Coleção pessoal de Siomaraspineli

Eu tinha acabado de colar os meus cacos, eu tinha acabado de conseguir ficar de pé...eu tinha acabado...de ressuscitar. Você me trouxe a felicidade de novo....mas me deixou sem ela.

⁠E de repente nós florescemos
Logo no verão,
Logo na impossibilidade,
Na terra árida...
Nos achamos.

Por favor, se não tem certeza de que vai ficar, vá para longe.

⁠Você só está ferido, você só precisa de ajuda e de abrigo.

⁠Não sei por que doem às vezes ...
As cicatrizes de quando em quando
Latejam.

Ora só essa...
Tão saradas, tão antigas...
Despertam de repente,
Sem avisar
Só para mostrar que estão ali.

Me vingo.
Não ligo.
Afinal...
Cicatrizes não sangram
Mais.

⁠A vida me sangra de vez em quando...

⁠Quando o peso do tempo
Repousar sobre meu rosto
Cansado
Quero ter um sorriso
Bem largo
Para falar de amor.
Quando o peso do tempo
Repousar sobre meu corpo
Cicatrizado
Quero ter o sorriso bem largo
Para continuar falando de amor
Quando o peso do tempo
Terminar sobre mim sua dança
Sobre meu rosto,
Meu corpo,
Meu sorriso,
Quero transformar-me
Em esperança
Tecendo nas estrelas
Muitos risos
De amores.
De infindáveis
Amores.

Sinto todas as dores aflorarem com sua partida...
Mas os elos, nunca se partem...

Penduro um verso meu
na tua cabeceira
para te lembrares que os anjos
também são palavras
sentimentos
e poesia

⁠Minha única queixa...
ter amado demais!
Ter me perdido no caminho
eu falei...
as palavras, agora,
são tudo o que restou,
e elas serão espinhos.
Apenas para quem ama meu sorriso
minhas palavras serão pétalas,
aconchego e abraços

⁠A culpa é toda das palavras ...
Elas me preenchem
E eu...
Eu sou todas elas.
Palavras imperfeitas,
Mas leves.
Palavras preenchidas,
Altas, veementes,
Se um dia...
Me vires sem palavras...

Estou morrendo, me ajude.

⁠Não temo a vida nem a morte.
Temo a morte ainda em vida.

Poema

⁠O poema é uma fagulha
Que embala e também estraçalha
É dor que se sente
Ausente.
É vida que reluta
Em continuar.
O poema também é
A voz dos esquecidos
Rutilando na multidão
Uma canção
De tristeza e esperança,
De doçura e força,
De sangue e alma.
O poema é
A nudez das palavras.

⁠A vida...um enigma.
Uma dor que dói, apenas quando a felicidade dá espaço

⁠As pessoas mais incríveis que conhecemos se sentem desconexas com esse mundo, então... não estranhe se elas tiverem gostos diferentes, costumes reservados e hobbies artísticos

⁠A sociedade cria os monstros,
alimenta os monstros, persegue os monstros, silencia os monstros, mata os monstros...e às vezes, depois de tudo, transforma-os em heróis

⁠Felicidade?
Conheço.
Sempre pinta meus dias de cores e vai embora
Sem nenhuma explicação.
Aparece de mansinho transformando o dia numa linda aquarela.
Felicidade?
A vejo de quando em vez,
Saltitante, corada e vivaz
Distribuindo leveza, sorrisos e maresia.
A felicidade é esperta!
Uma vez, deu-me um sorriso, beijou-me os lábios
E fugiu
Sem eu saber para onde...

Que você sempre ache brilho nos meus olhos
e quando não encontrar, que você seja
esse brilho

⁠Adoro quando você aparece
Pretensiosamente na minha mente.
Amo sentir você
Mesmo quando está distante.

⁠Nunca se entristeça com a grosseria das pessoas, na verdade, o problema é com elas, não com você.
Elas nunca souberam proteger os outros dos cacos delas como você sabe fazer com os seus!

Sorria!