Coleção pessoal de rogeriotrindade

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A ignorância fede
O fedor da ignorância
De pensar impede.

Sentir, eu sinto
Eu só sinto não sentir
Como você sente.

Ponto a ponto
A cada ponto
Um desaponto.

Saudade...
Carro desgovernado...
Dono de si...
O ponto de partida: o coração...
A estrada: nossa mente.
O ponto de chegada: não tem.
Não faz parada.
Saudade não tem fim!

BRINQUEDOS MÁGICOS
"Cai tanajura na panela de gordura...
Cai tanajura na panela de gordura..."
Parecia mágica!
Mas elas atendiam ao chamado,
Adivinhando as tardes de chuva...
Eram presas fáceis da meninada
As popozudas e aladas saúvas.
Eram tantas que nossos olhos
Não conseguiam contar!
Brincávamos apenas com elas...
Não agradavam ao nosso paladar.

"Vagalume vem, vem,
Teu pai tá aqui,
Tua mãe também!"
E eles também vinham...
Se parecíamos mágicos,
Eles ainda mais
Com seus órgãos brilhantes!
Alumiavam nossas noites
Mesmo que, em alguns momentos,
Com eles fôssemos sádicos.

Cadê nossos vagalumes
E seus bumbuns brilhantes?
Onde se escondem
Nossas amigas tanajuras?

Não há mais crianças
Para chamá-los.
Não somos mais mágicos
Para atraí-los.
Perdeu-se por aí a magia...
Encantamo-nos mais
Com a predadora tecnologia.

PERDIDOS NA NOITE
Quantos se perderam
No meio da noite!
Quantos se foram
De madrugada!
Quantos fugiram
Ainda de manhãzinha!
Quantos poemas perdi
Pelo capricho de não levantar
Quando seus versos me chamavam!

Agora, vai ser assim:
Podem achar que sou louco,
Mas não serei mais doido
De perder meus poemas
Por aí, no meio da noite!

DEUS É PERFEITO
Quase nada é perfeito!
Procuro um número
Para expressar a perfeição divina
Diante de tanta imperfeição
E não encontro!
Não há a máquina perfeita,
Nem a mulher ou o homem...
Não existe o amor,
Nem o lugar 100% bem feitos!
Não teremos o tempo,
O emprego, a viagem
Ou os amigos perfeitos.
A perfeição é algo inalcançável...
Porque o único ser completo
É Deus!
Qualquer coisa que coloquemos
Diante de Sua grandiosidade
Será pequena porque:
Somente Deus é perfeito!

Que dor é essa
Que machuca sem sangrar
Sem remédio
Sem simpatia
Não tem médico
Não há curandeiro
É dor do coração.

Quando o coração
Se entristece muito
Desata a chorar
Inunda estreitos canais
Mas é nos olhos
Que as lágrimas
Vêm transbordar.

CORDEL AO 5° ANO 2017
Galera, preste atenção,
Que agora vou falar
De uma turma especial
Que veio pra arrebentar...
O maior cordel que fiz
No coração vou levar.

O André é o menorzinho
É esperto pra danar,
De sorriso cativante
Gosta é de presentear!
A voz é muito marcante
Muito fácil de apaixonar.

O Arthur é caladinho,
Fala só o que precisar.
Não gosta muito de bola
Queimada sabe jogar.
Garoto muito inteligente
Que aqui vem pra estudar.

Outro garoto é o Carlos...
Tem letrinha miudinha,
Professor manda aumentar,
Vive lá no seu cantinho.
Resposta boa sabe dar,
Apesar de caladinho.

O Enzo é bem conhecido,
Boas risadas gosta de dar.
Quando o pai chega a escola,
Ele trata logo de entrar.
É rápido na Matemática,
Gosta de vídeo no celular.

Vem aí o Gabriel Marques,
Cuidadoso no que faz!
Gosta muito de ajudar,
Aprende tudo, é capaz!
É garoto bastante sincero,
Fala se algo não satisfaz.

Temos o outro Gabriel,
Carvalho é seu sobrenome.
Habilidoso na arte cênica,
Responsabilidade de homem.
Dá-lhe uma tarefa, ele faz
Divide, não é unha de fome.

Quem vem agora é o Ítalo,
Da fila quer ser o primeiro.
Não gosta muito de grupo,
Mas é um bom companheiro.
Sempre pronto a ajudar
Carrega o mundo inteiro.

Mais um caladinho vem aí,
Não gosta de jogar bola.
Jefersson é o nome dele
Com a mãe chega à escola.
Só responde se perguntado,
Mesmo assim não se isola.

O Keven também fala pouco,
Agora já se solta mais.
Descobrimos um bom goleiro
No gol ele pega demais.
Levou troféu no campeonato,
Mostrou do que é capaz!

Pensa num desenhista bom!
Lucas Bernardes: acertou!
Menino bom de escrita,
No desenho também é show.
É tímido, fala baixinho,
Na capa do livro arrebentou.

Tá chegando outro Lucas,
Segundo nome é Leonardo.
Se alguém vai acertar
Parece até combinado:
A turma diz logo que é ele.
Eita, menino, estudado!

De longe já vem sorrindo
Com as covinhas no rosto,
O craque Luiz Otávio,
Gente boa que dá gosto.
Menino muito inteligente
Pra brincadeira bem disposto.

Temos colega peruano,
O inteligentíssimo Mateus.
Também é muito caladinho,
Compenetrado no que é seu.
Caprichoso e de boas notas
Usa bem os dons de Deus.

Outro bom de bola é o Vítor
Já ganhou muito troféu.
É garoto artilheiro,
O estudo não deixa ao léu.
Garoto muito capaz
Pra ele tiro meu chapéu.

Oxi... Agora são as meninas:
Ana Flávia pra começar.
Já gosta de maquiagem
Por fora não quer ficar,
De cabelos negros e lisos,
Um sorriso pra se lembrar.

Ana Lívia é bem tímida,
Dança muito e é esperta.
Certa vez em um teste
Deixou a turma de boca aberta:
Foi a única que leu tudo,
Não fez nada e estava certa.

Anna Clara Cardoso vem aí
Com seu sorriso muito lindo!
De fala leve e bem pensada,
Cada dia vai evoluindo.
Tem muita força de vontade,
Muito bem vai se saindo.

Lá vem Anna Clara Rodrigues!
Eita menina equilibrada!
Bailarina, mesmo se nervosa,
Não tem resposta mal dada.
Sempre educada com todos,
Qualidade que é admirada.

Abram alas pra Bianka
Outra que veio pra arrebentar.
Com seus textos bem feitos
Feitos pra realmente encantar.
Ela também fala pouco
Nas provas nada a desejar.

Doçura de pessoa é a Bruna,
Calma até para repreender.
Abraça a gente com os olhos
Sempre gentil, bom de ver.
Tem um coração de ouro,
Tem sorte quem a conhecer.

Agora é a vez da Camilly
Com seu jeito de modelo.
Só quer saber de tirar dez,
Não quer castigo, nem atropelo.
De voz e gênio fortes
A menina tem muito zelo.

Da mais alta pra menorzinha,
A Déborah é mesmo caladinha.
Vez ou outra seu sorriso lindo
Vem dar uma aparecidinha.
Não se mete em polêmicas:
É da paz a espertinha!

Fiquem calmos, lá vem a Éllen!
Menina de gênio forte,
Muda de humor bem rápido,
Ir à aula é como esporte
Podem sempre contar com ela,
A amizade é o passaporte.

Ela escreve belas histórias!
Falo agora da Izabel.
De Matemática não gosta,
Se ouve falar, olha pro céu.
Tímida e super gente boa,
Cumpre bem o seu papel.

Mais uma das geniosas
É Maria Eduarda Figueiredo.
Não é nada caladinha,
Fala tudo sem ter medo,
Mas é muito carinhosa
Isso desde muito cedo.

Temos Maria Eduarda Silva,
A atriz de voz marcante.
Menina muito emotiva,
Gosta de ser mesmo atuante.
Equilibrada nas decisões
Como deve ser o estudante.

Maria Laura pede passagem
Forte por dentro e por fora.
Só ainda não enxergou
Que é querida, sim, senhora!
Adora distribuir doces,
Com sorriso nessa hora.

Em 1, 2, 3... chega a Mariana!
Sempre muito educada
Trata todos com delicadeza.
Essa menina bem prendada
Toca, dança e canta
Com sorriso bem estampado.

Você pensa que acabou?
Vem agora a Mirella,
Protetora dos animais
Muito esperta acho ela.
Sempre muito educada
Não há quem não goste dela.

Ainda falta a Thainá,
Outra bailarina da sala.
É um pouco esquentadinha
Talentosa que nem se fala.
Dança e canta muito bem
Com multidão não se abala.

Agora cheguei ao fim!
De todos da turma falei.
Foi mesmo um grande prazer
Todo esse tempo que passei!
Dessa grande turminha,
Saudades sempre levarei!

DOCE DE GENTE
Diz a sabedoria popular
Que o doce mais doce
É um tal açucarado
Doce de batata-doce.

Desse só ouço falar.
Pode ser que você goste
Ou mesmo saiba fazer.
Deve ser bom... aposto!

Mas se tem um doce,
Que agrada bem o paladar,
É o "doce de gente"...
Você há de concordar!

Não engorda, é de graça...
Faz bem até pra alma
E a embalagem versátil
Encanta, alegra e acalma.

Vários potes de dia
(Sorte quem à noite tem)
Tornam a vida mais serena:
O coração diz "amém"!

Pode ser que até você
Seja um "doce de gente"
Se alguém por um instante
Você sabe deixar contente.

"E é assim que vens,
Oh saudade,
Feito tornado,
Devastadora,
Assolando o peito meu?

Já tentei pintar-te bela
Bordando lindos versos
Com os feitos teus.

Mas, hoje, confesso:
Pudesse eu,
Não sobraria no mundo
Página alguma
Com o nome teu."
(Rogério Trindade)

Cordel: A dupla fiel
Venham cá, meus amigos,
Sem pressa, com atenção!
Trânsito é coisa séria
Não admite distração:
Quer evitar acidentes
O melhor é a prevenção!

Quem a lei não respeita,
Paga caro qualquer dia.
Pior que a dor no bolso
É perder toda a alegria:
O dinheiro a multa paga,
Não recompõe a família.

Acessórios importantes
Pro adulto, pra criança,
Tá no Código, então é Lei,
Leve na sua lembrança:
O cinto e a cadeirinha
Nos dão mais segurança.

O cinto e a cadeirinha
Vidas podem até salvar.
Pra você e sua família
A certeza de bem chegar:
Companheiros do dia-a-dia
Nunca deixem de usar.

É por isso, meus amigos,
Que lhes chamo a atenção:
O cinto de segurança
Usem em toda ocasião:
Como um amigo do peito,
Levem-no junto do coração!

Limpinho, bem regulado
Não traz incômodo não.
Grudadinho em você
Em caso de colisão:
Contem sempre com o cinto,
Nunca vai te deixar na mão!

Vejam bem, meus amigos,
Ele cumpre o seu papel,
No caso dos pequeninos
Também é amigo fiel:
Unido à cadeirinha
Feito versos a um cordel!

Até completar dez anos
Eles vão no banco de trás.
Bebê conforto, cadeirinha...
O nome aqui tanto faz:
Para as nossas crianças
Proteção nunca é demais!

Acreditem, meus amigos,
Nesta dupla muito fiel...
Pro cinto, pra cadeirinha
É que eu fiz este cordel:
Pra essa dupla amiga
É que eu tiro meu chapéu!

Foi muito bom poder falar
Pra ouvintes tão distintos!
Se a questão é o trânsito,
Não confiem só no instinto:
Levem consigo a lição
Nunca abram mão do cinto!
(1º LUGAR - CATEGORIA CIDADANIA - X PRÊMIO DENATRAN DE EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO - 2010)

Mulher

Injusto te comparar
A qualquer flor.
Esta é passageira,
Ainda que sua beleza
Se eternize no olhar.
Você, forjada em carne,
Ganha de longe
Na arte de encantar.
Injusto te comparar
À brisa da manhã.
Esta, de tal frescor
Que acalma e anima,
Também passa, se vai.
Você, com sua força
É turbilhão de emoções
Que alucina e atrai.
Sim... É injusto
Comparar-te ao fugidio,
Porque tua presença
Se faz mesmo perene
Como o puro ouro
Que não se deixa corroer
Pelo tempo que passa:
És vívida, firme, duradoura.
Mulher...
És sem comparação
A mais perfeita obra
De toda Criação!

MÃE: UM SANTO REMÉDIO
Para dificuldade de falar:
__ Mā... mā...
Para joelho esfolado:
__ Ai, Mãe! Dodói!
Medo de escuro?!
__ Manhê!
Problemas na tarefa escolar:
__ Me ajuda, Mãe!
Nota baixa na escola?!
__ Mãe, a professora implicou comigo!
Falta de apetite?!
__ Comi tudo, Mãe! Já posso brincar?
Não ouviu o despertador?!
__ Só mais um pouquinho, Mãe!
Para desilusão amorosa:
__ Mãe, me dá colo!
Para as influências da moda:
__ Como estou, Mãe?
As contas implicaram com você?!
__ Mãe, me adianta a mesada!
Falta de comunicação com os amigos?!
__ Mãe, me dá um celular novo?
Para tudo na vida: Mãe... Mãe... Mãe...
Mãe é assim:
Remédio pra tudo!
Não tem contra-indicação,
Mas deve ser bem guardada
No fundo do coração!

O berço
De palha, de madeira ou argila,
Bem reluzentes ou mais natural,
Já viraram tradição no Natal
Belas árvores e lindos presépios.

Luzes coloridas, enfeites brilhantes...
Para os olhos são chamarizes.
Alegram e nos deixam felizes
Mesa farta e família reunida.

Mas não é num berço qualquer
Que o Rei Jesus quer nascer!
Tens um coração para oferecer
Que possa abrigar o Menino?

Um coração em que Ele possa
Crescer em graça e sabedoria
E que possa, dia após dia,
Multiplicar seus ensinamentos.

Se tens essa nova morada,
Estarás vivendo o Natal
E a paz reinará afinal.
(Rogério Trindade - 25/12/15)

A MAIOR ARMA DO MUNDO
A maior arma do mundo
Não é um míssil intercontinental,
Não é um submarino nuclear,
Não é um tanque de guerra.

A maior arma do mundo
Não é a metralhadora israelita,
Não é o rifle de origem russa,
Não é o lança-foguetes sueco.

A maior arma do mundo
Está por trás de todas estas.
Mata com a língua maldosa,
Com as mãos cruéis e nervosas,
Mata até em pensamento...
E destrói a si mesmo e ao próximo
Com sua insensibilidade e ganância.

A maior arma do mundo, Meu Deus,
É o homem!

A PALAVRA
Palavra não custa nada...
Mas tem muito valor.
Bendita seja a palavra
Quando dita por amor.

Palavra não custa nada...
Que traga graça e sabor!
Maldita seja a palavra
Que leva tristeza e rancor.

Palavra não custa nada...
Seja cada novo dia
Uma nova oportunidade
De espalharmos alegria.

Nunca se cale o homem...
Que não poupe palavra
Enquanto, da tristeza,
Houver uma alma escrava.