Coleção pessoal de silvanaborba
O PRAZER SEMPRE NOS ESPERA
O calor do teu corpo aquece a minha alma
Causa calafrios... {contradição}
Lembrar-me de você sem sentir desejo?
Impossível!
A lembrança cheia de pecado tira minha calma
Arrepios!
Meu corpo no teu bem desenhado
Colado!
Arranho te deixo marcado
Tua boca na minha... Na nuca... Nas costas...
Tua saliva...
Molha minha recordação...
Tuas mãos
Apertam-me para junto de ti
Tocam-me de maneira impetuosa
Ora suave, ora agressiva.
Acordo com teu gosto e vejo-te ali,
A olhar-me com a risada mais maliciosa.
No nosso momento, qualquer hora é à hora certa.
Desejo, carne, amor e paixão!
Seja onde for o prazer sempre nos espera.
Nos teus braços eu perco a minha razão.
FELICIDADE
Meta que busco a cada minuto
Viver dá-me por completa
Como se fosse o meu último segundo
Quem saberá se é? Que mundo!
Se você parar para pensar
Pode até achar
Que sou uma louca
Por pensar que pode haver
O bom lado de tudo
Mas serei sempre o que eu quiser
Mocinha, bandida,
Menina ou Mulher.
Se é que me entende?
E a minha alegria o mundo se rende
Contagia-se, APRENDE!
Não sou mulher de aço
Tenho sucessos e fracassos
Apenas não acho,
Que devo ficar lamentando
O que a vida não me deu ou o que me tirou
Continuo a trajetória...
Chorando quando tenho vontade, ou sorrindo.
Uma gargalhada notória!
Não preciso ficar fingindo.
E assim vou escrevendo a minha história
Como vai terminar?
Adoraria mesmo saber!
Mas em qual for o lugar
Nada de sofrer!
E se vier à dor (aquela sem remédio)
Não tem problema...
Invento outra cor (para sair do tédio)
Conto minha história com outro tema
Más meu coração nunca perderá o AMOR.
IRREAL
Há dias que sinto-me menos gente
Perdida em minha inconstância
Como se minha alma do corpo estivesse ausente
Procuro-me, por horas... Não encontro sentido
E afogo-me no meu mar
De dores e comprimidos
Fujo por instantes...
Num sono profundo, e acordo no teu carinho.
Mas em minha própria vida sou mera visitante.
Há dias que sou contente
Inconstante... Dopada e embriagada em teu afago
Mas há dias que sinto-me menos gente...
Dia a dia sempre igual,
Remédio, você, afeto...
Parece um sonho triste e irreal...
...{Se não fosse VOCÊ}...
NOCÊNCIA BREJEIRA
Há uma inocência
No teu olhar castanho mel,
Que leva-me a desobediência,
Há uma malícia
Ingênua no teu corpo que esconde-se atrás do teu olhar sereno.
Fonte minha de amor dos prazeres e da {delicia}...
Tu és todo meu alento.
Minha pressa e saudade presente,
Tua ausência eu já não aguento.
Amor, ciúme, paixão.
Misto de tudo,
És a paz da melhor parte do meu coração.
Desejo, curiosidade,
Admiração...
Rendo-me por um momento a tua autoridade,
Reeduca-me, e o que eu não sei?
Ensina!
Repreenda-me!
Mostra a realidade para tua menina,
E eu do berço da vida, também te ensino.
Entre minhas molecagens e encantos,
Que tu és homem, com ares de menino.
E brincaremos de mãos dadas para o futuro,
Somos dois em um,
Sempre juntos.
E que caminhemos assim...
Com essa mistura brejeira de nós dois,
Eu pra ti e tu sempre para mim.
{...}. Mas como querer cobrar os atos que foram impensados ao dizer?
Como eu vou pedir paciência e entendimento em minhas crises, se eu mesma sinto que perdi raízes?
Minha vida foi um constante ir e vir...
E como cobrar a mágoa que passei?
Se tudo que penso é desistir de tudo de todos e até de mim?
Instável
As pessoas resolvem;
Assim... Simplesmente de um segundo para o outro, que vão nos magoar.
E cristais puros da retina, se dissolvem...
Assim... Claramente como agora, que meus olhos choram sem parar.
Dias de sol, momentos de garoa e neblina...
Que você seja sempre transparente ao abrir o que lhe vai à alma...
A retina nos mostra a fantasia e o coração nos faz enxergar a verdade...
Siga-o sempre!
Jamais se desculpe por ser autêntico, e fuja da realidade louca para uma fantasia solta quando seu EU precisar. Pois a única certeza dessa vida, é que um dia não estaremos mais aqui, então VIVA... E siga apenas o que diz seu coração. Isso é VIVER.
Hoje pensei muito em você...
Falo muito sobre nós, senti a sua falta.
Há dias que sinto essa saudade louca, mas não choro como antes, sendo assim a saudade é boa. E como o poeta: "E assim é doce te lembrar"!
CANÇÕES
Velhas canções de antigamente
Trazem de volta para mim,
Momentos que enfeitaram minha mente
Tempos de criança... Nostalgia, sem fim!
Se essas músicas soubessem,
De quanta coisa boas eu me lembro
Talvez nunca envelhecessem
E seriam o hit do momento.
Há uma em especial,
Que me devolve pedaços de felicidade
Daquele tempo que não tem igual,
Ah! Canções antigas por que tanta saudade?!
PAI
Como o tempo passa
Quem me confirma é o espelho!
Quando entrei em casa
Olhei os retratos na parede
Fiquei pensando na minha vida ali a tarde na cama sentada
Imaginando uma grande casa de varanda e uma rede. (Nosso sonho lembra?)
Ouvi aquela sua velha canção...
Vi a menina cheia de sonhos indo embora do teu acalento
Senti-me vazia! (Porque fui tão cedo?)
Experimentei o novo, fui senhora da razão.
Aprendi que o destino à gente domina
Das coisas que vivi, de nada me arrependo
Só que agora nem me lembro
O gosto da comida que você fazia,
Ou a última conversa que tivemos,
A cada ano tudo fica tão longe, e teu abraço de pai era tudo que eu queria!!!
Quis provar para o mundo
Que eu era diferente
Mas sabemos que lá no fundo
Só queria te mostrar que seria independente
Agora renovei meus sonhos criei outros ideais
Aqui estou, com mais uma taça de vinho na mão.
A menina querida que fui, já não sou mais.
Tornei-me mulher com sua falta no coração
Sentada vendo fotos antigas...
Imaginando como poderia ter sido
Se não houvesse tantas mágoas
Você demorou de perdoar e essa parte da vida eu não domino
Queria te falar como andam meus dias...
Minha vida, minhas alegrias e tremores...
Queria ser o que eu era; sua filha e amiga.
Queria ouvir suas histórias e as dores...
Quem sabe até ouvindo esta canção... (que você gostava tanto!)
Que fala de amor fraternal e sete filhos
Brindando com um copo nas mãos
Passando á limpo nosso destino
Quem sabe um dia, numa casinha de varanda com uma rede...
Eu recordo o que você disse no dia em que me perdoou...
Você disse que sentia sim orgulho dessa filha que hoje anda tão ferida
E eu disse que sentia tanto, e num abraço a gente se rendeu.
Muito pouco tempo depois a vida te levou...
Mas quem sabe também um dia eu reencontro no espelho aquele olhar de menina
Que perdi em algum lugar daquela fotografia.
Seus olhos são da cor do meu pecado favorito,
Sua pele é sensível, e macia...
Sinto em seus cabelos ondulados o bater do vento...
E quem sou eu?
Menina, mulher, lagarta ou borboleta?
De dessas de mim o coração é teu?
Somos feitos de amor ou prazer?
Esperemos o tempo mostrar,
Adultos ou crianças? Apenas o tempo vai dizer...
Do teu lado sinto o absurdo,
De ser como um dado jogado...
Ora lagartinha, ora borboleta que fugiu do casulo.
Mas eu sempre guardarei,
A cor linda dos teus olhos cor de mel...
Borboleta, casulo, menina mulher?
Sei apenas que são seus olhos que me levam ao céu.
... {Ao amanhecer...
Olhei ao lado, tudo jogado...
Tontura estranha... Sonho louco...
Mas você ao meu lado...
Dando-me o livramento,
De todos meus pecados...
Doando-me teu afeto e todos os teus momentos
E me absolvendo no abraço nos teus sentimentos.}
Escrever é expor o meu melhor ou o meu pior...
É como tirar uma fantasia e revelar-me sendo assim, é inevitável não causar furor...
As palavras que escrevo me fazem rir, ou se releio novamente me causam-me repulsa, depois releio e emociono-me ao lembrar do momento em que as escrevi.
Isso tudo é um exercício fascinante de entrega e descobertas diárias do MEU EU onde eu protegia a sete chaves, é mostrar um lado que eu desconhecia...
As páginas estão em branco, mas a caneta e o papel estão em minhas mãos, e a inspiração dentro do meu espírito que ora correto ora inconstante é como o de todos, porém com um pouco mais de coragem de GRITAR o verdadeiro sentimento de cada momento.
Vou arrancar a fantasia afinal acabou o carnaval!!!
Libertemo-nos desse ciúme que nos adoece
Ouça o que a razão nos diz
Devemo-nos uma chance.
Recomece...
Deixa eu te fazer feliz!
Se recusar, não me importa, eu entendo.
Quem sabe um dia você enxerga...
Ou quem sabe um dia eu aprendo!
Tenho a loucura sóbria da coragem
E a sabedoria inconsequente
De uma mulher com pouca bagagem
Mas que tem certeza do que quer,
Veja o quanto eu posso te ensinar
E o quanto eu sou mulher!
Por não te deixar um minuto
Mesmo quando tive todos os motivos
Pra seguir outro rumo
Eu nunca desisti...
E por te amar que ainda estou aqui.