Coleção pessoal de TehPizzolli
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Poetas me dizem para correr atrás daquilo que faz meu coração acelerar, outros mais racionais dizem pra não correr atrás das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até mim...
Sendo assim, digo-lhes: minha agridoce vida somente valerá a pena se lutar; Então que eu lute por mim e por quem me quer bem. E as borboletas.... essas vem, mas também vão, pois nunca serão bichos de estimação.