Coleção pessoal de RodrigoSousa2

Encontrados 7 pensamentos na coleção de RodrigoSousa2

Despedida

I.

Menina de sorriso viciante
Dilacera-me a alma
Acalenta-me o coração
Sorria-me mais uma vez

Toque profundo
Toque da alma
Abstrato não há
se o abstrato tivera se deixado tomar-se por diferente

As cores, o toque seu
Toque único, inexistente em qualquer outro lugar ou alguém
Som profundo, viciante e doce de sua voz
Seria o padrão o que se deve ir a frente?

O coração que pulsa
juntamente ao corpo quando em contato com ti
Morre, sofre de saudades
quand9 vai-te embora
Chuva cai, chuva molha
O que devia-se ser alegria
foi-se embora

Aproximar-te-ia ao pulso constante, mas irregular.
Chuva vem, vai embora
Tempo voa, tempo para
Saudade constante, tempo irreversível e congelado.


II.

Goteja a torneira
Silêncio total. Onde está?
A pulsação minha que tivera evaporado
de pouco em pouco?
Não há sublimação, nem botão de replay.
Meu cérebro é a câmera; meus olhos, display.

Inquestionável verdade absoluta,
virou-se contra o ritual-centro?
Ahh, o velho ritual da vida...
nascer, viver morrer.
Goteja as nuvens carregadas,
goteja os olhos carregados.

Disso se fez a vida: altos e baixos.
A despedida dolorosa que devora-me o corpo.
Não só o corpo, mas também a alma.

Se demora meses ou anos a se construir
e segundos para voltar do zero.
Não seria esse o ciclo da vida?



SOUSA, Rodrigo. 2019

Primitivo No. 1

Nossos desejos nos devoram.
E lentamente devoram o cérebro,
o coração e os olhos.
Pronto! Agora somos irracionais.
Primitivo e lutando irracionalmente
pelos frutos de nosso desejo.

Talvez isso seja só um transe
e logo vai acabar.
Será? Um desejo hipnótico que nos devora
e permanece. Nós somos primitivos.

Nos devoramos uns aos outros
com o propósito de alimentar nossa imaginação.
Frio, primitivo e agressivo.
Sendo devorado pelo desejo.

SOUSA, Rodrigo. 2019

Cores (Parte 5)

Diga-me a razão da hipnose que guardas em ti.
Um azul escuro no espaço sideral,
ratos gordos que correm por cantos escuros.
Chuva corrosiva que você fez chover em mim...

A minha loucura num impulso meu num olho meu.
Oh doce carpa, o que tiveste feito naquele aquário?
Um gato tentou te atacar ou foi só a doce menina?
Está numa situação tão dolorosa...
Talvez as gotas amargas, cinzas e corrosivas
da chuva do sorriso dela tenham feito isso.

A euforia em Júpiter, a força gravitacional...
A alegria do pulo volta intensa e dolorida.
Pescador sonhador, viu uma miragem?
Ou a sereia com olhos angelicais era real?

Não há realidade quando a ilusão domina a mente
enquanto cores intensas pulsam;
pulsam como uma taquicardia desesperada
e se agitam feito peixe fora d'água.

Cores viram sons e então uma orquestra.
Talvez uma música livre de vanguarda.
Enfim... cores não são só cores;
São sentimentos e pessoas.

SOUSA, Rodrigo. 2018

Cores (Parte 4)

Lá vai a garota de olhos azuis,
hipnotizando com o oceano que há no olhar.
Um canto que hipnotiza homens sem esperança
e os leva para um abismo sem volta.

Mulher de voz doce e coração frio
que faz a monotonia morrer e dá cores para a vida.
As cores se tornam mais intensas
e o canto da sereia se torna um vício.

A loucura se mistura com o gosto amargo da tristeza
e a garota de olhos azuis se diverte com isso.
Consegue ter o mundo em suas mãos
enquanto manipula a mente dos loucos solitários.

A sua dança hipnótica penetra na mente e vicia.
A louca dançarina de olhos azuis esconde o passado
em sua voz que se misturam com as cores
e logo em semi-colcheias.

SOUSA, Rodrigo. 2018

Cores (Parte 3)

A noite começa, lembranças aparecem.
A rua está cheia de pessoas e ao mesmo tempo vazia.
A loucura renasce no músico, as estrelas falam e eu assisto.
A beleza das estrelas falam comigo, mas a Afrodite não.

O poeta solitário se senta em sua cadeira, coloca um cachimbo na boca
e reflete um pouco...
O cachimbo é acendido, mil ideias vem à cabeça
e logo após pensa em um paraíso que deixou escorrer pelas mãos.

O que eu faria com esses bons sonhos insanos?
Talvez deve-se transformá-los em psicodelia amorosa.
Olhar profundo era o de Afrodite e logo me hipnotizou,
minha cabeça nunca mais foi a mesma.

Garota doce, que jardim lindo esse que você guarda na sua boca!
Jardim hipnótico me deixou louco como nunca no doce mel.
A minha imaginação voa quando reflito e as cores me invadem
e deixo-me em transe.

Uma canção tranquila é composta, já é de madrugada
e o tempo parece devagar...
Tudo se derrete com esse fogo intenso do meu amor.
Ela é a faísca para a minha psicodelia amorosa.

SOUSA, Rodrigo. 2018

Cores (Parte 2)

Um oceano se forma na doce e adorável solidão.
Nada mais parece a mesma coisa...
O oceano retorna... Agora com diferentes cores.

O que é essa coisa que o mundo abomina?
Por que abomina se o tudo são nada menos que cores?
Algumas mais intensas, outras mais tristes e outras mais vibrantes...

Toda a energia que tiveste visto ao teu redor são só cores.
E seria o mundo uma monotonia sem fim?
Seria a loucura só mais uma cor intensa e sombria?

Olho o meu reflexo na água e se formam luzes em neon.
Rio um pouco, respiro fundo e me entristeço
Novamente o oceano...

GAROTA, SERÁ QUE VOCÊ NÃO SABE?!!
Você é a minha razão da minha loucura e amor
mesmo não devendo ser...

Nuvens se movem lentamente,
o feitiço da garota nunca acaba
e estou hipnotizado preso numa teia da qual não consigo sair.

As cores vem e vão lentamente.
Sou várias cores em uma só
e no fim tudo é monótono e colorido

SOUSA, Rodrigo. 2018

Cores (Parte 1)

A chama da minha intensidade incendiou toda frieza
Tudo está ótimo, por enquanto. Em tudo vejo beleza.
Vejo tudo ocorrer, mas não sei se é realidade ou ilusão...
Será que sou quem acho que sou? Talvez sim, talvez não.

O que é essa coisa que sinto? O que é real?
Pássaros cantam e voam, o vento passa pela minha alma.
Quero algo que venha da minha alma, nada artificial.
Felicidade é a razão de eu ter visto em tudo o que ninguém vê.

Há uma porta, de um lado está a realidade, de outro a ilusão...
Será que a realidade faz parte da ilusão da qual sobrevive a população?
Um sorriso... um breve silêncio me faz pensar
sobre aquela certa possibilidade da realidade nos aprisionar...

SOUSA, Rodrigo. 2018