Coleção pessoal de skhevenko
No eterno abraço do tempo, amor e dor entrelaçados,
Ciclos da vida, destinos entrosados.
O tempo cura feridas, o amor suaviza a jornada,
Mas a dor nos recorda, que a vida é uma caminhada
No silêncio da noite, a dor sussurra,
Como um eco que o coração atura.
Cada lágrima, um verso na escuridão,
A dor é uma canção, uma triste canção.
A saudade aperta como um nó no peito,
A dor, um fardo que carregamos com respeito.
Mas no fundo da dor, há força a brotar,
Como uma flor no deserto, a esperança a brilhar.
Pois na dor encontramos o nosso eu,
Aprendemos a ser fortes e a crescer ao léu.
Assim, a dor nos ensina a valorizar,
A alegria que um dia voltará a reinar.
Às vezes tudo fica tão confuso
Revirado, fora de lugar
Como se agora vivesse noutro mundo
Difícil assimilar
Nesse universo louco há mais submarinos no céu
Do que aviões no mar.
Toda vez que me pego pensando na sorte,
Mais deixo me seduzir pelo doce beijo da morte.
Aquele, que o vazio em seu peito assola forte,
De joelhos tento manter ao menos o porte.
Porem quando o crepúsculo me remete aos seus Belos fios cor de cobre,
Juro aos céus que ao menos em outra vida,
Ainda serás minha rainha consorte.
Você fugiu, se escondeu, não quis vir.
Não te obrigaria, por isso aceitei e tentei seguir.
Afastados estivemos, mas você sempre esteve em mim.
Mas quando a reencontrei, foi devastador, desejei ter deixado de existir.
Pois agora me pune com frieza, despejando toda a culpa em mim.
Nossos corpos juntos, seu rosto luminoso sorrindo, duas taças de vinho e o nosso amor infinito.
Essa é a melhor lembrança que tenho de nós, embora nunca tenha a conhecido.
Aquele amor que no passado jogaste em um lago congelado
Pouco antes de virar sua face para o outro lado
E sem que eu pudesse ao menos sussurrar
O pior aconteceu
Em meio a tamanho frio
Por dentre a neblina
Você desapareceu.
E agora? E eu?
-me perguntei
Permanecendo deitado, derrotado, por dias.
Quando aconteceu.
Toda noite, em cada estrela eu via o brilho teu.
O chão gélido, um lago congelado e no céu, cada um de seus traços.
Levantei-me lentamente, ainda visivelmente baqueado.
E enquanto levantava, dentro de mim, várias vidas passavam.
Me pus completamente de pé, por uma única razão.
Deixar de olhar para o céu, e voltar a olhar pro chão.
Viver a realidade, sair da ilusão
Porem dia após dia, mergulho neste lago congelado, em busca do seu coração.
Talvez eu nunca mais venha a encontrar
Mas enquanto meu corpo não estiver inteiramente congelado
Jamais deixarei de tentar.