Coleção pessoal de SiResende
Tenho essa mania de enfeitar o feio e abraçar o impossível...
Difícil me entender?
-Não, apenas simples, pra quem agrega pétalas nos lugares mais vazios e coleciona flores quando, falta água para regá-las.
E quando o mundo me diz, espera, eu logo respondo:
-Esperar o quê?
Eu tenho pouco tempo, até que a passagem dessa alegria, se faça outono e então hiberne, e eu preciso esperar...
Agora é hora de aproveitar as insanidades sadias!
Não tinha motivos para sorrir, mas, seus anseios gritavam gargalhadas!
Uma espécie de transe entre a tristeza de não poder e a gratidão por tudo que pode.
Um despropósito enviesado da vida, uma alegria triste e um contente sem contentamento!
Sabe o que mais dói?
A certeza do desprezo sem merecimento!
Vai menina, quebrando os pedacinhos (inteiros) de rosto colado, com os próprios sentimentos bons que existem flamejantes, ainda, dentro de ti!
Um poema que caiba em mim e eu, nele...
Uma canção que “de(cifra)” em mim e eu, nela...
Um vento que me leva daqui e eu, brisa!
O sol que brilha em mim e eu, girassol!
O inverno que esfria meus pés e eu, “hibernando outono”!
O verão queimando em mim e eu, “primaverando”, em você, no mundo, nos encontros e encaixes!
O dia convida para encher os lençóis...
O sol, que não veio, está caindo às pálpebras de sono...
Tem cheiro de lavanda nos travesseiros e de chá de alecrim pela casa, a cama está desfeita da noite.
Da janela, vejo os pingos que gotejam do céu...
As vidraças embaçadas de água e gotas que formam desenhos no reflexo dos meus olhos.
O dia acordou preguiçoso, mas com pássaros cantando e vento trombando ecos nas curvas e no fim da montanha que, encontra-se junto às palmeiras que longe, fazem balé com às folhas verdes e eriçadas, alegria por mais um dia de vida!
Alegria...
Tinha em si, todas as cores e todas as lãs que, customizavam uma espécie de inverno e tricotava dúzias e dúzias de amor por dia.
Fazia nas costuras, apliques com flores para perfumar ainda mais à liberdade da primavera.
Com agulha e linha, atravessava um novelo e pulava no verão dos outonos e quando se sentia cansada, estendia à colcha de retalhos e fazia piquenique com as sobras e remendos...
Era toda remendada, mas tinha uma alegria bonita de singelos contrastes e estampas que, furtavam só sentimentos bonitos, esses que, de tão bonitos, dá vontade guardar numa caixinha, pra não se perder...
"Amizades poesias" não morrem...
Eternizam em chuvas de letras, em sol flamejante de folhas amarelas, em nacos dos cinzas do dia, que jorram versos e compadecem em cintilantes piruetas de frases expostas ao vento, à lua, ao final feliz de um conto que, uma vez descrito, para sempre encantado, para sempre, "final feliz"!
Mesmo não criando muitas expectativas, a gente sofre e não deixa banalizado o sentimento criado, contraído com o tempo curto ou não, de convivências insossas ou temperadas.
O interessante é:
A gente cria sempre uma versão nova de bons afetos e uma chance para boas pessoas entrarem, ainda e mesmo que, elas sempre saiam, escorregando devagar e ou nas suas próprias neuroses.
Sabe quando, por maior que seja seu esforço, sua admiração, sua compreensão, seu carinho e tudo o melhor que carrega dentro de si coloca a ofertar e ainda assim não consegue entender o desinteresse do outro (a)?
Pois bem...
As pessoas passam por isso o tempo todo!
Têm dias que, a gente acorda com a vontade de sacudir o mundo pra ver se cai umas moedinhas de amor, pra colocar nos bolsos dos corações de algumas pessoas!
Tem gente que fica com cheiro de flor quando recebe uma... Mas, tem gente que se identifica tanto com os espinhos que, se remetem a possuí-los em si e saem ferindo um jardim inteiro por nada.
Se o tempo está pálido, temos de, fazer corar a face da linha que liga, os pontos de equilíbrio da natureza, só assim, vai valer nossos risos fáceis e nossas alegrias soltas por aí!
Pegue um pincel e lambuze as extremidades opacas, os cantos abandonados em preto e branco e deixe o centro dessa pintura coberto por cores criadas a base de tinta que mesmo fresca, não sai por qualquer borrão!
Aportei nos espaços:
"alma e coração.
Retorno quando, à tempestade de bons ventos limitarem...
"Sou"momento brisa, não devo abandonar o cais e o porto que me "segura"!
Sintetizando a conquista do dia a dia, torna-se o amor mais aprazível e esse respeito mútuo enlaça e embebe o que muitos desconhecem...
Amor, assim por dizer, o AMOR!