Coleção pessoal de SoaresSimone
Aquela dor que dói não sei porque nem onde,
Que chega de repente,
Que é mais forte que muita gente,
Aquela dor que dói mesmo contente,
A dor que sente e mente
Que novamente não a sente.
Às vezes, no silêncio da noite, meus pensamentos se voltam todos na sua direção, as lembranças inundam minha alma, meus olhos transbordam diante de tanta saudade... Lembro-me bem do teu sorriso, de quando ele era dirigido a mim, de maneira automática eu também sorria, além dos lábios arrisco a dizer. Teus olhos, ah como era bom olhar para eles, me transmitiam uma paz tremenda e completamente sem sentido, nada superava o instante em que meu olhar encontrava o teu, nossos olhos se saudavam e era instantâneo, ríamos, de nervoso talvez. Teus lábios, meu paraíso particular. O teu abraço, meu porto-não-tão-seguro, nele eu encontrava o que eu procurava, isso me surpreendia de certo modo, nem sabia que estava a procura de algo, mas quando eu te abraçava, a sensação de ter encontrado o que desconheço se fazia presente, não há o que discutir! Mas de repente, percebo que são apenas lembranças, que tu não estás aqui, mas parecia tão real... Recordações boas, melhor coisa que podemos guardar de algo que não é mais nosso, mas que um dia fez parte da nossa vida. Errei muitas vezes, mas somos humanos, quem não erra? Sei que fiz tudo que pude pra darmos certo, mas a vida é assim, cheia de idas e vindas, de encontros e desencontros, quem sabe um dia a gente não se encontra novamente... Lembranças boas, melhor coisa que podemos guardar de algo que não é mais nosso, mas que um dia fez parte da nossa vida.
Escrever é algo inexplicavelmente bom, alivia a dor da alma. Tão bom colocar para fora o que sentimos em palavras. Melhor coisa é escrever. Sensação de liberdade indescritível. Escrevendo podemos realizar nossos sonhos, podemos viajar para diversos lugares continuando onde estamos. Ler e escrever nos traz sensações indescritíveis. Quando estiver triste, feliz, com dor de amor ou com saudade de algum amor, quando estiver sorrindo ou quando as lágrimas desmancharem este sorriso, escreva. Coloque essa dor ou essa alegria toda em palavras. Mostre-se ao mesmo tempo que se esconde. Escreva olhando para uma paisagem, sentado de baixo de uma árvore, em cima do telhado ou do muro, como preferir. Escreva bebendo um café, um suco, uma água ou nada. Escrever é o remédio para a alma, para o coração quebrado ou para a saudade repentina. Escrever é o remédio para qualquer coisa. É alívio, é felicidade, é tristeza, é lágrimas, é sorrisos, é amor, é paixão, é tudo e nada. Escreva-se em um papel, descreva-se com riqueza de detalhes, se mostre ao menos uma vez para ninguém ou para o mundo, você decide. Desabafe com as linhas de um papel que estava em branco, mas que começou a ser preenchido com a sua história. Escreva uma carta para o seu amor, ou para alguém que já partiu, mas escreva porque faz um bem danado. Mostre-se ou esconda-se através das palavras, afinal, com elas tudo é possível.
AMOR E VENTO
O amor é como um vento,
vem e passa,
passa e vem,
e nunca dá sossego.
Ele vem como uma onda,
que está se formando,
e chega como um tsunami,
que acaba transbordando.
O amor é como um vento,
vem e passa,
passa e vem,
e nunca dá sossego.
Acalma a alma,
Ela está nervosa,
Em busca do amor,
Deixe a alma calma.
Um dia ele aparece,
Montado num cavalo branco
Sorrindo pra qualquer um
Mostrando que é ele que merece.
Acalma a alma,
Ela está nervosa,
Em busca do amor,
Deixe a alma calma.
Vá! Não quero que fiques se não sentir o mesmo. Vou sofrer? Óbvio. Mas, certa vez, me disseram que tudo passa, então, calculo que essa dor também passará.
Vi, de longe, o mar calmo, pensei: Por que não dar um mergulho? Decisão extremamente errada. Mas agora já é tarde. Afoguei-me. Afoguei-me num mar de amor.
Ah dor, amas morar em mim, não é mesmo? Mas digo-te que procure outro lar, pois a minha casa não é mais tua também.
Meu bem, toda vez que você sorri, eu sorrio junto. Não pare de sorrir, pois é o motivo dos meus sorrisos.
Menina,
Não abaixe a cabeça
A deixe erguida,
Não deixe que pisem
Em ti.
Menina,
Saiba do teu valor,
saiba da tua vida,
Seja dona de si.
Não abaixe a cabeça
A deixe erguida,
Não se cale,
Fale.
A chuva
Pela janela vejo a chuva caindo,
Limpando o chão e molhando a terra.
Vejo as flores tomando água,
Enquanto eu ainda sinto sede.
Essa chuva que cai lá fora,
Cai também aqui, no lado de dentro.
Pelos meus olhos as lágrimas escorrem,
Perdem-se pelo caminho tentando limpar o que está imundo.
A dor, hoje, dilacera meu peito,
Talvez não haja mais limpeza para mim.
Continuarei assim, ao longo dos dias, imunda,
Pois nem a mais longa das chuvas poderá me limpar.
Meus olhos estão vermelhos, sinal clássico do choro,
As lágrimas ainda rolam soltas e se perdem no caminho.
A tristeza aos poucos está me inundando,
Assim como a melancolia de viver.