Coleção pessoal de tadeubaptista
O homo sapiens tem tendências peculiares. Uma delas é apegar-se ao passado, principalmente a outros ou coisas mortas. Coisas estas que fedem, e outras que, de tão antigas, não deveriam afetar o seu faro.
Se há dimensões que transcendam as dúvidas, então transcendemos também a razão. Se isto acontece, o que nos garante a coerência? Um grau elevado de compreensão? Algo supra cognitivo?
Se nos cabe colocar a existência de deus no ponto onde não alcançamos a compreensão, o que garante que isto realmente não seja produto da nossa necessidade existencial? O que vejo é uma condição sine qua non para nos sentirmos úteis perante o Universo, e dar sentido à nossa vida. Ninguém está a salvo disto. Hipócrita será o homem que não admitir que sente/sentiu essa necessidade de ir além do compreensível.
Se a questão de transcender a razão não justificar a dispensa da justificação, entremos mesmo no campo da mística, e, nisto, não há ciência ou razão que chegue.
Se o homem não tivesse olhado para as estrelas, estaria ainda só descascando bananas e catando piolho
Nosso Mundo
Tornarei Seu Mundo mais teu
Um pouco meu
Um tanto nosso
Basta a porta abrir
A brisa entrar
O voou seguir
Quero ver-te livre
Quero ver-te alto
Quero sentir-te perto
Asas hei de dar-te
Hei de cultivá-las
Basta a porta abrir
Viverei num Mundo menos meu
Um pouco teu
Um tanto nosso
Nós não vivemos, nós existimos. Vivemos momentos. Momentos de felicidade, momentos de tristeza. Nenhuma sensação, destas, é eterna, elas são passageiras, assim como a vida.
Grande Abraço
Começando do final,
Pois é no fim que se começa,
A espera não é eterna,
Ela tarda a findar.
Tornar-me-hei, sim, ternura
Da suave formosura,
Das palavras duras
Que a diferença encarregou-se de criar.
Certo estou que dos céus ela chegará,
Acalentará o desmetricado coração
E algarviará o verde-amarelo com vermelhidão.
Sarará.
Sara há.
Será!
É lá e cá
E cá estou
E lá, ela
E cá os sonhos
E lá as pedras
E cá as rosas
E lá os espinhos
E cá a vida
E lá o caminho
Rápido rastejo
Devagar a finto
Vulgar que sou
De fato minto
Sonho vivido
Roupa usada
Sapato velho
Da Alma Penada
E cá está ela
E lá, eu
E as pedras nas rosas
E os caminhos da vida