Coleção pessoal de tatimorais
Tenho pensando... pelo contrario, tenho pensando em pequenos, detalhes, os gestos, os olhares, na chuva se refletindo no chão molhado, descalço.
Tenho imaginado se pudesse ter desejado mudar algo, torna-lo do avesso, um retrato preto na parede branca do meu quarto.
Tenho sentindo a falta que me abraça e me aconchega, me ensina o motivo da esperança de que ele vai voltar no fim do dia.
Tenho esperado para adormecer, minha chance de estar, meu medo chegar. Talvez não estar lá, dos erros que cometi, dos erros que cometerei. A certeza de que talvez um deles seja o melhor erro, venha a ser um acerto.
Ele me ama.
O preto me conquistou, não faz muito tempo, mas faz mais tempo que o outro.
O preto é cego, mas me vê, me sente, me dobra, me prende, me ensina e aprende.
Me instiga, me tira de sua vida e me coloca de novo, pinta, limpa e me lembra que pra sempre será assim, fora da rotina.
Me tem, me convêm... me ama?
É sincero, e apesar de seu nome, não mente, entende, luta, olha, briga, fala, adverte, diverte, mostra e me toca.
Prefere o céu alaranjado, prefere meu branco puro, em paz.
Me diz coisas lindas, escreve palavras difíceis de entender.
Me motiva, me arrancar do lugar.
Joga com meus pensamentos, o ciúme me come viva.
Facilita nossas palavras trocadas sem saliva.
Beija, e como beija. Com vontade, sem maldade. Com desejo, não hesita, tenta mas não consegue se controla, me faz perder o controle também, me faz me entregar.
Me dedicou uma canção, me dedicou a vida.
Casa comigo? ( Um momento de solidão)
Sim ( sincero)
Só não lembro quem disse o que...
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Talvez fosse impressão ou qualquer outra coisa parcialmente embaçada pela chuva que não cessava.
Silenciosamente agradeci pois ninguém saberia que algum dia estive lá...
Meus cílios e pupilas arderam em protesto, implorando rendição.
Minha ultima imagem - quadrada pela janela, como se fosse limitada - foi do sol se refletindo no vidro sujo.
A realidade havia terminado seu show,
O que era colorido e confuso, passou a ser preto, branco... e distante.
Eu estava realmente vendo um filme antigo antes das cores, ou as pessoas realmente tinham perdido a vida na estrada de tijolos amarelos.
Talvez a gente tenha perdido a cor.
Percebi tarde de mais, mas, talvez,... eu sempre soube e nunca quis admitir.
Ele estava certo.
Olhar pra ele, era ver meus defeitos transformados em qualidades, refletidos em um enorme espelho, do qual eu não poderia fugir.
Meus medos se emancipavam de outros ao meu redor, sozinha eu não tinha medo de nada
Quero ser capaz de te olhar nos olhos e entender
Pra que longas explicações, se você não é capaz de me ouvir...
No meio de tantos em absoluta solidão... quão cliché é esse sentimento.
Onde estava o silencio de que eu tanto preciso?!
Meu muro não me proibia de sair... ele proibia as pessoas de entrarem. E é assim que deveria ser... vai ser.
Sinto Muito.
Eu me entregaria de alma a suas mãos, se você ao menos quisesse isso.
Nada mais será como antes...
Voltemos ao passado, seja como você sempre foi, não mude.
Não faça nada por mim...
Foi no dia em que me perdi, naquela sua rua vazia e unicamente molhada de mentiras.
Funda e imunda.
Refletindo a luz falsa de uma estrela próxima de mais, testemunhando meu rosto cansado, borrado. Eu jamais tive face.
Foi um sonho...
Se te ouvir é fingir se importar, então não te ouço.
Se ver, é somente olhar sua forma física... descobri, sou cega também!
Encontrei a vida sendo a verdade que tanto queria ser.
A encontrei em baixo de panos de educação, em baixo de regras e grades, de burocracia e de impostos. De mentiras e de vasta solidão mental.
A vida sempre foi simples.
a gente se torna uma pessoa melhor quando a reconhece na ingenuidade do dia a dia.
Na simplicidade dela que sempre esteve lá...
Singela, inocente...Natural....