Coleção pessoal de smiquidade

Encontrados 14 pensamentos na coleção de smiquidade

Começo o novo Ano assim… grata, reflectiva, grata, reflectiva, precisando urgentemente de mim, sim de mim! Tudo vai bem, tudo vai bem que até um pequeno mau estar tem de ser criado para justificar o porquê da sorte que tudo vai bem! Às vezes precisamos tanto do outro que esquecemos que precisamos mais de nós, do nosso silêncio, da nossa entrega aos nossos sonhos, não sei quais são, mas tenho-os. Nunca tive muito jeito para o outro, parece totalmente leviano e egoísta esta afirmação, não me entendam mal o outro é uma extensão de mim e para mim sempre foi importante, mas a receita da vida é tão delicada que se torna complicado os vários ingredientes e cada um com a sua gramagem, pois para mim é mais fácil preto no branco, ou sal ou açúcar, mas se te dou baunilha preferes um trago a café, se dou café teria sido melhor um pouco de rum…não sei mas, é complicado por isso mantenho-me na Paz, grata, reflectiva, grata, reflectiva, doando-te o meu silêncio, a minha existência e as minhas incertezas. Pode ser que nem sempre me alcances, não tentes, deixa-me quietinha, a equação é complicada por isso tenta compreender-me se conseguires mas não te esforces tanto, deixa-me quietinha, preciso deste espaço para voltar a brilhar, para gargalhar, para ser parva, sim genuinamente parva! Pensar de mais é mortal! Só quero sentir-te, apreciar-te, adorar-te, ver-te caminhar e encostar o meu peito no teu em silêncio…sabe bem dizer tudo sem precisar de falar! Mas podes saber o que gosto, só digo a ti…chocolate quente aquece-me, um livro preenche-me e uma viagem devolve-me para o mundo e na minha casa, no meu casulo, volto a ser borboleta e ganho asas para voar de ti para mim.
Inn mim, sheila – 3/1/18

Tenho visto que a minha conta bancária tende a estar vazia! No entanto, o meu tanque emocional vem se enchendo todos os dias.
- Boa Nova! Já saiu da reserva e tem-se abastecido em cada estação um pouco mais...venho enchendo-o com paciência, misericórdia, alegria, boa companhia, amor-próprio, silêncio...já não escolho muito o tipo de combustível, já não me atesto a estes meus velhos padrões e estereótipos e da preocupação que o motor possa gripar por não ser o tipo certo que alguém definiu que teria de ser. Se gripar, coloco um pouco de óleo, reparo se for possível mas, se não for possível coloco um ponto final nessa lataria, nessa carcaça e inicio com um novo travessão que aqui por analogia será uma nova caminhada, um novo destino, uma nova história!
O meu tanque emocional vai se enchendo, todos os dias um pouco mais e já vou conhecendo um pouco mais das manhas do meu coração e a quem devo ou não dar boleia!
- Quer boleia? fez por merecer? Sente-se ao lado mas, se não der certo, por favor retire-se na próxima paragem e dê espaço a quem queira disfrutar desta jornada comigo em silêncio, preenchendo o ar apenas com alegria, amor e boa disposição, infelizmente não tenho espaço para bagagens pesadas, por isso ao entrar não se esqueça de empacotar tudo e deixar do lado de fora pois, não temos espaço para acomodar frivolidades, julgamentos, arrogâncias e manipulações! - Quanto tempo dura a viagem? Não sei mas, acomode-se e logo viremos se juntos podemos caminhar, caso não já sabe, há sempre uma próxima paragem para sair e deixar um novo passageiro entrar...
inn Sheila, 18 de Outubro, 2015 -9h30

O Amor está no ar!

Hoje pensei no balão, um dos melhores divertimentos das crianças: simples essa criação e curiosa também, é assim que vejo o amor, como aquele balão que se alimenta de oxigênio para viver, que precisa de calor para manter-se cheio e alegrar os seus amantes, o Balão do amor só existe porque que há quem teimosamente prefere ser criança, prefere não levar tudo tão sério e alimentar o sonho, acreditando como uma criança que o seu balão se manterá infinitamente no mais alto da sua existência e inalcançável perante a cobiça alheia, carregando suas fantasias e devolvendo em cada momento pequenas doses de felicidade, pois sonho vazio não faz balão nenhum da vida ficar de pé! Ele reduz-se à insignificância de ser um pedaço de borracha sem sentido algum! Assim é o amor que não se sustenta no ar e nem vive da doçura de ser simplesmente criança aos olhos da vida! O Amor está no ar já viu? Não o deixe voar para longe!
Inn Sheila, 21 de Outubro de 2015, 5h27

O Amor está no ar!

Hoje pensei no balão, um dos melhores divertimentos das crianças: simples essa criação e curiosa também, é assim que vejo o amor, como aquele balão que se alimenta de oxigênio para viver, que precisa de calor para manter-se cheio e alegrar os seus amantes, o Balão do amor só existe porque que há quem teimosamente prefere ser criança, prefere não levar tudo tão sério e alimentar o sonho, acreditando como uma criança que o seu balão se manterá infinitamente no mais alto da sua existência e inalcançável perante a cobiça alheia, carregando suas fantasias e devolvendo em cada momento pequenas doses de felicidade, pois sonho vazio não faz balão nenhum da vida ficar de pé! Ele reduz-se à insignificância de ser um pedaço de borracha sem sentido algum! Assim é o amor que não se sustenta no ar e nem vive da doçura de ser simplesmente criança aos olhos da vida! O Amor está no ar já viu? Não o deixe voar para longe!
Inn Sheila, 21 de Outubro de 2015, 5h27

Ao meu jeito…
Meu amor, vou aprender a esquecer-te, é urgente, mas vou fazer devagar para sentir o cheiro do teu corpo na despedida, para sentir os teus doces lábios a queimarem-me por dentro, para deixar sangrar a dor, para que não haja doador universal que faça ressuscitar este amor que é lindo mas que morre porque não somos fortes para lutar e isso é triste! Este nosso amor de montanha russa, de disco voador, não se aguenta por falta de alimento, ele mingua e se definha dia-a-dia. Amor, a minha dor é africana, é faminta, por isso não me atrevo a sacia-la de uma só vez, porque não quero que ela morra de congestão de amor, desse falso preenchimento, desse saciando-se em não se saciar, prefiro que ela se vá devagar, do meu jeito, ao meu tempo, que ela se prenda a mim visceralmente, pois Amor ter-te é urgente, mesmo que insistas morrer em mim, sempre poderás nos resgatar, porque bebo da tua boca o soro da vida.
In Sheila, 10 de agosto de 2015

Nunca a sei a dose de amor certa que devo dar, até porque o amor não deve ser doseado, o bom mesmo é errar na medida, pecar por execesso e nunca por defeito! Amor bom não engorda, só me faz inchar de tanto contentamento fazendo-me transbordar pelas costuras!
Inn Sheila, 20 de Outubro de 2015

Aqueles que escrevem de amor não sei o quanto sabem dele...eu sei que desconheço essa virtude, de amar medindo palavras, de amar sem o porquê de amar tanto! passamos ha vida virtualizando o que é real. Amor é real?

O porquê do amor e do ódio? Respostas nunca dadas e dúvidas nunca compreendidas!

Eu sou assim,
Hoje decidi falar-te sobre mim, decidi dar um empurrãozinho nesta coisa complicada que é a arte de me conheceres! Não penses que me sei toda, não, ainda ando a tentar descobrir-me, acho que todas as pessoas deveriam morrer a descobrir-se, é sinal de que estão vivas, de que recusam verdades absolutas, de que assumem que nada sabem para tudo serem! Seguramente que não sei, mas, conheço-me um pouco melhor e por isso acho que ajudar-te não seria uma má ideia de todo, pois ajuda-se a quem se quer bem, e eu te quero muito bem! Então vamos lá…eu gosto de coisas simples, de pessoas leves, de respirar ar puro, de ser útil para outros e principalmente para os meus amigos, gosto de ler bons livros, que me cativem e que despertem a minha alma e agreguem valor ao meu ser, gosto de escutar uma boa música não interessa o género, a língua, música que é boa não tem fronteiras, é universal, sente-se no coração, sou uma romântica compulsiva, por isso gosto de filmes de comédia e drama, que contem uma boa história e que abram espaço para a esperança, aprecio bastante a diversidade e liberdade, cultural, racial, de pensamentos, talvez por isso que me tenhas cativado, me tenhas atraído, tu és para mim uma ambiguidade gostosa. Gosto de abraços, há como gosto! talvez porque através deles volto à infância e sinto-me protegida, o problema é que todos sempre me viram como auto-suficiente, forte, independente, como alguém que tem solução para tudo, talvez seja um pouco de isso que projectam em mim, mas no fundo, sou uma mulher com alma de criança, e por isso tenho necessidade permanente de abraços, de ter acolhida a minha vulnerabilidade, não há nada mais gostoso do que dormir abraçada de quem gostamos, entrelaçar os pés, deixar-se acolher, sem pensar no ontem ou no amanhã…gosto de beijos lentos e fugazes, não interessa como são dados, desde que sejam dados com generosidade de quem deseja através dos fluidos entranhar-se a mim, gosto de ser acariciada da cabeça aos pés (acho que tu também! Ou não?) e que sussurrem no meu ouvido as piores intenções de amor e descobri recentemente que gosto que me toquem nas mãos, alguma vez pensaria eu que daria tanta importância a este membro? Tu fizeste-me pensar sobre isso…pois, com as mãos escrevo para mim, para ti e para o mundo, com as mãos trabalho e acima de tudo sinto-me, mas ainda estou a aprender a sentir-me, nessa matéria sou inexperiente, é um processo de auto conhecimento, de vencer a vergonha que tenho e não sei porquê!… e com as mãos também pude sentir-te, e mesmo cega poderia dizer que és belo, és puro ao meu toque, ao meu ver, não me fales de defeitos por agora e nem de imperfeições, as minhas mãos só conseguiram conhecer-te melhor através dos sinais que abundam o teu corpo! E tu enxergas as minhas imperfeições? É justo que fale delas, gostarias de saber dos físicos? São muitos, as estrias marcadas pelos nascimentos são umas delas mas enfim, é uma marca de vida, de fertilidade e de felicidade! Os emocionais são alguns, mas só vou revelar-te um ou dois, o resto deixo por tua conta e para o tempo, sou impaciente, embora hoje mais tolerante, acredito nas minhas verdades, embora hoje elas sejam menos absolutas. Mas, meu bem, deixa-me falar de outras coisas de que gosto, eu gosto que me escrevas e quando começas com uma mensagem de forma carinhosa adoro ainda mais! No entanto, fico na dúvida se escreves porque gostas de mim, se escreves porque sou tua amiga, se escreves porque és educado, se escreves para conheceres os teus limites, ou se escreves para tentares saber porquê me escreves…Meu querido irei descobrir o propósito um dia mas por agora, guarda contigo este segredo de quem eu sou, e tu quem és?
In Sheila, 6 de julho de 2015

Ontem falei muito do meu amor, de suas virtudes, mas não o senti tanto, estranho! Hoje estarei em silêncio, irei me calar, estarei mais concetrada, reclusa no meu intimo, ai talvez, ele sinta a minha presença.

Nao imploro afetos, porque os meus amigos me bastam pela sua existência. Eles pensam que eu sou importante para eles, enganam se, sao eles que me guiam mesmo sem mapa!

Para o meu amigo que tem um amigo que perdeu a sua querida…
Hoje escrevo para todos e para alguém especial, hoje escreverei sobre o meu país que carrega esperança através das suas cores, das suas pessoas e seus costumes. O meu país não é velho nem novo, tem a idade do tempo, e o tempo sabe-se lá que idade tem!?
Hoje falarei para todos e para um amigo especial, que tem alma pura, que sente e sofre por todas nós, Mulheres e crianças, por todas mulheres que carregam no ventre o peso do amanhã e de África nos seus retalhos: família, trabalho, comida, prosperidade, tristezas, lutas, vitórias, derrotas, luxuria, vulnerabilidade, amores e desamores. Mulheres que devem parir um macho para que elas sejam dignas de orgulho e sejam reconhecidas no clã como boas mulheres, o que é isso de ser boa? Não entendo, mas continuemos, falo daquelas que são consideradas boas parideiras, a escolha acertada, bem vistas pela sogra, por aceitarem caladas e em dobro aquilo que elas viveram de mais amargo, como se de um troféu falássemos! A essas mulheres exige-se um macho e se não vier que faça pelo menos filhos fortes e saudáveis! Se porventura fêmea pariri, não será renegada mas, será preterida, não será excomungada, mas, será olhada de lado, embora para os anciãos mais vale fêmea que pode parir que mulher estere, porque essa última será devolvida por seu ventre ser oco, ou por seu Homem não dar filhos (blasfémia, Homem que é Homem, sempre dá filhos!?!? Dizem…).
Mas, meu amigo é de longe e não entende muito bem o tempo do meu país, mas ele tem compreensão apurada para o amor e a dor que são universais, por isso escreveu-me que sentia muito o sofrimento das mulheres moçambicanas e eu compadeço dessa dor tamanha, nós mulheres, somos um megapixel no dito “mens world!”, enfrentamos diariamente dramas socias e culturais, de afirmação, de posição e o pior de todos centra-se na saúde! Meu país, que tem o tempo do tempo, também é doente, logo sua saúde física e espiritual também padece de males maiores, de cuidados intensos, de ligaduras, pois sofre constantemente de escoriações e de feridas expostas. Hora vejamos, como se justifica que nos dias de hoje mulheres e crianças morram no parto? O que nos falta para priorizar a vida, se ela é que será o garante de um Moçambique de um novo tempo? De votos renovados e de esperanças e conquistas sábias?
Quando o meu amigo me falou sobre este assunto, tentei perceber donde ele vem, para saber de onde sou. Eu sou do lugar em que a história castigou sua evolução e que o presente castiga a sua afirmação e dignidade. Ele vem de um lugar distante em que a saúde e a vida são prioridades e valores essências do seu país em que o tempo tem mais tempo do que o meu. A vida lá, não é alienável, não porque não se morra, morre-se sim de outros males, morre-se de solidão, de solidariedade ao vizinho, de corrupção, entre outras coisas mas, não falarei disso agora e aqui, porque o que falo sobre o meu país é mais profundo, mas urgente, mais nauseabundo!
Assim, decidi pesquisar sobre tema, para falar com mais propriedade, para não ser leviana e quando começo a pesquisar deparo-me com a seguinte manchete! “Em cada 100 mil nascimentos, 520 mães perdem a vida por complicações durante o parto no país. Estes números são constrangedores, quando comparados à realidade europeia (aqui acrescento não se trata de comparar, não está bem e pronto! Pois vidas não se comparam!), onde morrem apenas 5 a 6 mulheres durante o parto. O problema deve-se à falta de unidades sanitárias.” (…) “todos os anos, cerca de 86 000 crianças recém-nascidas morrem antes de completar o seu primeiro ano de vida, e outras 38 000 morrem antes de atingir os cinco anos – quase 340 todos os dias”.
Queridos amigos moçambicanos, vamos olhar para dentro de nós e acordarmos para esta realidade, vamos lutar por um melhor Moçambique, como mais dignidade, com mais saúde e com mais esperança, vamos exigir uma correcta aplicação dos nossos impostos, vamos ser participativos e donos dos nossos destinos e bater o pé quando o que não for certo alienar o bem mais precioso que temos…a VIDA!
P.s. querido amigo, que te quero tão bem, um abraço meu ao teu amigo, talvez tu longe onde te encontras poderás dedicar um pouco do tempo para ajudar o meu país que é novo no seu tempo mas velho nos seus lutos!
Inn Sheila Miquidade, Maputo, 10 de junho de 15.

MAR

Que bom é o cheiro do mar
e contempla-lo é melhor ainda,
dele só quero o cheiro, o vento e a cor,
visão eterna de paz e maresia,
uma casinha pequenina e feliz
para que eu possa deitar os meus pensamentos
e esperar sem ansiedade nem pressa
o dia que eu poisar nas estrelas,
quanto isso, vou lendo a paisagem e pisando a areia
para ser feliz basta uma lufadada de ar fresco e
uma boa companhia ao meu lado...o resto
bem juntinhos... Quem? Eu e o mar, claro!
iremos namoriscar e melhor desvendar
aquilo que não se deve revelar, pois sentir nos basta!

A vida é algo sublime, algo que transcede a nossa própria capacidade de vislumbrar o seu princípio e o seu fim. Para que não tenha de colocar amarras e nem "chavões" vazios sobre ela, resolvi apenas viver, um dia de cada vez, olhando para o passado porque ele me dá uma história, que traça o meu presente e me faz sonhar com o futuro que não conheço mas que mereço!