Coleção pessoal de Rjuhcosta
Compreendi que na vida, até os passos para trás, fazem parte de uma dança, que pode está começando, ou simplesmente terminando.
Conto os minutos, as horas passam e mais um dia se vai e nem uma mensagem eu recebo se eu não insistir em falar contigo.
Queria eu, ter alguém que me procurasse porque se preocupa, ou porque está sentindo minha falta, mas meu celular não toca, eu não recebo mensagem, a não ser que eu mande algo para qualquer pessoa, aí me respondem.
Mas é isso mesmo.
Sabe por que insisto tanto?
Porque o amanhã não me pertence, vivo os dias como se fosse o último, pelo menos se acontecer alguma coisa apesar de não ter sido feliz naquele exato momento em que eu te procurei, demonstrei para você tudo o que eu sentia, e mesmo você se afastando de mim, o sentimento permaneceu ate o último segundo e a única coisa que vai restar são apenas lembranças.
Lembranças de dias que foram felizes pra mim, não sei pra você. E que apesar de toda a dor que me fez sentir em algum momento eu fui feliz de verdade porque você me proporcionou isso.
Não esquece nunca dessas palavras, tá bom?
Porque aconteça o que acontecer, onde quer que eu esteja, pode ter a certeza de que você permanecerá para sempre em meu coração.
Ser mãe solo é batalhar todos os dias e torcer pra conseguir suprir todas as necessidades, é contar com qualquer trabalho que apareça mesmo ele não sendo o dos seus sonhos, é abrir mão de você porque existe um serzinho que depende tanto de você que virou uma extensão do seu corpo e isso se torna tão cansativo e nunca podemos reclamar ou até mesmo tentar se recarregar no off, pois "Foi você quem procurou tudo isso". Mas saiba que não, nós não procuramos tudo isso, desde criança somos bombardeadas com ideias de um relacionamento perfeito, uma gestação perfeita, uma maternidade perfeita e, por fim, uma família perfeita, só que nem sempre os resultados são esses. Muitas vezes somos abandonadas durante a gestação, silenciadas e temos que fingir plenitude. Durante a gestação, somos mimadas. Seria Deus no céu e gestante na Terra. Todos querem saber do bebezinho que está sendo formado dentro de nós e, até aí tudo bem. É maravilhoso você virar o centro das atenções, até que esse bebezinho chega ao mundo... Ali você é silenciada, a sua fala já não é importante, a não ser que seja falando dele. Fora isso, somos ignoradas, porque a graça mesmo é ver o bebezinho lindo que nasceu e acompanhar o crescimento dele. A partir daí, ninguém se importa mais com você, se você já comeu, se está de banho tomado, se descansou, se quer uma ajuda, se está bem. Ninguém se importa com você e isso acaba nos levando a um lugar triste onde somos bombardeadas com os hormônios do puerpério, a responsabilidade de cuidar de um ser humano, nossos próprios sentimentos, a preocupação com o futuro, a ansiedade e, junto com ela, uma terrível tristeza que você guarda pra você, pois precisa se manter de pé quando, na verdade, você só quer desaparecer. O cansaço físico existe e o mental também. A diferença é que, com umas noites de sono e um bom banho, tudo se resolve, já o outro... Não é bem assim, né ? Ele vai evoluindo a cada dia mais e não controlamos a situação, mas você pode ajudar. Você que conhece uma puérpera, abrace ela. Você não sabe a dor que ela carrega no peito. Converse com ela, mas não sobre coisas do bebê ou da maternidade. Se prontifique, ajude-a, você não imagina como vai estar salvando ela de um isolamento onde ela não tem voz, onde ela sofre e não pode chorar, onde ela quer explodir, mas ainda assim pensa naquele serzinho. Ele tira tantas noites dela, tantas lágrimas e tantos sorrisos ao mesmo tempo. O que podemos dizer sobre elas? Guerreiras, sejam fortes, vocês não estão sozinhas, tudo isso é uma fase, mas não significa que não possa se agravar. Procure ajuda! Não se culpe por não dar conta sozinha!