Coleção pessoal de syren

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NINGUEM
Ela anda entre a multidão despercebida
Salve-a
Algo a faz caminhar entre nos,tão bela,mais que beleza se vê nisso???!!
Esta sentada em uma mesa de bar,faça companhia a ela,mais não diga nada,apenas a observe...
-Era macabro mais hipnotisante a forma como ela mordiscava o canudo antes de puxa a bebida para seus lábios,apenas um brilho em sua boca,olhos fixados no movimento circular que fazia com o gelo-“Em que estaria pensando?”-mais não quis interrompe-la,não no seu ritual,acho que nunca se importou com quem se sentava a mesa com ela,afinal que coisa pra se fazer não é mesmo.
-O copo encontrava-se vazio,agora tavez fosse a hora para ela me notar,mais não,me surpreendi com uma gargalhada e era dela,ria descaradamente e bem alto.
-“Não foi perda de tempo,apenas ganhei experiência.” Dizia ela...eu não entendia e então pela primeira vez dentre tantas outras que eu ficava a observar,apaguei meu cigarro e perguntei sem exitaçoes:”O que você disse,eu não entendi?” e com um olhar carregado de ódio ela me encarou,não disse nada apenas encarou e se retirou.Pensava que aquela fora a ultima vez que eu realmente tinha a chance de ter a companhia dela e estraguei tudo por abrir minha boca.
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DO OUTRO LADO DA CIDADE
Correndo na chuva como sempre,estava indo pra casa,gargalhava como louco pela rua e nem ela sabia o porque,entro em seu apartamento e na mesma volúpia se desfez das roupas molhadas,cabelo molhado e grudado em sua pele;não tinha animais,morava sozinha,aprendeu desde cedo a companhia de seu quarto escuro,pois ela dizia que la so poderia habitar um único demônio “NINGUEM”.
Preparou minuciosamente seu banho,tudo o que fazia parecia um ritual,ascendeu quatro velas e pos uma em cada lado de sua banheira,preparou uma banho quente com canela em pó.Em frente ao espelho despia o que restou de sua roupa intima,ficava a se observar,os anos realmente não aparentavam passar para ela,entrou na banheira e submergiu seu corpo todo,ficava a olhar o teto por debaixo da água,esquecia o tempo,pessoas,todas as coisas que não faziam parte de sua mente e seu gosto,mas também ficou a pensar no rapaz que havia lhe feito companhia no bar,afinal ninguém gostava dela naquele lugar,talvez fosse suas roupas ou até mesmo maquiagem,ou até mesmo nenhuma das duas opções.
Passava horas a ler livros sobre Magia,Vampirismo,Tantra,Necromancia,era tanta coisa que so ela saia se achar neste mundo regado à pesquisas e vinho tinto suave.
Amanhecia e ela odiava a luz que batia diretamente em seu rosto,mais um dia querida Marrie,ia para o trabalho sua carga horária era de 11 horas de segunda à sexta e 7 horas fim de semana,seu salário era convertido em livros quando não em bebidas e utencilios pessoais.No auge de seus 20 anos tinha um gosto bem apurado mais que variava a cada dia;escutava o que pudesse guia-la no pensamento,sempre tão bem maquiada.

Me lembro vagamente do antes, mas marcou aquele homem das sombras, me lembro que havia ido até aquele lugar distante e improprio em busca de algo ou alguem... Me lembro de ter sido recebido com pouca cortesia, apenas ágil, como se estivesse apressada demais para arrumar a sala e exercitar a costumeira cortesia de uma anfitriã{...}Acho que na hora pensei que estava fora de lugar ali, sua face era pura demais e levantava suspeitas, como se um cordeiro desfilasse diante de uma matilha...Tentei disfarçar e ela percebendo o meu desconforto diante de todos, passou a falar em voz suave, como em um delírio, ficava distante, mas sempre ali... Dentro da minha cabeça,ela me serviu de um calice e eu senti o corpo pesar, e eu cai inconsciente presumo... ... Acordei no que pude ver claramente em um barracão, havia entulho para todos os lados, tão silencioso, úmido e escuro, mesmo com o sol alto lá fora... Voltei para casa com aquele vago na memória, pensei comigo que talvez tivesse passado dos limites com a bebida[afinal o que ela pusera ali]... acabado em uma festa estranha... sei lá... Mas eu jamais fui destas feitas... E só depois de um banho e um adormecer no conforto do leito é que pude me livrar daquele senso torpe...E o processo se repetia todos os dias,eu era ovacionado com a bela imagem daquela dama... Os dias passaram... A principio eu sentia todo tempo uma espécie de enjoou diário, pesadelos me atormentavam durante o sono, sempre aquela mesma cena bizarra onde eu arrancava minha própria face com as mãos e assim eu ia fazendo com todo resto de pele e carne por todo o corpo até eu me tornar algo diferente...Resolvi interrogar a bela dama:”Oque havia naquela bebida?”...Ela me dizia que era apenas a minha bebida de sempre,so que desta vez o dela...Ela por sua vez disse que faria meu mal estar passar,então pousou um beijo levemente em meus lábios...Ah foi uma sensação prazerosa,seus lábios quentes envoltos ao meu que era gélido... E logo os sonhos passaram, com eles o enjoou costumeiro, as náuseas, as tonturas e também o sono, e então entrou a temporada da fome e da sede... Me tornei insaciável, toda vez que saia a noite para caçar e me saciar com o sangue de belas mulheres que eu encontrava,eu sugava o maximo que podia e a fome não passava, bebia a quase explodir e a sede não tinha fim, me sentia mal, mas ainda assim, era incontrolável, e mesmo que comesse a desesperar qualquer um que visse, a carne não influenciava em uma grama de gordura, até chegar o dia de eu finalmente entendi o que fui buscar, quando em uma espécie de distração me feri com média gravidade, e para a surpresa de minha bela dama que me observava de longe escondida,não acreditara no que via pois ela nunca havia visto um fúria tão grande em meus olhos,como se a realidade houvesse sido burlada... Ali estava ela penas intacta como sempre esteve... Estranho... Mas o choque dela me fez lembrar... Então sorri pela primeira vez em dias, e de mente clara caminhei pela rua com a sensação mais incrível do mundo... Mas claro... Tive que lidar com a fome e a sede, a principio foi difícil, até hoje é, mas me acostumei a ignorar, e sempre que me desespero saboreio as iguarias que minha dama tras mesmo que o sabor esteja lá elas jamais saciam a fome, era um desespero beber e beber e a sede não passar... Mas agora eu tenho outras distrações para ocupar as minhas necessidades e o meu prazer...Agora eu a tenho para toda a eternidade...