Coleção pessoal de Sandrogxp
Desejo a máquina do tempo
para que não haja o havido
e eu recomece misericordiosamente.
Do livro "Os Componentes da banda"
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença,
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Esconder-se no porão, de vez em quando, é necessidade vital. Precisamos de silêncio e solidão, e, não, apenas os poetas. Senão, corremos o perigo de nos esvairmos em som, fúria e esterilidade. O campo para que a palavra se instale para o autor e para o leitor é o campo do silêncio e da audição.
(Em jornal 'O Tempo', 16 de outubro de 2010)
Eu tenho a esperança que nada se perde,
tudo alguma coisa gera...
O que parece morto, aduba...
O que parece estático, espera.
O tempo existe e é uma constante onipresente neste universo.
Mas, ao mesmo tempo, para nós ele é uma ilusão.
Não o aceleramos e nem diminuímos a velocidade do tempo.
Não temos o tempo que passou e não teremos o tempo que não chegou.
Nem mesmo o tempo presente nos pertence, afinal que controle temos sobre ele?
Na verdade, o tempo flui através do INSTANTE.
Nossa existência nesta vida se resume ao instante.
Que o passado sirva como memórias e aprendizados.
Que o futuro nos permita planejar objetivos.
Mas que a vida seja VIVIDA no presente.
A vida não são as memórias passadas e nem os objetivos futuros.
A vida é o INSTANTE.
Saber utilizar as lembranças, desfrutar o instante e planejar os objetivos é o que permite aproximarmo-nos da plenitude existencial.