Coleção pessoal de tatacampos
Combinei comigo mesma de nunca fazer nada que eu vá me arrepender
e nunca me arrepender de nada que eu fizer.
Permaneço esperando que o céu que eu agora tenho, sejao mesmo ao qual eu quero pertencer.
Iniciou-se um nova fase, mas ainda estou muito preocupada em manter os pés no chão pra perceber o brilho das novas estrelas.
Deixarei o mundo ser como é, acredito que só assim eu talvez encontre um porto seguro em algum lugar dele.
Mas apesar de suas variáveis, a verdade me joga na cara que por mais que ás vezes eu odeie as coisas que eu faço, nada vai mudar a história que eu escrevo. Não há borracha pra esse tipo de texto. Texto da vida.
Todo mundo usa todo mundo. Aceite essa verdade. Ás vezes por querer ficar, ás vezes pra tentar fugir e ás vezes só pra testar o próprio ego. E parece sempre tão necessário usar alguém, seja pra roubar alguma qualidade dele, ou pra doar alguma loucura nossa. Roubamos por medo, carência, ou vaidade, e geralmente doamos pelos mesmos motivos. Usamos o tempo, usamos o carinho, usamos as certezas. E por vezes deixamos usarem essas mesmas coisas nossas. O sentimento de quem rouba nunca é o mesmo do assaltado. Embora as razões em algum ponto se cruzem.
É, agora eu ando assim. Assisto programas que não me interessam, faço coisas que eu não quero, ouço músicas que eu não gosto e frequento lugares que não são meus. Vivo outra vida, interpreto outro papel, e ponho mais maquiagem , tentando mudar tudo que eu sou pra ver se muda também as coisas que eu sinto. Mas pouco importa o quanto eu tente. Uma hora o programa acaba, a música termina e mais cedo ou mais tarde eu volto pra casa. Então eu limpo a cara e volto a ser eu mesma, sem roteiro nem rímel nem blush.
Vivo na espera. Acho que todo mundo vive nela. Todo mundo sobrevive pela busca ou pela espera. Talvez seja justo dizer que vivemos todos em razão da falta. De algo ou alguém. É a falta que nos move.
Vivo na espera. Acho que todo mundo vive nela. Todo mundo sobrevive pela busca ou pela espera. Talvez seja justo dizer que vivemos todos em razão da falta. De algo ou alguém. É a falta que nos move. Mas é a presença que sustenta. Presença de essência, de chão. - E eu odeio admitir que que o segredo da paz é o equilíbrio quando tudo o que eu procuro são excessos. - A falta em exagero fez isso comigo, me deixou cheia de um vazio impreenchivel que me torna cada vez mais carente de presenças, mas absurdamente rica de esperas. E é na falta que eu vivo, e é na falta que eu me sustento. Por isso eu caio o tempo todo. Coleciono cicatrizes. Dane-se a paz, o equilíbrio não me interessa. - Me alcança o mertiolate.
O amor é sempre um engano. Quando não é engano, também não é amor. Seja ternura, afeto, mas não amor.
Mato muito tempo desejando que você perceba como a gente era lindo, como a ente podia ter sigo forte, como podia ter sigo certo. Mas que direito eu tenho de querer que você perceba, se nem eu mesma percebi?
Sabe, prefiro meu cachorro a qualquer homem do mundo. Chingo ele, deixo sem comida, e boto pra dormir na rua, mas quando eu abro a porta no outro dia ele vem correndo lamber a minha mão.