Coleção pessoal de soninhaporto
O pensamento me instiga
O homem levantou sua cama portátil, era um tapete colorido, não voador.
Ele enrolou e colocou no saco de lixo onde estão seus pertences, sua vida.
Caminhou e num canto foi mijar. A rua é sua casa. Ai que dor!
A quem pedir misericórdia?
Eu sei como voar
É quando sinto o hálito da alegria bombear meu corpo e a ansiedade vai embora.
É quando sem querer o coração dispara e acelera os filetes dos desejos.
É um sonho feito pandorga, solta no imenso céu azul, onde também me solto, livre das amarras que me prendem.
E voo liberta e pujante, para reter o amor em meus instantes.
O prazer de sentir
em teus olhos atentos percebo a avidez de tua boca, a lenta loucura que estremece algum lugar dentro de mim.
O paraíso.
A chuva faz pirilampos nas poças
que pulam de um lado a outro
respingando brilhos frescos.
A minha loucura vê o que quer e faz troça.
Os sonhos muitas vezes são só enganos,
idealizamos, inventamos, mas é uma sensação tão boa, que criam imagens tão poderosas e tão verdadeiras, que nos fazem vibrar.
Ah, eu adoro sonhar.
Um poema não precisa ser perfeito, ao lê-lo temos de ter a impressão exata de que foi escrito para nós!
Tem gente que acha que engana, neste mundo mais virtual que nunca, sem dúvida nenhuma, somos um livro aberto.
Transformei minha casa num paraíso, onde te tenho inteiro e não te deixo ir embora.
Ah, minha casa é meu coração e sonhar é minha especialidade.
Triste seria não sonhar. Vivo atrelada aos meus sonhos.
Eles dão cor à minha vida e me fazem acordar todo dia.
Do contrário, vida vazia e sombria.
Incrível viver tantos amores errados até achar o certo.
O certo é quando ao te olhar te despe sem te tocar.
Ao te abraçar forte é como se juntasse todos os teus pedaços
E o grito de amor não vem do corpo, vem da alma.
Sou determinada, não desisto fácil das coisas e principalmente dos amores, dou voltas, retorno, digo que amo, às vezes que não, me zango, xingo:
- pô ele tá me traindo com essa? Sou mais eu.
Dou risada, finjo que não sei, faço tudo até o esgotamento geral.
Mas tem uma hora que canso e aí quando canso, olha, não adianta, nada me faz voltar.
Bem, eu sou do tempo que amor é para sempre.
Acorda, vivemos tempos de relacionamentos líquidos.
Céus, o que faço com meu amor eterno?
A minha solidão, essa sensação estranha que carrega meu amor, diz sempre que meu coração bate por você.
Da janela
Elas, as árvores estão descabeladas
verdinhas, verdinhas
saúdam o vento gelado
dançam os verdes desmantelados.
Sigo a vida distraída, tentando esquecer que pessoas sobrepujam outros seres, agridem, matam, desrespeitam, roubam e há doenças, fome e guerra no mundo.
O que pode salvar este mundo distorcido?
O meu sorriso?
O meu café?
O meu poema?