Coleção pessoal de RosAlya
Ela ronda
e como um pássaro da noite
Vem e vai
Caça e mata
A lembrança está
mas as ilusões a fazem se afastar
Venha doce criança
Venha e me ensine
O que meu espírito perdeu
ao descer por conta própria
Venha, minha cara
e me encha de vida
A cada manhã
Lembre-me de que
Eu aqui, sou mais útil do que lá
Sempre que a felicidade me visita
sinto que a vida sorri,
que nasci na época certa.
Sempre que ela me visita, vai embora sem deixar pistas,
e em poucos ventos, o que é deixa de ser.
Sempre que a esperança aparece,
como um lenço úmido
limpa todo o cinza
E à menor desatenção
ela evapora, como gotinhas no verão
Sempre que Ele chega
diz que é para sempre
me engana e ludibria
Dia que é o mais sublime e
me faz acreditar
Acreditar no que eu não sou
Vão embora
Ou venham morar
Mas que seja para sempre
E que a fugacidade
jamais os deixe levar
Vão embora!
Há um só lugar
Ou a tristeza ou a felicidade
Só uma pode morar
E a leveza do meu ser veio muito mais dos dissabores...
Deram-me matéria prima de qualidade
permitiram o meu verdadeiro conhecer
Mostraram verdades,
ocultadas pelo Véu.
*
Hoje navego pelas brisas
em meio a um aroma delicioso
Desço, corro, subo, canto e
a felicidade sorri
*
A vida, como Ela me ama
eu a seduzo com astúcia
A cada dia dou mais de mim
e Ela pede mais, apaixonada!
*
O meu partir será doce como eu fui
as sementes que deixarei germinarão
regadas pelo meu amor
Suas flores, frutos, raízes...
Me alimentarão na eternidade.