Coleção pessoal de rosasdispersas
Você é meu sábado à noite
Eu ainda não conheci ritmo melhor do que o seu toque, música mais ensurdecedoramente perfeita do que sua voz, roupa mais linda do que seus olhos e restaurante mais aconchegante do que você em minha calçada. É indescritível o modo como os seus sapatos sinalizam, quando você anda, que é hora de levar-se pela ansiedade e fico ainda mais inerte quando ouço você perguntar se eu estou em casa (é claro que estou, meu anjo). Os nossos olhares não se cruzam, apenas. Os nossos olhares dão um nó! Os lábios ficam secos, a nuca carente e as mãos ainda mais solitárias. Fisicamente, meu corpo também sinaliza que os metros de distância precisam ser reduzidos e você tem que subir logo os degraus dessa calçada para me abrigar num abraço infinito.
Os melhores travesseiros com penas importadas de não sei onde, jamais poderiam ser mais confortáveis que teu colo, meu amor. Cama nenhuma seria mais receptiva que seus carinhos nem chapinha alguma teria melhor resultado do que seus dedos dedicados que me tratam os cabelos desde a raiz até as pontas. Minha maquiagem é aquele autocontrole que o orgulho insiste em tentar transparecer e se perde na primeira curva de um olhar seu. Minha boca parece não querer outro batom que não seja a cor e sabor dos seus lábios e, ora, eles não estão à venda!
Nenhum vestido vermelho brilhante ou preto básico se comparariam a tua camisa super folgada que acomoda meus frios e me emprestam quentura. E nada, meu bem, nada se compara ao cheiro da sua mão que fica na minha e eu, já cheia de saudade, sinto quando você sai. E enquanto você ainda está, seu perfume misturado com o aroma do amaciante da sua roupa me dá lindas vertigens.
Você é mais do que uma visita, mais do que um churrasco, mais do que a boate. Você é aquela sensação de “eu posso dormir tarde porque amanhã eu não trabalho”. E isso é maior que tudo! Te amo.
Empresta-me cobertor. Seja-me frio.
Empresta-me encontro. Seja-me domingo.
Empresta-me sol. Seja-me dia.
Empresta-me caos. Seja-me estrela.
Empresta-me fruto. Seja-me semente.
Empresta-me palavra. Seja-me poesia.
Empresta-me lenha. Seja-me fogo.
Empresta-me dúvida. Seja-me resposta.
Empresta-me palavra. Seja-me livro.
Empresta-me sorriso. Seja-me motivo.
Empresta-me espaço. Seja-me coração.
Empresta-me quarto. Seja-me casa.
Empresta-me enredo. Seja-me vida.
"Ser HUMANO implica em admitir as próprias fragilidades para ser forte, em agradecer para valorizar, em sair da zona de conforto para se sentir feliz, em errar para adaptar o aprendizado, em olhar para a imensidão de todas as coisas e saber que mesmo não sendo MAR, Deus te fez GENTE. E se você tem um coração, tem o maior presente de todos: A VIDA!"
Não havia tremores ou borboletas no estômago. Era só calmaria, uma paz difícil de narrar. Eu podia ver o outro indo embora sem esforços e sem choros, via-o distante, embalado pela pueril sensação de estar livre do meu coração. Embora ainda me fizesse passear pelos bares da alma e, ocultamente, os das esquinas, já não era por aquele rapaz que meu coração acelerava. Era por mim. Sim. Eu era por mim, meus desesperos eram por mim, o suor frio era por mim. E, quando assim me via, dava para ver ao meu lado uma tranquilidade de braços abertos e olhar de abraço infindo. Entradas de sorrisos denunciavam no meu Futuro a vontade de preencher-se de bares sem álcool e passantes que tenham vontade de ficar para um café, para uma vida, quem sabe.
Hoje, todos os dias eu deixo de ser viajante. Ficava pelo doce, abraço... Ficava por mim, por meu Futuro, pela vontade, calmaria, e a certeza de ser certo. Tinha, a cada desejo súbito de passar a vez, a ideia de "O que me faltava era eu". E ficava ainda mais.
O outro?
Passou.
Tira máscara antes de dizer que não presto.
Tira a máscara antes de dizer que não foi justo.
Tira a máscara antes de apontar o dedo.
Tira a máscara antes de tornar sua verdade a mais absoluta.
Tira a máscara antes de dizer que eu tenho uma.
Tira a máscara, aproveita e tira a venda também!
Você não sabe sobre a vida que você não vive.
"Você não é qualquer um. Não é um coração de todas, por mais que insista em dizer para seus amigos que "a carne é fraca". Não te vejo com os olhos de todo mundo e não pense que sou mais uma a te amar incondicionalmente porque te percebo. Você não me engana.
Eu sei quando você quer conquistar alguém e quando sente medo, sei quando quer simplesmente chamar a atenção, porque fez a barba e acha que está mais bonito do que os outros dias. Eu sei quando você quer ser difícil e quando quer fugir, quando olha para os lados em busca do seu antigo amor e sei quando está aliviado por ela não estar no mesmo lugar que você. E eu sei quando está com saudade, mas com o coração cansado o suficiente para não querer demonstrar.
Bem de longe, percebo quando você se levanta para pegar bebida e sinalizar que está ali e a festa pode começar. Dá pra ver quando você simplesmente sorri, mas na verdade sua maior vontade era estar no meio das cobertas assistindo um filme qualquer. Eu consigo entender quando você morre de preguiça de estar no meio de tantas pessoas enquanto poderia estar dormindo.
E não se preocupa que eu também sei que sua carne pode ser fraca. E que quem a construiu foi você e sua mania de colocar a culpa nela, para que não se desse ao trabalho de ser fiel sem sequer se basear no caráter tão bonito que você tem. Que desperdício!
Daqui de longe, eu sei de coisas suas que você nem sabe que expõe. E ninguém precisa me dizer. É só olhar para você da maneira que aprendi."
Existem coisas entre olhares e corações que até mesmo a razão desconhece e a alma duvida. É que quando é para acontecer, acontece. E quando é para deixar para lá, não tem jeito. A gente ignora sem esforço.
Lembra, irmão, daqueles rancores, dos desafetos, das culpas que você delegava e daquele lance de não se suportar? É como se Deus fosse um chuveiro e estivesse lavando isso por dentro. Não é imediato. É aos poucos para que vivamos a vida com a sensibilidade que Ele nos deu. Ele, mesmo com outras palavras, támbém te disse assim: “Filha (o), te vi antes mesmo de ser concebida (o), te planejei, te cumpri. A felicidade que você pensa que não merece, será MUITO PEQUENA perto da que tenho guardada para vivermos juntos. Fica em paz. Não é sobre o que as pessoas vão pensar de ti, é sobre como você me vê. Você é MINHA OBRA. Levanta-te e vai cuidar do que é meu. Cuida de ti que eu te ajudarei.”?
Eu te amo. Começo dessa maneira por não conseguir dizer algo que descreva mais puramente o que sinto por você. E assim, dessa forma bem nervosa e direta, quero dizer que tudo bem não estarmos juntos. Tudo bem não sairmos sábado à noite como sempre sonhei. Tudo bem não te dizer os clichés do meu coração e não rir da maneira que você sorri. Tudo bem não fazer planos contigo sobre o nome dos nossos filhos ou do nosso casamento sem luxo, mas emocionante.
Eu te amo. Não importa quantas vezes eu escute (e até acredite) que essa coisa tão linda que sinto quando você e o tempo passam é obra de quem imagina de mais e age de menos. Também não importa se você casar com aquele seu antigo amor de juventude. Eu ainda respeitarei o olhar que trocamos um dia. Não importa quantas vezes eu seja para você apenas o invisível esquecimento ou a lembrança rápida. Não importa.
Eu te amo. Muito. De uma maneira tão bonita que sorrio só de dizer. De uma maneira tão intensa que nem os anos passados, os desprazeres e desafetos que mancharam meu coração fizeram com que sua cor se apagasse em mim. De uma maneira tão íntegra e honesta que não garanto sentir isso por outra pessoa. De uma maneira tão delicada que te mantenho seguro aqui dentro.
Eu te amo. E não se preocupa, pois está tudo bem. Te amo tanto assim de longe, porque algo me diz que é mais conveniente amar sozinha e por mim, do que estar contigo e amar por dois.
Eu te amo.
Mas existe sim um caminho recompensador. Existe um Deus para atravessar o labirinto contigo e te mostrar como você é especial. E esse amor não é o que vai te fazer voar para que não tropece, é aquele colocará um curativo no seu arranhão e te ensinará a ser mais atento, é aquele que te faz andar mais lentamente para que você observe com atenção tudo aquilo que está na sua estrada. Ele não te coloca máscara, porque sabe a importância da essência você insistiu esconder. Deus, através de Jesus e sendo quem ele é, jamais desistiu de querer te mostrar quem você pode ser. E quanto mais você buscá-lo, mas você se achará.
De você, a única coisa que há é a informação de passado, a de que o coração também sabe quando NÃO É PARA SER.
A mim só compete a tarefa de seguir em frente. A mim só compete a tarefa (a árdua tarefa) de não me perder e de me encontrar quando os labirintos forem difíceis demais. A mim me importa o seu desaparecimento repentino, mas não será mais essa despedida sem sentido que roubará os risos que tenho que dar e os novos riscos que tenho que correr. Sua ida, novamente, não me causará mais o mesmo trauma.
Porque eu também aprendi outra coisa sobre finais: Eles precisam acontecer. Eles são senso comum da vida.
E eu não vou morrer por isso.
Tem gente real. Que vale mais que dinheiro e nos tira das vielas sujas das resistências emocionais. Gente que não mendiga e nem cobra. Tem gente que é obra e doa toda arte que puder doar.
Deus, através de Jesus e sendo quem ele é, jamais desistiu de querer te mostrar quem você pode ser. E quanto mais você buscá-lo, mais você se achará.
O que te dói agora é um sentimento chamado verdade. O labirinto que você está atravessando faz parte de um processo que termina em autoconhecimento e te fará descobrir quem você é em primeira instância, quem foi adormecido pelas necessidades de se sentir aceito e plenamente bem visto por todos. O que te faz sentir perdido é o fato de que quem costurava suas máscaras foi embora de sua vida e tudo o que restou foi você mesmo e o buraco no peito por saber que tantas vezes seguiu caminhos de olhos fechados permitindo que qualquer um enxergasse por você.
Preste atenção nas pessoas que estiveram contigo quando ninguém esteve, naquelas que lutaram para ser, pelo menos, o SEU 50%. E se liga: Consideração não é fruto de gratidão, é fruto de AMOR.
De repente eu não sinto mais nada.
É como se meu coração tivesse decidido se fechar e ponto. Ele já não aperta, já não bate mais forte ao te ver e sequer faz questão de fazer planos para o dia do seu aniversário. E por mais incrível que pareça eu até tento sentir saudade e falta, mas tudo que ele me diz é que não adianta. Que por mais que eu tente, ele não vai mais tornar-se bagunça por alguém que não me doava gratuitamente a mesma importância.
Que seja ansiedade, que seja medo da entrevista de emprego, que seja pelas fobias sem sentido, que sejam os transtornos que o próprio já tem. Mas ele, o meu coração, não admite que o motivo pelo qual adoeça seja por causa de outra pessoa que comete erros como eu e pode ser tão vulnerável quanto. Ele não admite que seja por você.
Te deixou ir. E talvez você ainda esteja aqui na minha mente, admito. Mas, estranhamente, já não encontro o seu aperto no meu peito. Talvez ele tivesse criado paciência um dia. E agora ela acabou.
É inútil tentar imaginar nossa família agora. É inútil pensar em você na forma de futuro, porque em nenhum momento meu coração diz que é você que vale a pena, que é por você que ele vai abrir as portas, que é em você que confiará o transbordar das minhas alegrias.
Acabou. Demorou, mas acabou. É estranho, repetitivo. Mas realmente acabou. Não há sequer um vislumbre do nosso romance que eu sonhava, não há nenhuma importância excessiva que me faça te ligar na madrugada.
De você, a única coisa que há é a informação de passado, a de que o coração também sabe quando NÃO É PARA SER.
Eu aprendi uma coisa sobre finais: que precisamos transformá-los. E não será diferente com você.
Dessa vez eu não vou fazer milhares de perguntas para que eu possa entender o motivo do seu sumiço ou procurar uma forma de chegar até você, retornar nossas conversas diárias e, dessa forma, conseguir me sentir bem. Me sentir viva.
Não dessa vez. Agora eu decidi ficar no meu canto, esperando nada de nada, desconstruindo e reconstruindo o que tiver para ser. Vivendo os meus dias em reconciliação comigo mesma, pedindo perdão e me perdoando por todas as vezes em que achei que despedidas como esta, novamente eram somente por minha culpa.
Eu tenho muito a aprender, entende? E eu não deixo de ser capaz disso sem você. Eu continuo. Eu vou sorrir quantas vezes for preciso e vou chorar quantas vezes for necessário chorar para entender que o foco dessa situação toda não é VOCÊ TER IDO e sim EU TER FICADO.
Sim! Eu fiquei. E agora a situação é sobre como eu vou me dedicar a mim, cuidar dos meus sentimentos, daquilo que eu mesma quero expulsar (eu tenho essa autoridade). Sua ida me confundiu. Mas eu não posso ficar o tempo todo tentando decifrar sua personalidade e seu tempo como se eles fossem meus.
A mim só compete a tarefa de seguir em frente. A mim só compete a tarefa (a árdua tarefa) de não me perder e de me encontrar quando os labirintos forem difíceis demais. A mim me importa o seu desaparecimento repentino, mas não será mais essa despedida sem sentido que roubará os risos que tenho que dar e os novos riscos que tenho que correr. Sua ida, novamente, não me causará mais o mesmo trauma.
Porque eu também aprendi outra coisa sobre finais: Eles precisam acontecer. Eles são senso comum da vida.
E eu não vou morrer por isso.
Eu te entendo. Entendo o seu suor frio, suas mãos trêmulas, seus músculos enrigecendo e sua procura incessante pelo ar. Compreendo seu pânico de gente. E não é da pessoa em si, da sua carne, do seu físico. Seu medo é do olhar, dos pensamentos que não são ditos ou, pelo menos, não na sua frente. Eu sei, meu amor. Sei que realmente na sua cabeça não há qualquer chance ou possibilidade de que isso passe e você vença na vida, que você terá a sua família e as cadeiras de balanço na varanda de casa para sentar e ver seus filhos correrem. Mas eu ainda estou aqui.
Eu tenho visto seus desejos mais guardados e lido seus escritos que só escreveu no coração enquanto estava rodeada de gente que não tinha nada a ver com você. Minha filha, como você sente bem! Mas agora você não pode ver, eu sei. Existem pressas inalcançáveis, existem remédios que você precisa tomar para que a alegria exista. Eu não te condeno. Eu te admiro. Eu ainda estou aqui.
Eu estou ao seu lado quando você quer chegar em casa mais rápido para que, dessa forma, possa ssentir sua dor em paz, sem que alguém diga que isso é invenção ou coisa da sua cabeça. Você é jovem demais, mas e daí, não é? Os corações são aptos a sentir em todas as idades, mesmo quando as mentes são acometidas pelo esquecimento. E… bom, eu estou aqui.
E se por acaso você se sentir culpada por ter aqueles pensamentos extras de querer findar os seus dias, não precisa me pedir perdão. Eu sei que não é você. É você quando há luta, quando, mesmo preferindo dormir, você escolhe viver. Sim, meu amor, a vida é sua melhor escolha e eu a cuido todo santo dia. Nosso pai do céu já escreveu tudo e esta é só uma tempestade mais longa, sabe? As vezes eu tento além das minhas forças pedir ao meu pai que a salve. E ele te salva.
Não é uma luta entre você e você mesma. É entre nós e uma doença. Ela não faz parte de você e nem do que você é. E não, você nunca está sozinha. Nem dopada, nem acordada, nem chorando ou sorrindo. Eu nunca, em aspecto algum desta vida te deixei ou te deixarei só.
Eu te amo e continuo aqui.
Jesus
Não se cobre pelas dívidas alheias, nem se compare ao que não te faz crescer. Seja você POR você, aprenda a ter sensibilidade para entender isso. Muitas pessoas irão colocar um peso nas suas costas e simplesmente irão embora como se nada tivesse acontecido. Não aceite, recuse tudo aquilo que não te fizer caminhar para frente.
Você é linda e pode ser ainda mais reconhecendo que não precisa igualar-se a ninguém para isso. Olhe-se no espelho e veja-se como obra de arte, uma obra que Deus criou e que merece autorespeito, autocuidado e autoconsideração.
Sobre os seus limites só você sabe, sobre suas dores só você mede, sobre seus lamentos só você sente. Então não se permita entrar no “mundo” alheio apenas para carregar dores que não são suas e prestar serviços em troca de amor, sendo que este é gratuito desde o início dos tempos. Gratidão é fruto de consideração, não esqueça!
Doe ao outro aquilo que transborda em você. Não aquilo que te falta.
O maior amor da sua vida é o seu.