Coleção pessoal de SuzeteBrainer

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⁠O Teu Sorriso

Lembro do teu sorriso
Naquela tarde
Em que o tempo parou.

Eternos São os Gestos

Carrego em mim os gestos raros
qual marfim, doados para a vida inteira.
O olhar reconhecido na multidão;
as mãos dadas somadas em solidão;
as lágrimas recolhidas em silêncio;
o abraço de corpo inteiro colhido em afeto;
o sorriso compartilhado em ato de vida;
a palavra seguida do gesto que a consagra.
Eternamente os teus gestos ficarão em mim,
como um sopro de vida...

Saudade

Saudade
que me cobre de lembranças
vestidas de dias
que te pertenceram.⁠

O Dia Começa com a Tua Luz

Sabes, mãe,
penso em ti
e,
ao pensar,
tudo me leva ao amor,
num rio calmo, sereno,
feito de lágrimas,
que corre desenhando a minha
alma ao encontro da tua.

O Sol em Mim Passeia

Meus cabelos carregam o Sol
com as horas nascidas em mim,
sem pressa de morrer os minutos
acesos do meio-dia.⁠

A Realidade Dorme Para os Sonhos

Não deixo escurecer os pontos de estrelas que
Caem nos meus olhos sem nenhum esforço.
Os pássaros seguem em atravessar a
Minha transparência de alma.

Minhas mãos são pequenas no espaço da
Humanidade feroz.

Deixo o Meu Olhar no Mar

O mar assim,
imagem de contemplação,
uma distância diminuta
com a entrega
do olhar em unidade
de beleza e perfeição.
Deixo o meu olhar no mar...

Meu Porto Seguro

Minha alegria em
Teu sorriso luminoso,
Minha paz
Na tua calma de rios,
Assim, minha vida
Em teu porto seguro... ⁠

⁠A Transcendência do Entardecer

Deixar as mãos soltas
Na esperança de
Serem asas um dia,
Para um voo
Na delicadeza de ser livre,
No abraço que transcenda
O entardecer das palavras...

Meu Canto Profundo

O meu canto profundo
Canta um mundo
Quase perfeito,
Quase silencioso;
Um ciclo num ritmo melodioso,
Às vezes alegre,
Às vezes triste;
No sim,
No não,
Na construção
Fora do padrão,
Longe da mesmice;
Muito perto de mim,
Num ponto,
No centro,
Quase invisível,
Quase Infinito.

Carta à minha Mãe

Hoje senti muito a tua falta, mãe.
Ontem também.
Os dias passam, mas
não apagam o reflexo do teu olhar protetor,
no caminho dos meus passos;
não esconde em mim a emoção
da tua eterna lembrança,
dançando nos espaços do meu relógio interior.⁠

Um Voo Sem Ruflar de Asas

E sei que nada de mim
É para sempre,
Mas quero a minha
Passagem bem leve,
um voo sem ruflar de asas
No anonimato do mundo.

Trazias nas Mãos a Rosa do Infinito⁠

Trazias nas mãos a rosa
Do infinito.
Plantaste em mim
A eternidade...

⁠Mistérios Infinitos de Ser

Somos instantes
preenchidos de sentires refletidos
na infinitude busca
de ser.
Assim,
somos sempre,
mesmo quando a distância
ancorada na dúvida,
não diz nada
da nossa (im)perfeição.

⁠O Bordado das Horas

Neste véu,
fragilmente bordado de horas
de impermanente textura que se fazem dias,
o silêncio é reposto por palavras
emudecidas por dentro...

Agora,
guardar a quietude extraída
das esperas...

Que tal gentileza?

Viver a leveza
dos movimentos a um toque,
o encontro do olhar sem esperas,
a escuta com alma,
e a paciência de saber ser paciente
num mundo com pressa
compressão
explosão
ainda assim,
resta a suavidade
de uma nova resposta:
a Gentileza...


Revelação

Sinto
este desfolhar
dos dias nas minhas mãos.
Tudo se coloca em foco
e cada paisagem
revela na sombra
o seu sol.⁠

Aos Poetas

Acredito⁠ nas almas dos poetas,
encantadores do tempo,
equilibristas:
Passos entre o sonho e a realidade.
Existe uma magia sobre os poetas,
uma insubordinação do imaginário,
uma transgressão da mortalidade,
uma sede visceral da emoção.

⁠Raízes do Silêncio

Cada instante é uma nova vida com uma palavra nascida no poema vazio.
Ela possuía nas mãos o vazio que cresceu do poema, e plantou uma roseira das raízes do seu silêncio.

Às Vezes

Às⁠ vezes subo até a superfice das palavras
Para respirar um gesto vago
De um silêncio sobre a pausa.

Às vezes olho por dentro dos olhos das pessoas
Para sentir uma humanidade
Que cala...

Às vezes colho o dia em minhas mãos
Para sentir o perfume
De Deus.

Às vezes fico numa melodia solitária
Para deixar a solidão do mundo
Ecoar o deserto...
(Suzete Brainer)