Coleção pessoal de Samueldsantos

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CAMINHO NÃO TEM FIM - FRESNO⁠

Essa música pra mim fala sobre como as demandas do hoje nos fazem estar em constante movimento, sem tempo a perder, (*)sem chance de errar e ao mesmo tempo de como todo esse esforço, trabalho e tensões são sentidos de maneira solitaria. Pra mim tem muita ligação com como as redes sociais nos obrigam a ser presentes, a estar em constante atividade pra ser valorizado pelos algoritimos e notado pelas pessoas, mas mesmo com tanta gente num mesmo lugar, falando tanta coisa, com tanta informação a gente ainda se sente sozinho de uma maneira geral.

"Depois de tanto caminhar até me faltar o ar, de tanto olhar pro lado e não ver ninguem."
*É só mais essa vez, não vai ter outra vez."

Já na segunda estrofe, eu sinto como se o eu lirico da musica, sentisse uma força vindo de dentro que o impulsiona a fugir desse ciclo vicioso do hoje. E é nesse momento que ele percebe que tem algo que em si que é o unico e é dele e que o motiva a partir pra uma nova jornada seguindo um rumo diferente da primeira estrofe quando ele para de caminhar sem ar.

"A desistencia nunca foi opção e o que eu carrego em coração é algo que eles nunca terão."

Na segunda vez que aparece a trecho "É só mais essa vez, não vai ter outra vez", eu sinto que a frase tem um novo simbolismo. Eu entendo como se fosse o eu lirico tomando coragem pra tentar um tudo ou nada pra se livrar das amarras que o prendiam, como se essa fosse de fato o ultimato dele e depois daquela inicativa dele, n teria volta.


Dai começam as questoes do pra onde ir e o que fazer:

"Me diz pra onde eu vou seguir
Se tudo em minha volta é precipício, desde o início
E o que esse mundo quer de mim
Se eu já dei tudo que me mantinha vivo"


Daqui pra frente a musica toma uma nova forma e aos poucos o personagem começa a criar coragem até que rompe finalmente com o que o mantia aflito. E dai vem as constatações daquilo que acontece com ele após esse rompimento.

"Essa coragem me empurrou
Mas não me fez perder o medo
De ver tudo que eu sou
Me escorrendo pelos dedos
O sofrimento me fez forte
Mas também tão inseguro
Trocou o meu medo da morte
Por esse medo do futuro
Não há mais forças pra voltar
Eu gastei toda ela na ida
Nada vai te preparar pro que importa nessa vida""

No final dessa parte, eu acredito que o personagem encontra finalmente a conclusão desse ato de coragem que ele decide ter a partir da segunda estrofe e entao ele ve a tal ponte que o separa das coisas que ele não aguenta mais sentir e simplesmente o fato de não sentir mais nada e dai cada vez que escuto essa musica eu penso algo diferente, pq o não sentir mais nada pode significar o fim da existencia(a morte, ja que ele n tem mais medo dela), mas também pode significar a indiferença aos fatores que o fizeram tomar essa atitude incialmente.

O refrão da musica, os trechos que eu não citei e principalmente o fato da ponte estar congelada eu deixo pra alguem completar ai, eu tenho alguns palpites, mas queria saber o que mais voces pensam ouvindo essa musica.

24.03.2015 - Última cadeira, Sala 4, Roquete Pinto

Existem pessoas que são capazes de te influenciar mais do que você mesmo. Nem sempre nós escolhemos essa pessoa, nem sempre elas sabem disso. Mas de fato, isso é uma realidade.

As vezes ouvir algo desse tipo de pessoa ao seu respeito pode te desconstruir por dentro, fazendo valores que você considerou por toda a sua vida serem valores bons a serem praticados, em algo repugnante e indesejado.

Eu me sinto assim nesse momento. E sempre que vejo alguém repudiando algo que eu considero um valor importante do meu caráter, eu me sinto na obrigação de mudar. Mas como? Se esse é quem eu sou. Eu sou esse cara, eu não posso negar minha identidade. Mas eles, eles consegue sem saber, fazer grandes alterações naquilo que eu sou. Mas não que isso me faça necessariamente uma pessoa ruim, mas é que isso não gera resultado algum no modo em que eles me vêem.

Julho de 2017

Hoje, os Youtubers de sucesso, as páginas do momento, as pessoas descoladas e as coisas admiradas, são aquelas que trazem humor.
As pessoas estão como zumbies atrás de vídeos engraçados no Youtube, tweets de memes que façam rir, insta snaps divertidos; tudo porque nunca foi tão difícil encontrar a felicidade em si mesmo, nunca foi tão dificil ser feliz e simplesmente ser. E a gente parece acreditar que rir por alguns instantes após ver um tweet engraçado ou assistir um vídeo divertido, nos fará feliz, mas a verdade é que esse prazer tem o prazo de validade tão longo quanto os poucos segundos que um snap pode durar. Por isso corremos desesperados atras de novas fontes de coisas engraçadas, de novidades, de memes, de figuras que tem como finalidade fazer rir. Tudo isso pra tentar maquiar a nossa eterna solidão, o vazio nas nossas alma e a infelicidade que todos nós não fazemos questão de mostrar nas nossas redes sociais.

Somos todos infelizes.

Nunca tive medo do escuro, sempre gostei de estar aonde não podem me ver, e sempre preferi ver à ser visto. Gosto de tocar a meia-luz e quando criança gostava de dormir debaixo da cama, pois era obscuro e claustrofóbico. Mas confesso que descobri um lugar escuro que me fez arrepiar até o ultimo pelo do corpo, que dobrou meus batimentos cardíacos, acelerando minha respiração. Minhas pupilas dilataram, minhas mãos suavam, eu respirava, mas não podia sentir o ar entrando. Eu ouvi o silencio, senti o intangível, meus lábios tremiam, eu queria estar em casa. Era escuro, era minha alma.

A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.

Por que comemorar aniversários?

Hoje, dia primeiro de março de 2017, eu "comemoro" mais um ano de vida. Um ano conturbado, cheio de problemas, depressões, tristezas e crises, apesar de alguns bons momentos, pelos quais, minha vida vale a pena, mas que porém compreende a uma parcela ínfima dos meus dias.
Nesse dia, me pergunto: por que diabos, eu, comemoraria a vida, que fui empurrado a força pra viver, escravo do acaso, domado por um sistema, - Viver, viver! - mal nasci, e já me vi atolado até o pescoço em uma cultura que não escolhi mergulhar, com pessoas que não vi formar, fazendo coisas que não quis fazer. Nasci, cresci, cheguei até aqui; duas décadas de história, mas zero explicações sobre o que significa isso tudo.
Não vejo sentido em comemorar algo tão sem sentido. Afinal de contas, se para mim e para você que lê, a vida é feita a base de sofrimento, dia após dia, agonia, semana apos semana e medo do tão comum desconhecido. Estudar para trabalhar, trabalhar para viver, viver para trabalhar e trabalhar até morrer. Sem saber porque e pra quem, iludindo-se que o dia de amanhã trará melhoras, e as tais melhoras trazem suas inovadoras desgraças - O iphone 6 é muito bom, mas quando eu terminar de pagar ele, precisarei do 7. - penso que tudo ficará bem, quando avançar dessa fase da minha vida, mas eu seria um idiota se não imaginar que a próxima fase, trará consigo toda uma nova gama de dor, junto com um novo remédio que tem como efeito colateral uma nova dor, que por sua vez........ você conhece a história. Desse jeito espero meu descanso, minha paz, minha morte. O fim da dolorosa estrada da vida com seus anestésicos que tentam disfarçar as mazelas destruidoras que essa vida proporciona.
Talvez quando eu chegar perto do dia da minha morte, eu tenha motivos reais para comemorar.

Saudades do tempo em que ser politicamente correto era politicamente correto.

Os sonhos simplesmente são objetivos que a gente re-batiza com esse nome apenas para que pareçam inatingíveis.

Não se perde o que se conquista, só o que se compra. E conquistar sai bem mais caro, mas vale a pena. Vai valer.

Cá entre nós

"Tenho há três anos um computador surrado, dotado de um esturricado HD de 80gb. Ao longo desse tempo, fui baixando discos, criando músicas, fazendo inúmeras coisas até que o espaço acabou, me obrigando a fazer um backup. Por "backup" entenda-se salvar em outro lugar os arquivos que a gente não precisa mais, mas não tem coragem de deletar pra sempre. E foi aí que percebi: eu nunca fui um cara daqueles que fica pensando durante horas o que escrever. É muito mais a minha cara sentar a mão nas teclas de forma afobada e desordenada, no melhor estilo Chico Xavier. Quem acompanha meu empoeirado fotolog sabe muito bem disso. Eu gosto de escrever sem pensar, para refletir depois, quando já estiver publicado. Já cansei de vasculhar os arquivos antigos e, por meio dos meus textos, revisar cada segundoo de um passado que eu poderia ter esquecido. Minha mente se preocupa com cada vez mais coisas, e eu preciso de um backup. Por isso vejo na escrita a solução. Ela é meu backup. É como se eu tirasse da cabeça um momento, uma história, assim abrindo espaço para muitos outros momentos, mais intensos e melhores do que os antigos. E, se minhas sinapses falharem algum dia, lá estarão meus relatos para refrescar minha memória.
Portando, se algum dia você perceber que sua cabeça está cheia de histórias, dilemas, problemas a serem resolvidos, talvez seja a hora de você fazer o seu backup, ou melhor, escrever um pouco, para descarregar um pouco disso tudo. E se for uma história triste, sempre teremos a opção de mandar tudo pra lixeira."

Foi ai então que eu percebi que nem sempre o que
parece ser certo pra mim .. realmente é o certo a se
fazer .. as vezes a gente precisa errar um pouco pra
aprender a viver, e não cair no mesmo erro novamente ..
por isso se hoje eu sou o que sou, é porque um dia eu
fiz o que eu não devia fazer, e disso tomei uma lição
de vida que considero como um tijolo para construção da
minha fortaleza que eu costumo chamar de carácter.