Coleção pessoal de RobinS25

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⁠Cartas Dicotômicas

Quem comigo navega deve saber: meu mar interior é tormenta, ventos, raios e trovões, e minhas palavras calmaria.

⁠O amor vivido em oásis é libertário, rompe com paradigmas, e encontra sua beleza no ato da entrega.

⁠Não sou nuvem de caber em céu sereno— sou o próprio uivo da ventania.

⁠Rótulos Superficiais

Dizem por aí que sou arrogante, desinteressado, descompromissado. Na verdade, até me importo com algumas pessoas, mas a maior questão é, que, eu não tenho tempo para coisas triviais, sentimentos supérfluos... Gosto daquilo que verdadeiramente incendeia a alma, toca o espírito, que nos molda, que ressoa por dentro, que genuinamente nos conecta, entende? Gosto daquilo que é substancialmente verdadeiro.

⁠Não fujo da minha essência, pois é da minha natureza a busca pela chama da alma que pode queimar as frágeis pontes para o trivial, mas revelar a solidez do que verdadeiramente importa.

⁠Dança dos Segredos

No balanço travesso e hipnótico dos seus quadris, um verso impuro, libidinoso, sussurra-me desejos secretos à flor da pele.

Poesia Crua⁠

A vi chegar incrivelmente bela,
vestida apenas de sua nudez.
O poema mais lindo a recitar,
Curvas, traços... desejo em seu olhar.

Quanto mais me inflamas, mais arde em mim o desejo por ti. Provoca-me até que eu te deguste, te devore como um pecado irresistível.⁠

⁠Profana Tentação

O lascivo pecado do seu andar desliza pelos labirintos moribundos da minha mente profanando meus pensamentos.

⁠Graça
Ah, que suave graça seria, ter a leveza de uma alma poeta.
Mirar o mundo por uma janela secreta, e ver tudo em prosa e poesia.

A vida, enfim, se revelaria, em liberdade completa.

⁠A vida, apenas viver não basta... É preciso muito mais do que apenas existir. Flores não nascem e morrem atoa, por nada. Pense na vida como um campo sem flores, apenas um campo (não precisa muito), agora semeie pequenas sementes e depois regue, volte sempre que puder e regue novamente. Se você semear, não importa o tamanho da tempestade, quanto maior ela for, mais e mais sementes irão florescer, pois este é o ciclo da vida. Nascemos de uma pequena semente, crescemos e florescemos, espalhamos nossas sementes e depois morremos. Mas o perfume fica em quem se permitiu cheirar você.

⁠Lua, Luar

Ah, se eu pudesse tocar-te
desenhar-te com o dedo
Pálida, branca como gelo.
Solitário, hei de amar-te.

Ah, se eu pudesse descrever,
este encontro entre nós,
o desejo de estarmos sós,
no lampejo, dou-me a escrever:

"- O fino véu translucido,
banha-me de corpo inteiro,
que jaz prazenteiro,
do meu eu, esmorecido.

Todo eu já combalido,
de minh'alma esvanecido,
pois, de ti entorpecido,
meu eu tenho carecido.

Hoje doudo por inteiro,
no silêncio matreiro,
Fugaz e sorrateiro,
ser d'alma poeteiro."

Ah, se pudesse o nevoeiro,
não me deixar arrefecido,
minh'alma teria oferecido,
como amante... fiel escudeiro.

Tão pálida sua luz sombria,
farta-me de tal maneira,
e ao meu coração esgueira,
quente dentre a noite fria.

A face da terra acaricia,
luzente como um ser divino,
toca nest'alma de menino,
que no gélido sereno, ardia.

Como amantes de histórias antigas,
Deusas, homens e meninos,
finda o espírito, tais desatinos,
nesta e noutras épocas vindouras.

Dominante o nevoeiro,
descansa no campo enegrecido,
Pálida, repousa sobre o outeiro,
e finda o campo enegrecido.

⁠E o poeta escrevia noite e dia as incertezas de uma poesia que nele mal cabia!

⁠A vida traça caminhos que, de início, não conseguimos entender. Porém, tudo tem o seu propósito e os propósitos gradualmente se encaixam. Percebemos, então, involuntariamente, que o querer é bem maior e mais sério do que qualquer obstáculo.

Todo sujeito está sujeito a "sujeiras" da vida.

⁠A vida é curta, curta demais
para eu desperdiçar meu tempo na cia da soberba.
Assim como tão breve é o tempo,
que acompanha esse passear/passar da vida,
sem pena ou remorso.
Entre o passar de um segundo para o outro
de umponteiro de um relógio,
pequenas/grandes coisas acontecem!
E esse tempo todo é um aprendizado
e a soberba é inimiga do aprendiz!

⁠Prefiro ser admirado pelo que escrevo do que pelo que sou, pois nem tudo o que escrevo é o que sou, mas, tudo o que sou, é o que escrevo.

Não há almas poéticas que não se enamorem e não se submetam aos encantos sedutores do luar.

⁠O Tempo

Na maior parte do tempo,
é do tempo que sou feito,
do vazio, cheio ou imperfeito,
Na maior parte do tempo.

Horas, minutos e segundos.
Como se vazio, o peito,
em demasia, o deleito,
em transe e moribundo.

Na maior parte do tempo;
No vazio me aprofundo,
e me toma o passatempo.

Num mergulho profundo,
vagueio contra o tempo,
ansioso e nauseabundo.

⁠Leve & Breve

⁠E que o vento leve
embora, e tão breve,
tudo o que for breve,
e o que não for leve.

E a espera seja breve,
o coração mais leve,
e a alma se eleve,
pois a vida é breve.