado, você fazia coisas que eu nunca imaginei que alguém faria por mim. Você dizia me amar, e eu esperava muito de você mesmo. Esperava muito porque quando é amor, ele tem muito pra dar, então eu acreditava que você teria mais. Mais carinho, mais atitude, mais paciência. Mas não, eu errei quando achei que eu podia esperar um pouquinho porque você iria esperar o quanto fosse preciso. Eu me enganei, mas uma vez a mais que seja não faz diferença, já que eu venho me enganando a tanto tempo acreditando nesse raciocínio torto de que um dia você vai vir até mim e dizer que me ama, meio balançado, meio apaixonado, com uma voz rouca, justamente num momento tão turbuloso da minha vida. Porque ela tem sido assim, chorar você pelos cantos e esperar por esse dia. Passa, um dia passa, mas enquanto isso não acontece eu me transformo em trinta pra conseguir suportar dores que não tem nome, não tem tamanho e só crescem. E eu tenho me perguntado se vale realmente à pena. Se amar é realmente essa coisa que não tem controle, não tem explicação, não tem nome, vai ter solução? Eu quero muito acabar com esse sofrimento meio besta, meio proposital, meio desejado. Porque eu podia muito bem fingir que não te amo, que não sinto nada, que nem te conheço, mas me perco nessa lógica de que no final tudo vai ser melhor, e o pior é o que o melhor pra mim é sempre você.