Coleção pessoal de sorrisoso

Encontrados 19 pensamentos na coleção de sorrisoso

Busca incansável
Não do que se vê
Do que se sente
Está certo é coisa da gente
Uma procura de respostas
Que se unem a mais perguntas
Sem conclusão são só teorias
De quem um dia
Só queria, entender

O coração
Que sujeito autoritário
Escolhe
E não quer opinião de mais ninguém
Egoista
Quer
E quer só pra si
O cérebro tenta ajudar
Mas espaço nenhum ele dá
Quer
E quer agora
Não pode ser mais ninguém
E mesmo que o perfure
Ele ainda quer
E quer
Agora

Mais uma vez, eu aqui, procurando organizar o mar de palavras e sentimentos que eu carrego dentro de mim. Tentando colocar a casa em ordem, pra ver se eu consigo compreender essa maré. Talvez eu não seja tão esperta assim, ao ponto de decifrar, ou de saber o porque. Meu entendimento se limita. Limita o limite que colocam pra ser feliz. O limite do amar inteiramente. Do estar de verdade. Porque quer estar. E quer e pronto. O limite que não coloca na hora de tomar decisão. O limite que trava na hora h. O limite que impede ser todo. Ser inteiro. O limite que impede o sentir. O limite que impede o seguir.
Minha cabeça não entende.
Quando eu era nova achava que estando hoje eu entenderia um pouquinho mais a vida. A verdade é que a cada dia sei menos do que sabia.
Mas sei de uma coisa... se não puder amar, ali não da pra ficar.....

A vida!
Como a perdemos por procurar entender. Queremos compreende-la.
Achar um caminho.
Decifra-la.
Daí seu maior trunfo nos ataca.
O tempo.
O perdemos por uma procura sem mapa. Sem rumo.
Porque ela não foi feita pra ser desvendada.
Mas pra ser vivida.
Nós perdemos de nos mesmos Simplesmente pela insanidade de questiona lá.
Indaga-la.
Assim, deixamos de ver a nossa volta
Que sua graça mora na complexa simplicidade sútil
Do viver.

Aqui estou
Mas nem tanto assim
Disperso
E sem fim
Um completo incompleto de mim
Nos pensamentos
perto
No coração
a lacuna
E o tempo
perde-me
Ou talvez
Eu perca tempo

Deixar o vento bater
A brisa levar pra longe os pesares
Olhar pra frente e ver uma imensidão
E então saber que eles nem são tão grandes assim...

Saudade. Das risadas despreocupadas. Do coração preenchido. Das preocupações bobas. Dos medos ingênuos. Das brigas de mentira. Dos planos compartilhados. Dos sonhos impossíveis. Das rotinas. Da monotonia. Do todo seu. Do todo sua. To todo meu. Da raiva momentânea. Do amor permanente. Da dificuldade superada. Das conversas insanas. Das conversas do cafuné. Das conversas do olhar. Do achar. Do me encontrar. Do morar dentro dos olhos. Do ter um morador dentro dos olhos. Dos abraços longos. Das borboletas no estômago. Do agradar. Do proteger. Do cuidar. Do ser cuidado.Do meu. Meu bem

Desculpa-me
A palavra que encontro pra essa deságua
Nem a singela poesia me tira o nó
Que na minha garganta resolve morar
Pena
Ele amarra também meus pensamentos
Enlaça
Faz-me ver espinhos
E as flores deixam de ser singulares
Perdoa-me
A franqueza amarrota-me
E encontro-me indissoluvelmente
Transbordando

É clichê. Começo afirmando. Entretanto, não diminua a beleza do comum. Sim. Falo sobre as voltas que o mundo dá e como chegamos até aqui. Te digo: e que volta, eu diria um perfeito giro de 360º. Falam que somos procrastinadores. Engraçado. A verdade é que somos ansiosos. Imaginamos. Estamos o tempo todo moldando o futuro. O que não sabemos é que um movimento errado, o barro muda de forma. E aqui chego novamente.

Movo montanhas por aqueles que amo, mesmo que não receba nem morros em troca. É o único jeito que aprendi. É do jeito que sou.

Será que errei aonde? O que fiz? A culpa é minha? Me encontro tantas vezes fazendo a mesma pergunta. E por que? Eu sei a resposta. Mas recusar-se a entender é maior do que a compreensão. Porém digo: o erro está em fazer esta pergunta. Os que fizeram com o coração ganharam a maior recompensa: o acerto. Apenas os corajosos agem com o coração e minuciosamente o cérebro os julgam.

As lembranças
Essas podem doer mais que mil tapas
Silenciosas
Falam como se atirassem
Balas que não perfuram
Mas deixam invisíveis cicatrizes
Destrutivas
Constroem tristezas
Capazes de roubar todo espaço da mente
Ladras, eu diria
Inusitadas, como uma surpresa
Matam o coração
Revivem a dor esquecida
A dor da memória, da saudade, da lembrança.

Alguns seres são movidos por um combustível chamado amor. E quando digo amor, falo de suas várias formas. Porém ouso julgar um como o mais importante: o amor próprio. O amor próprio é aquele que transmitimos quando dizemos "eu faria isso se fosse comigo". E se?... Pois é, a ausência dessa pergunta é resultado das grandes discrepâncias que encontramos. Quando fazemos tal pergunta, descobrimos outro amor: o amor ao próximo, aí então, a vida se transforma, as tristezas, as decepções...tudo muda pra melhor, e a cada atitude um pensamento sempre presente: ajudar o próximo, é me ajudar. Amar o próximo, é me amar. Pensar no próximo, é pensar em mim. E a cada pensamento desse, construo um pouco de mim, me movo, me abasteço.

Inútil sorriso
Tão facilmente apagado
Ri pra qualquer um, sem sentido algum
E o tempo só o mostra os devaneios da vida
Sentido não há
Aquilo que hoje é presente, amanhã se apagará
Verdades são relativas, cada ser com a sua
Eufemismo para mentira
igualmente agem
O sorriso está só, e só agora viu
O tolo mesmo assim, sorriu.

Quando fazemos tudo para que nos amem... e não conseguimos, resta-nos um último recurso, não fazer mais nada.
Por isto digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado... melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.
Não façamos esforços inúteis, pois o amor nasce ou não espontaneamente, mas nunca por força de imposição.
Às vezes é inútil esforçar-se demais... nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende a nossos pés.
Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido.
Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer.
Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de nada mais fazer.

Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdoo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.