Coleção pessoal de sayurisuto

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Sonhei contigo sonho meu... Teu beijo doce e ardente... Viestes a mim... 15/06/12

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Queria tanto que elas estivessem aqui comigo, viver longe das minhas filhas foi o preço mais alto que já paguei por ser eu... Sinto saudades do tempo em que eu participava de todos os momentos delas... Estou sempre perto, o máximo que posso e consigo, mas é pouco e se é pouco para mim, imagino como deve ser para elas. Quando tudo está nublado e meu coração me faz perguntas que não sei responder, penso como seria bom poder estar ao alcance do abraço delas, do colo delas. Sou uma mãe carente de colo de filhas...
Não é possível ter tudo e digo mais, ainda temos que escolher... A opção mais fácil será mais difícil para quem amamos, o que torna todas as opções extremamente difíceis. Queria tanto ser ao menos duas, mas sendo uma já sou tão múltipla...
Tenho meus medos. O maior deles é ficar sozinha... Sem filhas, sem amor, sem ninguém. Dizem que quem quer tudo acaba ficando sem nada...
A única coisa que eu não queria era fazer sofrer... Mas, eu sou Doutora nisso... Meus amores estão espalhados e acabo não dando conta de nenhum direito. Há quem sofra por falta de amor, eu sofro por excesso. Onde está Salomão? Quem me deixaria inteira para não me ver assim tão esquartejada?
Às vezes me sinto tão injusta nesta divisão de mim... Fico para lá e para cá, endoidando para ser a melhor mãe, amiga, filha, fincionária,
esposa, amante...
Ser eu é tão difícil! Sem contar os meus dilemas religiosos... A culpa cristã enraizada até o centro da Terra... Entretanto, creio que eu mesa procuro meu próprio caos. É assim e só assim que tenho paz... Paradoxo? Barroco? Nada... Sou apenas humana... E se eu mesma não me censurasse, já teriam me internado há muito tempo...

É tão bom o teu amor... Você é o amor da minha vida, minha paixão, meu mundo, meu tudo! Te amo para todo o sempre! Não estamos juntos hoje fisicamente, mas sinto que nossos corações batem no mesmo ritmo, te amo, te amo, te amo! Feliz dia dos namorados!
...
...

És o olhar magnífico...
o manto noturno...
a boca que desejo...

és mulher...
e muito mais que isso...
és amor...

não sou apenas sentido...
sou contrário...
loucura, verdade, ilusão...

somos um...
solitários...
temos tanto e não temos nada...
e assim se faz o nosso amor...
pois se fosse diferente não teria mágica...

sim... bençãos... rituais... magia!!!

não há chuva que não me traga lembranças de ti... tua boca... molhada... molhada boca...

e mais uma vez benção, ritual... magia!!!


estamos em todos os lugares...
estamos onde quisermos imaginar...
estamos juntos...
mesmo a não estar...

conhecemos um amor...
que transcende o tempo...
que é verdadeiro...
mas não pode ser vivido...
pois há amores...

não importa o que aconteça...
não sabemos o amanhã...
nem sabemos se o teremos...
mas não fica na dúvida...
te amo minha menina...

A magia da poesia...
Anunciando a magia do amor...
A combinação de dois...
As tuas palavras são complemento de minha alma...
Você não tem poesia...
Tu és a poesia em seu máximo encanto...
Não sei se o que aqui escrevo me diz mais do que te dizes,
Não sou de saber, pois se o sei já não sou mais...
Então me ajuda a ser, pois não mais sou nem saber se sou...
Se palavras te faltaram, a mim também...
Não só de mim a ti, mas de mim a mim...
Alguns acharam que sou confusa eu sei...
Mas teu coração saberá do que falo...

Viver é essência...
amar é dádiva...
dois podem ser um...
os contrários se atraem...
mesmo que contrários não sejamos...
somos antítese, barroco, paradoxo...
contrários em si...
únicos juntamente...

Havia adormecido embalada pelo desejo do desconhecido, de aventurar-se a novos ares, de experimentar outros sabores. Sentia as dores dilacerantes das suas asas amputadas, e o vazio impreenchível do que seriam seus braços, mas, a todo instante lembrava-se que tudo aquilo fazia parte do seu desejo, da sua curiosidade.

Eu não existo... Sou apenas uma ideia, um pensamento... Precisei morrer ao nascer para que esta história fosse diferente. Eu fui desejo... Sonho... Pensamento... Pensamento tão intenso que hoje se transforma em palavras e penetra mansamente nos ouvidos de quem consegue escutar o som do amor...
Escutem... É possível escutar o som do amor... Ao acordar, antes de abrir os olhos, procure sentir cada parte do seu corpo. Sinta o sangue correr em suas veias, sinta a sua respiração, escute as batidas do seu coração. Agradeça. Agradeça por estar vivo e pelo privilégio de poder escolher entre abrir os olhos para a vida ou continuar de olhos cerrados, descansando na falsa paz de nunca arriscar. A vida é feita de escolhas.

Acredite, e tudo acontecerá...

Lembranças...


A noite está tão linda amor!
Tem aquela mesma lua tímida,
Que em outra noite linda, nos abençoou...
As estrelas que não fizeram presença,
Agora brilham dentro da lembrança do teu olhar...
Ainda escuto o barulho das ondas nas pedras...
Ainda sinto o frio da madrugada...
E o calor emanando das águas quentes de uma noite fria...
Agora estou aqui... Você? Onde estará?
O pensamento viaja...
Mergulha no passado, recorda momentos...
Penso no tempo...
Relembro amores que vieram e se foram...
Sinto o amor que mesmo com o tempo não se foi...
Ah como sou tola!
A saudade maltrata e faz bem ao coração...
A esperança sempre a correr nas veias...
Relembro canções, filmes, e mais momentos...
Será que onde estiver os nossos pensamentos ainda se cruzam?
Como posso saber?
Terá sido tudo fantasia de uma menina romântica?
Ilusão! Pura ilusão...
Inventei você paixão...
Mas descobri tarde demais...
Amor não se manipula...
Enforquei-me em meu próprio laço...

O Lírio e o Beija-flor

Quando a noite chegou,
E o beija-flor se afastou,
O Lírio botão,
Despetalou o coração...

Mas por ser tão jovem,
E acreditar no amor,
Sabia que um dia,
Seu beija-flor voltaria...

O tempo passou,
O Lírio desabrochou,
Seu primeiro perfume,
O beija-flor não cheirou...

O Lírio cresceu,
Viveu histórias de amor,
Mas nunca esqueceu,
O seu beija-flor...

Até que um dia,
Por pura magia,
Diferente o vento soprou,
Deus! Eram as asas do beija-flor...


Tão pequenino,
Parecia um menino,
Diante da flor,
Estava de volta o beija-flor...

O beija-flor apaixonado,
Olhava o Lírio, encantado,
Voava alucinado,
Sobrevoava a flor...

Devagar,
Tentou se aproximar,
Todo o que mais queria,
Era sua flor tocar...

Quanto mais se aproximava,
Mais a flor perfume exalava,
O seu néctar ofertava,
E sorridente se dava...

Então o beija-flor se aproximou,
Mas um vidro encontrou,
Era a redoma do tempo,
Que o destino formou...


O Lírio e o beija-flor,
Sabiam da sua dor,
Mas nada poderia impedir,
Que vivessem um grande amor...

Mesmo de longe,
O beija-flor olhava,
Mesmo de longe,
A flor se dava...

A redoma que o tempo criou,
Impedia que se tocassem,
Mas jamais impediu,
Que os dois se amassem...

Esta é verdade,
Sobre o Lírio e o beija-flor,
Não há tempo que apague,
Uma verdadeira história de amor...

Estou cercada de amores e por eles me sinto ora plena, ora perseguida. Do meu medo de ficar só os cultivei desde meus tempos de criança, contando para cada um deles a história de todos. São todos apenas um, embora separados em corpos diferentes. Amo-os todos e nenhum, e nesse não amar quase que profano é quando mais amo com maior pureza, como neste exato instante que me encontro só, mas não estou sozinha, porque da soma de todos os meus amores, sou, somos infinito...

“Carpe diem...”


Já amei por acreditar na reciprocidade do amor...
Hoje, amo sem precisar de certezas...
Não tenho medo do talvez... Nada espero, nem mesmo amor...
Amo simplesmente porque me faz bem te amar...
Não importa que eu nunca desvende o mistério do teu silêncio,
O que há em mim é maior que eu, maior que minhas próprias crenças...
Como não dizer que te amo?
Eu te amo! E como te amo...
E a este amor incerto, pelo silêncio que nele habita
E não por outro motivo qualquer,
Quero deixar a clareza do que sinto,
E a certeza que nada espero, marcando em mim,
Na minha pele, o eterno...
E se um dia, tudo ou nada nos acontecer,
Não importa...
Não importa que tenha sido ilusão...
Eu vivi...
Estou viva!
Por isso, meu pequeno grande amor...
Nada precisas me dizer...
Estás em mim...
E eu, eternamente dentro de você,
E nós, mesclados...
Dentro de um coração,
“Carpe Diem...”

Escrever é para mim uma urgência. Manifestação dos sentidos. Preciso extrair da minha essência tudo que há de mais sublime, alegre ou triste... Esvaziar-me de tudo para então sentir-me plena. Preciso escrever o meu grito sobre o amor que me confunde os sentidos, que embaralha minhas idéias, mas que contraditoriamente me faz viver em paz. Preciso escrever, entretanto, por causa de alguns acontecimentos recentes, sinto medo de ser mal interpretada. Temo que meu ato comunicativo, mesmo provido de toda “boa intencionalidade”, não encontre a aceitabilidade necessária para que haja enfim a coerência. Tentarei ser coesa e coerente, se é que é possível sê-lo quando se fala de amor.

Ficção? Realidade? Sonho? Fantasia? O que importa? O importante é que acreditaram que era verdade e viveram um grande amor...