Coleção pessoal de samuel_santana
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Os poetas místicos são filósofos doentes,
E os filósofos são homens doidos.
Porque os poetas místicos dizem que as flores sentem
E dizem que as pedras têm alma
E que os rios têm êxtases ao luar.
Mas as flores, se sentissem, não eram flores,
Eram gente;
E se as pedras tivessem alma, eram coisas vivas, não eram pedras;
E se os rios tivessem êxtases ao luar,
Os rios seriam homens doentes.
PEQUENO ESCLARECIMENTO
Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio..., este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês.
Homens sarados são incríveis. Homens galanteadores são inesquecíveis. Homens românticos são imbatíveis. Mas nenhum deles supera o cara engraçado que desarma qualquer TPM-bomba-relógio. Ele diz coisas que te deixam com a maior vontade de grudar na pessoa, nunca mais ficar triste e rir pra sempre das levezas da vida.
Vontade de sentir aquela coisinha misteriosa de “é esse!”. Como será sentir isso? Eu sempre sinto que “pode ser esse, ou talvez com algumas mudancinhas possa ser esse ou talvez se ele quisesse, poderia ser esse…”. Não, isso tá errado. Quero sentir que “é esse”.
A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.
Não adianta dizer: "Estamos fazendo o melhor que podemos". Temos que conseguir o que quer que seja necessário.
A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias.
Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade; justiça; honra; dever; piedade; esperança.