Coleção pessoal de tamanho

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ESTRELA ESTRELA,
que em qualquer direção brilha,
como quem grita:
ALERT-SE! ALERT-SE!

grito

O ócio desagrada
O tédio se agrava
A mente já não grava
Meu tempo é grave
É nó de gravata apertado
É graveto encravado
Nem frase, nem prosa
Nem rosa, nem cravo
Tão só gravidade
Meu tempo é grave.

A poesia não tem dia,
nem tem hora, é só acaso.
Seja fato, sonho ou fantasia,
com ela, todo dia eu me caso.

Eu sonho acordada passarinhos. Tem sorrisos morando no pé carregado de jabuticabas.
E ai de quem ousar mexer nos mamões deles. Quando cai o aguaceiro, dezenas de periquitos que pensam que são nuvens danam a trovoar. E se o assovio soa mais forte, é de correr mais depressa que há novidade para se mostrar. Com tanto pólen no bico, logo se vê que passou toda tarde mergulhado em flores. Muito bonito! E tudo é música. E festa. Música que sabe voar na dança dos passarinhos.

No sapatinho.


Na boca dos amantes existe o desejo,
ora mútuo, ora disperso.
Deveria haver um acordo das partes que alimente o querer,
mas o que vibra é um jogo desnecessário e sem graça.
No jogo dos amantes, eu viro o tabuleiro
e me mando para uma roda de samba particular,
roda de gente grande,
onde o único jogo é sambar.

metamorfose - meta amor fase

Enquanto alguns
pensam em estratégias
de sedução para as borboletas,
penso que seria
para mim mais interessante
me tornar uma delas.

Passarinho que oferece a noite:
quer em troca
o dia.

Beija-flor mostrou
dia de chuva
também tem cor.

No sonho:
em um gole
engulo a lua.

Estrela foi a forma que Deus encontrou
de desejar bons sonhos
todos os dias.

Temperamental:
sopro leve
é temporal.

C aia sobre mim
H ora qualquer,
A mores
O u flores.

O vivo
impulsiona
o abraço

Joaninha que foi embora,
até hoje
besouro chora

Não tem quem me convença
que passarinho
não pensa

Luar é quando a lua está com a palavra.

A tristeza se transveste de versos para ganhar em concursos de beleza.

Arrepio é forma que meu corpo escreve em braile "continue", quando beijas a minha nuca ou quando passas levemente os dedos na minha pele, após me fazer amor.

Meu passado,
eu não deixo ser presente-ausente,
por mais que me atormente a mente
(que sente) e tente.

Por que digo demais que te amo?
Pra compensar o tempo que ainda não te conhecia e já te amava sem saber.