Coleção pessoal de robertadiogenes

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Toda noite de insônia eu penso em te escrever, pra dizer que o TEU SILÊNCIO ME AGRIDE; e não me agrada ser um calendário do ano passado. Pra dizer que teu crime me cansa, e não compensa entrar na dança depois que a música parou. Toda noite de insônia eu penso em te escrever, escrever uma carta definitiva que não dê alternativa pra quem lê; te chamar de carta fora do baralho, descartar, embaralhar você e fazer você voltar... ao tempo em que nada nos dividia, havia motivo pra tudo e tudo era motivo pra mais; era perfeita simetria: éramos duas metades iguais. O teu maior defeito talvez seja a perfeição. Tuas virtudes talvez não tenham solução. Então pegue o telefone ou um avião, deixe de lado os compromissos marcados; perdoa o que puder ser perdoado, esquece o que não tiver perdão e vamos voltar aquele lugar...

Timidez

Toda vez que te olho,
Crio um romance
Te persigo, mudo
todos instantes
Falo pouco pois
não sou de dar indiretas
Me arrependo do que digo
em frases incertas
Se eu tento ser direto, o medo me ataca
sem poder nada fazer
Sei que tento me vencer, acabar com a mudez
Quando eu chego perto, tudo esqueço
e não tenho vez
Me consolo, foi errado o momento, talvez,
Mas na verdade, nada esconde essa minha timidez
Eu carrego comigo a grande agonia
De pensar em você, toda hora do dia
Eu carrego comigo, a grande agonia
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Talvez escreva um poema
No qual grite o seu nome
Nem sei se vale a pena
Talvez só telefone
Eu me ensaio, mas nada sai
O seu rosto me distrai
E, como um raio,
eu encubro, eu disfarço, eu camuflo, eu desfaço
Eu respiro bem fundo,
hoje eu digo pro mundo
Mudei rosto e imagem,
mas você me sorriu,
Lá se foi minha coragem,
Você me inibiu