Coleção pessoal de silvandmira

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Como expressar nas palavras,
os gestos que queria fazer,
as coisas que gostaria de ver,
os belos amanhecer e entardecer,
e o sombrio morrer...
faltam-se falas.

Mas ao expressar
o simples fato de escrever, falar,
nada existe para preocupar...
nada pode deturpar,
na essência pelo chorar,
no gesto por beijar,
comover e alavancar
o puro e simples "amar".

Quando voltares

Quando tu voltares
Dos céus ha-de se rasgar o sol doirado
E este amor que em mim tão puro nasce
Há-de dar vida ao meu olhar magoado

As estrelas no céu hão-de se sorrir
N-ao haverá penumbras nem tristezas
As petálas das flores hão-de se abrir
Para matarem as minhas incertezas

Quando tu voltares
O sonho indefinido envolverá a dor
Ás folhas mortas voltará calor
Será belo tudo quanto existe
E eu deixarei de ser triste

Mas se não voltares
Tu que és vida do meu sangue
Só as pedras cobrirão meu corpo enxague
As árvores hão-de chorar de saudade
E as flores morrerão de ansiedade