Coleção pessoal de simonemarcal
Fale-me de coisas que nunca ouvir falar,
De lugares onde nunca estive,
Me deixe imaginar...discordar daquilo que não entendo e gargalhar...
Fuja hoje dos temas triviais, deixe pra lá a cidade, a política, o trânsito, o trabalho e aqueles milhões de compromissos,
Vamos encher a alma de alegria e suspirar, expirar, inspirar e respirar.
É na humildade e na simplicidade que os nomes mais ilustres, que consigo me lembrar, depositaram a sua memória.
Às vezes, contra minha natureza, concordo com algumas pessoas, porque conclui que o simples fato de discordar fará com que elas continuem falando e sinceramente não tenho mais tempo para isso.
Se tem algo que deveríamos colecionar, são as boas lembranças.
São elas que mantém viva a nossa alma, adicionam esperança nas dificuldades e nos movem para frente. Por isso, ser um fabricante de boas delas é algo nobre e gratuito.
Muitas vezes a tentativa de escutar à você e tentar ficar em paz, soa como fraqueza ou reconhecimento de culpa, não se engane, atitudes assim estão cada vez mais raras e refletem muitas vezes simplesmente o amor que o outro sente com relação à você, mas isso não significa que tal amor crie uma fonte inesgotável de tentativas.
E por mais que a gente tenha aquela vontade de dar aquela risada sobre as coisas mais bobas, tem sempre um chato do lado para lembrar que a vida não tem a menor graça.
Bogue ou Boguy,
Hoje não poderemos escutar o som das suas patinhas deslizando no piso de casa, tentando se levantar;
Tão pouco conseguiremos brincar com suas orelhonas; Fazer carinho no fucinho; dar um salve e saldar pela casa "Bogue! Bogue! Bogue!", enquanto você passeia pela casa toda, segurando pela boca aquela almofada velha, insubstituível e graças a Deus lavável...
Não poderemos mais falar que está sério, muito sério, enquanto afagamos seu peito peludinho e macio... Como era engraçado...
Não sentiremos mais você deitado com a cabeçona sobre os nossos pés e as patinhas pra cima pedindo carinho com aquela carinha de louco.
Nos almoços e jantares faltará você embaixo da mesa, apontando apenas o focinho sob a toalha que guarda nossa comida;
E chegar em casa...ah, que experiência triste sem você, mas seu dono Alfredão está conosco e precisamos cuidar dele por você também, precisamos continuar incentivando as voltinhas matinais que você levava ele para dar...
A sua amiga Nina tenta fazer o que você a ensinou, estamos tentando nos virar sem você, mas não é fácil... Para você era tão simples tirar o Alfredão do sofá para dar uma volta lembra?
Espero que tudo aquilo que eu creio hoje um dia possa se concretizar e que um dia você me receba com aquele latido que diz o Oi mais doce e despretensioso que já pude ouvir.
Saudades de você, mas estou continuando...
Usarei as lembranças para diminuir a distância.
Um beijo Boguinho.
Um tsunami, tudo escuro, vento gélido, muitas pessoas ao redor, tomando suco e esperando o sol voltar, e a única sensação que consegue sentir é a de estar só, o único impulso que seu corpo sente é o de correr, correr...
Alguém consegue me ouvir? Existe um eco enorme quando meu coração pulsa, pulsa forte, aos poucos se acalenta, quer parar e não existe dor maior do que um coração tão vivo buscando repouso no frio.
Será que é normal? Estou me sentindo de uma forma não descrita na atualização do meu status do Facebook.