Coleção pessoal de supersilvia

Encontrados 11 pensamentos na coleção de supersilvia

O amor não acaba...

O amor não acaba
da noite para o dia
do dia para noite
O amor neném
talvez seja frágil
talvez prematuro
talvez indefeso
mas como todo amor neném
é o mais lindo dos amores
e tem a força
do início de uma vida!

Deixe a vida ser vivida!

E nunca sinta vergonha
se por acaso
sofrer por amor
pois só os que amam, de fato, vivem
e os que amam
não fazem mal
não querem mal
mesmo àqueles
que por qualquer razão
não te amam mais...

Mas o amor não acaba
da noite para o dia!

AMORES POSSÍVEIS

Não quero mais
Amores impossíveis
Nem me esconder
Na sombra científica
Da improbabilidade...
Quero o AMOR POSSÍVEL
E vivê-lo
No auge e na extensão
De todas suas
Infinitas
Possibilidades!

Que me perdoem os Romeus
E as Julietas
Mas nem só de épicos vive o futuro
Como nem só de clássicos
Se fez o passado
O que não é perfeito
Não é por isso menos belo
E o amor eterno
Não sobrevive
À expectativa
do impossível
Mas é possível
Na possibilidade
das realidades!

Quero me tornar,
descobrir ou ser
O príncipe das marés
A procura da real metade
Sem sapatinho
Ou carruagem
E encontrar na princesa urbana
A possibilidade de uma mulher!

Sorriso de passagem


Não é hora
de ir embora
Na bagagem,
não cabem
Os sonhos
que ainda não vivi
seu sorriso é a passagem
minha alma a estação
mas não há viagem
se nossa estrada
não está pronta
ainda não!

Vou te levar
Para onde a vida nos levar
E viver um grande amor
Quero que venha onde eu vá
Quero ir onde você for
E viver um grande amor

Se não estão prontas
As nossas malas
E se não há estrada
Vamos criar asas
E voar
Pra viver
Um grande amor

...um punhado de afeto

....as vezes me sinto
Como o golfinho que pula
Para qualquer peixe que vem
Sem olhar para as mãos
Dos peixes em vão
E que vem
De mão
em mão

...as vezes eu salto
Sem olhar para o chão
Miro as estrelas
E volto pro chão
E fico mergulhando
Neste
Vai-e-vem

...as vezes eu acho
Que custo um abraço
Meu consolo
É seu colo
Seu beijo
meu chão

...quase sempre eu penso
Que não daria meu reino
Por um cavalo
Mas trocaria meu teto
sem jeito, sem nexo
por um punhado de afeto

As pessoas noivam porque o namoro é bom e casam porque o noivado foi ótimo...e então deixam de namorar.

Casamento é como motocicleta, foi feito pra cair, mas é você quem a mantém de pé!

Nada é mais ridículo do que o ridículo de não ser nada.

Não queira parecer o que não é, sob pena de deixar de ser o que já foi.

"Seus passos, ritmados no descompasso dos batimentos do seu coração, eram juntos mais ordenados que os pensamentos em sua cabeça, que lembravam uma escola de samba num concerto de jazz"

A democracia do afeto

"Não tenho – nem nunca tive – a pretensão da unanimidade. Li Rodrigues muito novo! Deixei, há pouco, de ser escravo de cortejo. Li Freud muito tarde! Gosto de pessoas incomuns e desgosto de algumas, por muitos, cingidas de confetes. Tenho, contudo, ojeriza aos hipócritas, mas nutro respeito por meus desafetos e adversários, leais ou não, pois isto é o que pode – eu disse pode - me tornar melhor que eles, e, afinal, o mesmo direito de quem te estima assiste àquele que te abomina: Esta é, para mim, a democracia do afeto! E este sou eu: alguém que acredita- eu disse acredita - ter conquistado a liberdade de ser, pensar e, às vezes, falar o que quiser.”

L i b e r t a s

Onde está esta liberdade
Das bandeiras
Dos discursos
Das metáforas
Metafísicas palavras
Das provas de concurso

Onde está a liberdade
Dos pagãos, cristãos
Onde está a liberdade
Dos cultos e crenças
Dos portadores de doenças
Das melodias
da imprensa
Da sociedade capital
Um Mundo de imagens
Cuja liberdade
Vem no marketing
da garrafa
De um refrigerante
Feito de nada
sem cheiro e sem sabor!

Que liberdade é essa
Que te faz fazer o que não quer
Que te faz deixar
De fazer
o que se quer
E se entregas sempre
pra quem não deve
e se dá as vezes
pra quem não merece

Que vida é essa que vivemos
Achando que somos livres
Como os escravos do Mississipi,
Libertos das plantações de algodão
E que dormiam ao relento
Sem saber o que fazer
voltaram em sofrimento
e o capataz virou patrão

E enquanto houver Estado
continuamos todos escravos
Mas a escravidão nos deu o blues
E o Blues é o hino de protesto do escravo
Que não quer só comida
Quer saída para qualquer parte

A liberdade
ética
Estética
Filosófica
política
sociológica
artística
e anarquista

A liberdade de Kant
Spinoza
Loche, Rousseoau e Proudhon
A liberdade de Bakunin
De Ghandi, Guevara e Chaplin

E só há um ditador
O poeta
que dita o que quer
Para quem quiser
Capaz de dizer que livre
Verdadeiramente livre
é quem tem a consciência da escravidão!

Mas nós temos o blues
E o blues é o hino de protesto do escravo
A marcha do anarquista
A trilha sonora do livre pensador!