Coleção pessoal de SusannaAlmeida

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⁠Assaz
feroz,
a sós,
mordaz.
Voraz
em nós.
Após,
jaz...

⁠Ama-te à ti mesmo antes de sair distribuindo o amor que o mundo precisa. Saibas que desse modo, estarás mais capacitado a dividir o que trazes no coração...

⁠⁠Os que mais dissertam sobre o ego, são aqueles que precisam fugir constantemente de alfinetes. E não podem, jamais, ter plantados cactos em seu jardim.

⁠Há tantos poetas escondidos no velho caderno de linhas...

POSSEIRA

Escolho explorar a minha estrada
meu caminho entalhado
em rocha íngreme da minha razão.
com meus musgos pendurados
verdes "que te quero ver-te" esverdeados
ou caquis, esparramados
cor da aura que só meus olhos,
tocados veem, pela luz do coração.

Cores minhas, minha vida!
meu caminho,
meu perdão, minha lida.
minha volta e minha ida,
minhas pedras de tropeço
que conheço,
meu inferno quando habita o meu céu...

⁠Se encante pelo tanto que há para se encantar
E pelo cantarolar da sua alma...
Como quando pensa e escreve poesias...
Viva a mil; chegue a dois mil e pare somente para o impulso de ir além.
Além das coisas, das pessoas,
além da mesmice de ser você mesmo.
Deixe o mundo cabisbaixo aos seus pés.
Submerja e emerja do seu mar de sonhos quantas vezes quiser.
Faça dele o seu caminho de roça;
Aquele, do qual você já conhece cada conchinha; cada grão de areia.
E seja sempre a sua melhor companhia...

Senhor Outubro,
não fique rubro
venha com o vigor
das flores que vingaram
na estação.
E florindo estarão
até Dezembro,
se bem me lembro
do caminhar
do relógio do tempo,
o severo marcador.

Senhor Outubro,
eu me descubro
na saudade
que invade,
transforma
e deforma.
Quase em mim
desconstruindo
o que era paz.

Senhor Outubro!
Seja bem-vindo!

⁠O que é a vida, mulher?
Um X ou outra variável qualquer?
Uma equação pedindo resolução?
Vá saber?!

⁠Ao mesmo tempo em que aparentamos mistério, por mais indecifráveis que queiramos parecer, somos meramente previsíveis. Aqueles que estão muito próximos de nós, seja presencial ou energeticamente, nos lê...

⁠Ideais... Tenho aos montes!

Frustrações, o mesmo tanto.

Resiliência?

Minha alma é elástica...

⁠Sou aresta que precisa ser aparada...

⁠Somente devemos querer fazer parte da realidade, quando expectativa e realidade forem uma só... É quando haverá completude, do contrário, só seremos depósitos, onde serão jogados os pedaços de sonhos não experimentados.

⁠CAOS

Vida doce e medonha
É aquela que sonha
Encontrar meu eu
No meio do caos.
Vida sem-vergonha
Fez-me um ser "pamonha"
Isso nem doeu
Nesta vida de sal.
Flechas pontiagudas
Furaram-me o ego,
Assim, como o prego
A pregar minha dor.
Não me desvencilho
De tal empecilho
Enquanto o saldo não vem.
Pelo portador serviente
Seguindo a corrente
A mesma a caminho do caos.

⁠Assim como a terra pisada
Batida, surrada
Minha resistência vem dos pés dos passantes
Me contraponho;
Por isso a força.
Me rebelo;
Por isso o endurecimento
Me fiz vermelha pela enxurrada.

Assim sou o pó
No momento em que o vento levanta a poeira
dos muitos desertos que habitei...
Das poucas águas às areias misturadas, formando o barro...

Sou o barro quando não quero resistir...
Quando me entrego;
Quando andam por mim e me deixam marcas.

⁠Inquilina do tempo, habito as horas vazias...

⁠Sou como a nascente que não cabe em si, por isso jorra...

⁠Quando compreendermos que não passamos de poeira, talvez seja tarde. Perdemos muito tempo priorizando o que de fato, não tinha importância...

⁠Quando não somamos, potencialmente diminuímos; estejamos atentos quanto à proporção...

⁠Todo feitiço que é lançado volta ao seio de quem o lançou. Assim, como um bumerangue, nada é pessoal ou específico... É antes, uma questão de ação seguida de reação; Lei universal...

⁠Crescer vai muito além do perímetro que ocupamos. Crescer é não precisar nada provar nem a você, nem a ninguém...