Coleção pessoal de TereCordeiro
Não sou alegre nem triste, sou poeta!
O poeta é um ser iluminado,
Ao mesmo tempo triste,
Solitário na multidão
Cheio de ideias
As vezes vazio de si,
Àh, esse poeta que vos fala,
Quem dera falar o que pensa
Talvez falar de sonhos
De alegrias
De Lagrimas
Quer comer poesia pensando ser pão
Bebe lá como vinho,
Assim é um poeta
Sempre tentando ser feliz
Fazer outros felizes
Ele pensa ser poesia.
Nem alegre, nem triste,
Apenas poesia.
Terê Cordeiro.
Nordestina Paulistana
Um talento recebi
Das mãos de nosso senhor
Me foi dado a poesia
Eu aceitei com amor
Para descrever minha vida
Como o destino mandou.
Nordestina paulistana
Cultivo dois corações
Um sertanejo arretada
Outro cinzento solidão
Os dois falam a mesma língua
Seguem cantando a canção.
Bem num passado distante
Pele queimada do sol
Mãos calejadas da enxada
Vida marcada sem dor
Mais a esperança no peito
Como quem dança um forro.
Assim sigo minha vida
Sem jamais desanimar
Meu pai homem muito forte
Foi que me ensinou a andar
Minha mãe mulher bendita
Me ensinou como amar.
No sertão cantei toada
Em São Paulo cantarolei Beatles
Fiz amigos verdadeiros
Tive momentos esquisitos
Mas também amargurei
Em horas de vereditos.
Um belo dia porém
Conheci a poesia
Em uma sala de leitura
Não foi como eu queria
Mas fizemos amizade
Hoje, vivemos em harmonia
Terê cordeiro.
É natal
Dai-nos senhor um cântico novo.
Tempo de agasalhar os sentimentos,
Desembrulhar os sorrisos,
Aproximar as distâncias,
Instigar alegrias nas crianças,
Não deixar que morra a esperança.
Perdoar todas as loucuras,
Rasgar as cartas mal escritas,
Preservar os sonhos,
Tentar salvar o amor.
Mais uma vez é natal.
Dai-nos senhor um cântico novo,
Para encontrarmos a amiga fraternidade,
Despindo-nos das vaidades,
Vestindo-nos de simplicidade,
Virtude em extinção,
Procuro o amor na multidão,
Está vazio, não o encontro.
Em qualquer canto procuro o amor,
Na alegria, na nostalgia, até mesmo na dor.
Mesmo assim é natal.
Com ou sem comida na mesa, ainda assim é natal.
Nós os humanos, tentamos entender o natal.
Precisamos ser um presente para alguém,
Talvez para uma criança,
Aquela que chora na calçada, sem futuro.
Atrás de qualquer muro
Precisamos ao menos secar suas lagrimas,
Segurar as mãos de um idoso,
Ajuda-lo a atravessar a rua,
Por que mesmo sem um verdadeiro amor,
Ainda assim! Hoje vivemos mais um natal.
Feliz natal.
Terê Cordeiro.
Mulher
O por do sol, vai renovar
Fazer brilhar outra vez o teu sorriso
Vem abraçar, trás tua luz mulher
Se você quer, você vai ver
O sol nascer redescobrir o teu sorrir
O teu amor brilhar, realizar
Sendo a saudade de alguém, ou de ninguém
Escute a voz de sua alma, acalma-te
Procura-te, Encontre-se, Permita-se
Permita-se, sonhar realizar encantar
Mulher flor da manhã, sai do divã
Pertença-se, sem prudência
Vai, guerreira! Você pode,
Explode esse coração que ama e quer ser amado
Por que és mulher, de fases assim como a lua
Tens brilho, tens cor, e sabor
Linda, linda, charmosa mulher.
Absolutamente intensa.
Terê Cordeiro.
Amizade
Mais que uma mão estendida,
mais que um belo sorriso,
mais do que a alegria de dividir,
mais do que sonhar os mesmos sonhos,
ou doer as mesmas dores.
Muito mais do que o silêncio que fala
ou da voz que cala para ouvir,
é a amizade o alimento
que nos sacia a alma
e nos é ofertado por alguém
que crê em nós.
Não foi fácil
Aceitar que o tempo passou
Sim passou!
Não foi fácil
Entender que o amor me deixou
Ou nunca chegou.
Não foi fácil sentir a dor que veio
Não foi fácil, doeu.
Não foi fácil, querer voar sem ter asas.
É querer cair.
Não foi fácil, olhar o céu e não ver estrelas.
Queria vê-las.
Não é fácil, aguentar uma solidão.
Em um canto frio.
Nunca é fácil viver sem sorrir
É morrer
Não é fácil escrever um poema
Escrever, para não falar sozinho.
Chorar no papel
Lagrimas que não molha
Palavras sem voz
Gritos sem zumbidos
Na solidão do meu ”eu” só
Não é fácil, me abraçar facilmente.
Terê Cordeiro.
Minha singela
Lua Vermelha.
Fala-se de uma lua vermelha.
Sangrenta ou coisa assim
São proezas da natureza
Não feitas por você ou por mim
Que nasça o espetáculo
Como a rosa no jardim.
Um poema ao criador
Dando vida para as flores
O céu vai se transformar
Abençoando os amores
Espero que Deus nos ouça
Diminuindo as dores.
Fenômeno da natureza
Unindo três grandes astros
A terra lua e sol,
Eram um em cima outro em baixo
Hoje estão alinhados
Disseram-me, assim eu acho.
A poesia exalta, a lua o sol a terra
No poema meu desejo
Que se acabem as guerras
No coração à vontade
Que os homens se amem mais
Na vida meu sentimento real.
Sobre a mística em torno dos efeitos
Penso ser de Deus todo direito
De trazer sentimentos não as guerras
A quem crer que um dia tudo encerra
As estrelas e todos os planetas
Incluindo lua, sol, e mesmo a terra.
Terê Cordeiro.
Cheguei tô pronta
Nem preciso de reparos
Sou perfeita sou uma joia
Olhem, vejam quem diria.
Não me viram, nem ouviram.
Quem sou eu? Sou a própria poesia.
Desafios do poeta.
Um poeta em dificuldades
Enfrentando desafios
Feito os peixes labutando
Por falta de agua no rio.
O poeta sente falta
Da tal da educação
Esse objeto viu pouco
Pois não tinha no sertão.
Sua luta continua
Incansável a procurar
Solução para seu caso
Vive num peregrinar
Pensando não desistir
Acha que vai conseguir
Seus desafios superar.
Terê Cordeiro.
Chora coração.
Quando nos encontramos sufocados.
Com uma lagrima na garganta
Tentamos desabafar
Com alguém de confiança
Deparamo-nos ao estranho
Que não sabe escutar
Nosso frágil coração
Põe-se então a chorar.
Chora coração
Expõe o seu sentimento
O amor te abraçará
Tendo o afeto por invento
Se estiveres sufocado?
Fale! Mas não de sofrimento.
Terê Cordeiro.
Existir é arte
Viver é estranho
A duração do dia é poesia
O deserto empaca a vida
E traz, a finitude e envelhecimento
Some tudo num momento.
Terê Cordeiro.
Pela a solidão
Motivo único, solidão
Pedi para o vento me trazer flores,
Enquanto vivo.
Somente, flores.
Terê Cordeiro
Outono, uma nova estação.
As arvores perdem as folhas
A chuva cai devagar
De noites silenciosas
Nos leva a sonhos sem par
Não é nem cravo nem rosa
Mas nos convida a amar.
Terê Cordeiro.
Só um sonho.
Um calor uma fadiga, um silêncio.
Um coração doendo, sem remendos.
Sem abraços, desiludido.
Há coração um dia serás socorrido.
Um sonho, que um dia haja mais amor.
Mais compreensão, talvez.
Corações menos endurecidos
Quem sabe, por sonhos não vividos.
Um prazer, um encanto, um canto.
Um amor, um sorriso, um abraço.
Leveza de alma. Que acalma
Só um sonho, um silencio calada.
Uma gratidão, cheinha de emoção.
Lindos cabelos ao vento.
Um coração restaurado, curado.
Uma gargalhada, aliviada.
Mais um sonho, repetitivo.
É assim o pensador
Só mais um sonhador
Sonha, sonha, com um mundo de amor.
Terê cordeiro.
Lua e Vênus se exibindo
Em um namoro elegante
Um quer brilhar mais que o outro
Como se fossem amantes.
Terê Cordeiro.