Coleção pessoal de skynn

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Os impactos de amor não são poesia.

A flor e seu nome

Mas o que impressiona mesmo no amor-perfeito é o nome. Que responsabilidade, meu filho! Há por aí uma planta chamada de amor-de-um-dia, que não carece muito esforço para ser e acontecer, como doidivanas. Outra atende por amor-das-onze-horas e presume-se como sua vida é folgada. Há também amor-de-vaqueiro, amor-de-hortelão, amor-de-moça, amor-de-negro... muitos amores vegetais que desempenham função limitada. Mas este aqui não tem área específica, não se dirige a grupo, ocasião, profissão. É absoluto, resume um ideal que vai além do poder das flores e dos seres humanos.
Que sentirá o amor-perfeito, sabendo-se assim nomeado? Que tristeza lhe transfixará o veludo das pétalas , ao sentir que os homens que tal apelação lhe dera não são absolutamente perfeitos em seus amores? Que aquele substantivo, casado a este adjetivo, sugere mais aspiração infrutífera da alma do que modelo identificável no cotidiano?
A tais perguntas o sóbrio amor-perfeito não responde. O outono tampouco. Talvez seja melhor não haver resposta.

Um dia desses, eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que não tenho tido tempo de chorar.

Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.

O homem vangloria-se de ter imitado o voo das aves com uma complicação técnica que elas dispensam.

Chega um tempo, que a operação de uma máquina se torna tão odiosa — faz tão mal ao coração — que você não pode fazer parte. Você não pode nem passivelmente fazer parte! Então é preciso jogar seus corpos contra as engrenagens, contra os mecanismos, contra as manivelas, contra todo o aparato! E você tem que fazê-lo parar! E você tem que chamar a atenção das pessoas que comandam isso, para as pessoas que mandam nisso, que se você não for livre, a máquina vai ser impedida de trabalhar de vez!

É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante.

Ela estava pronta para negar a existência do espaço e do tempo, em vez de admitir que o amor pode não ser eterno.

Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre.