Coleção pessoal de rinaldojose
A claridade que logo cedo desperta seus feixes de luz na janela. Deveria ter nome de Clarice.
Que traz consigo harmonia, brilho e um pouco de ousadia.
Coube logo a uma menina, está sem nenhum pouquinho de jeito e totalmente sem tipo.
Já se via a obra da natureza, vida cabocla, jeito sapeca, sorriso desregrado de tamanha a simplicidade.
Findava a beleza na chuva, com o vestido molhado, os pés descalços, correndo em meios desengonçados sobre os poços de água.
Largava a vida natural e tomava rumo de cidade grande.
Conheceu as ruas, popularizou as cidades e sofisticou os filhos.
Hoje completa da abundancia, tem regalia, tem estudo, eita sinhá.
De cá pra lá foi só um passo, onde as de querer parar.
O tempo vai e não volta, leva e não traz.
Faz da hora poucos minutos, agora já tenho poucos segundos. No somar já foi, passou e não deu tempo.
A trama e a fantasia, duas companheiras de datas ínfimas e grandes amigas da boa aventura. Ali se ve história. Uma vive da veracidade, da ficção e surgi a partir do que bem entende.
A outra mais ávida vem ganhando terreno, cria e inventa a todo momento.
Uma hora vê-se descobrindo novos caminhos. Outra, já não se cabe mais no paraíso.Eita mundinho pequeno.
Nessa guerra entre desejo, tentação e pecado ,está de mal com a vaidade. Ganhou fruto, ganhou asas, ganhou o mundo.
A vida é cheia de graça, as vezes brinca,encanta e passa .
Passa com a hora, parte sem demora.
Essa vida é de passagem,tem sensualidade e não desfaz da casualidade.
Parte da passagem tem luz, caminho curto que seduz.
Seduz com ardor, seduz por amor.
Agora conta tudo, conta o que tem e o que não faz.
Lá se vai mais um, mais outro, e depois?
Depois tá mais na frente, vem atrás e tá contente.
Ontem já não é mais hoje!. Lógica, acaso, destino e sensatez.
Na lógica que as águas continuam a descer rio abaixo, e lá de cima continua a brotar uma nova. Desce, sobe, vira e volta, pouco turvas se invertem em suas curvas.
No acaso das coisas acontecerem sem domínio, com força superior às naturais, sem nenhuma preposição de ligação.
Com o destino de poder dela desfrutar, antes que chegue ao mar.
Sensato aos que tiram sustento em meio tempo, ao que delas cantam alegres e tristes, ao que delas inventam, dos que nelas jogam cinzas, e recebem toda a brisa.
Uma única coisa que acontece muda toda uma sequência lógica, criando uma linha estreita constituída por outros canais de ligação.
Ligações capazes de se conectar a todo lugar, fazendo de um grande caos um temporal.
Lugares explorados pelas emoções, e inabitável de sensações. Subdividido nesta ponte pequena, pequena de proporção e imensurável de tanta consideração.
Banalizes em uma vida automobilística, sem poder usar seu maior talento, correr, seguir e de tanto tentar já irias conseguir.
Talvez encontre essas mesmas peças no meio do caminho, uma troca justa nesta estrada curta.
O mundo em si é algo engraçado, difícil e gostoso ao mesmo tempo tentar explica-lo.
Cada um tem uma forma diferente de contribuir com sua opinião. Uns se baseiam nas histórias bíblicas e no sopro da vida, outros mais convincentes do que os demais se apoiam no sustento da ciência e assim vai tecendo seus mistérios, outros vão acreditando na forma como vive e no que vê, e seguem empurrando seus barcos.
Em tudo que pensa e da forma que pensa, tudo te leva a um porquê?
Um porque ínfimo de mais porquês, mas, que cada um vai descobrindo suas respostas.
O bonito de tudo isso é que mesmo ao fim do túnel há uma luz. Uma luz que apesar de todo o escuro que tenta abafar-lá, continua mostrando um pequeno pontinho até que alcançá-la seja possível.
No mesmo essas mesmas pessoas passam na vida, e cuja aparência não tão ''perfeita'' como deveria ser, traz luz, afago, carinho e se mostra um ser transcendental.
Toda criança traz consigo esse ser, um ser genuíno e perspicaz. Embora a vida passe e essa essência mude de intensidade, o dom de descobrir o que é novo e diferente deveria ficar na gente.
Que a melodia seja capaz de servir de inspiração para novos sonetos e outras belas composições.
Que a voz passe de pequenas balbucias e continue saindo da boca como música, cuja canção motiva e domina todas as feras.
Que os anos passe, passe pelas pequenas multidões e as saúdam com toda sinceridade.
Talvez adiante os pássaros voltem a bater suas asas e voltem a alçar novos voos.
Então ainda assim haverá glória, obstáculos e muitos campeões.
O tempo então se diz amigo da verdade, ouve a música e se faz sábio.
Passa mas detém da palavra, do conhecimento e de todo o talento .
Embora esse desejo fervescente seja apenas palavras que cintilam na mente.
Imagino algures, então o tempo se abre novamente lá fora, para que crie planos e viva mais trezentos anos.
Já passa das 6 da tarde. O céu opaco e rarefeito vai se despertando com a luz do luar. A cidade vai ganhando seu ritmo urbano de ser, as luzes vão se acendendo, e as pessoas começando a se locomover.
Uma locomotiva com padrões diferentes, uns mais bonito e espertos, outros se apresentam tao obsoletos aos demais, e quando juntos tão iguais.
Nos bares, nos restaurantes, um balanço uníssono que traz a tranquilidade de tudo isso.
A noite que agora clareia essas terras sagradas, mais a frente abençoa a cidade esperada.
Honra que trazem aos homens a plenitude do paraíso, vão consagrando seus solos e demarcando seus territórios.
Os anos se passaram e a noção do tempo ninguém tem. Foi dia?. Anos?. Milhares pela historia, já sei!
Embora procrastinar não seja o sinônimo de continuar. O conforto agora se tem, pela paciência, dedicação, ou pela inteligência do ser.
Entre os rochedos, a brisa e aquele monte de areia, escutava-se o cantar de uma sereia. Vênus se tratava por sereia, cuja beleza inspirava o amor e se deitava entre o Céu e a Terra.
Nos romances, nas novelas ou em qualquer outro clássico do cinema. As multidões se aquietam em seus lugares, por estas cenas.
História da mitologia que contemplava os deuses, alegravam as crianças, tramavam guerras e davam tanto prazer aos homens. Teve aquele que cuja insensatez se opôs a tais maneiras, e se abdicou com cara feia.
Viva a essa cena, onde o mocinho conquista o coração da donzela, com um olhar esguio, com um sorriso malicioso e por se tratar de um grande garoto, cuja nobreza, não quis servir essa realeza.
Nessas vidas são contos, na outra, o enredo é a nossa mesma. Onde os telespectadores são nossos próprios olhos, passamos e fazemos jus a essa história.
Embora as palavras sejam escritas e essa ponta de grafite seja a intercessora da locução, a voz da o sentido ao que imaginamos.
Queria que as milhas fossem mais curtas, pois a saudade interrupta me faz querer algures.
Já é fim de tarde e o por do sol desce em aplausos, para que a noite vigore por mais essas horas e finde ao amanhecer.
Estrelas já brilham e esta noite que outrora jazia escura, agora ganha vida e brilho próprio. Por fim penso nesses pequenos feixes de luz, que brilham em orbita em tamanha distancia, clareando tantos cais.
Os bancos das praças voltam a se encher, novos casais começam novos planos, enquanto os outros se esquentam em seus panos.
Quem sabe essa roleta, seja feita de proveito e para que assim possa ganhar rumo e um novo endereço.
Já é quase meio dia, o ponteiro do relógio cintila no meio da avenida.
As pessoas que passam se aproxima, para ver o bater do sino.
Eita barulho bom, traz paz, traz festa, faz jus ao que não interessa.
As mesas estão postas, os melhores talheres para se servir. Os convites foram entregues as crianças, aos adultos e outro monte de gente.
Da sala ouvia-se apenas os burburinhos das crianças que brincavam entre os jardins, corriam, pulavam, dançavam sem fim.
Esta nisso algo que o tempo não traz diferença, ela passa e ainda me lembro. A idade faz parte da numerologia, embora a astrologia poça participar. Uma analogia aos que vão seguindo seus signos, por mais que o coração palpite aos 100 anos com a mesma veracidade desses 50. Essa alma viva ainda gozara de seus sabores de menino.
No mural havia uma escrita milenar, começava a aprender a tradução de símbolos que haviam sido perdidos no tempo, e agora recém descobertos nessas pequenas frações de papiro.
Em uma escrita cuneiforme e um tanto fora do uso popular, fez-se ganhar conhecimento para descobrir seus enigmas.
Seus traços levaram a mapas, onde tesouros inteiros permaneciam intocáveis.
No mais alto dos tesouros haviam chaves que ligavam a dois mundos distintos, um trazia a força da antiguidade, o outro, o futuro.
A versão mais antiga vinha a partir do descobrimento, traçando os primeiros passos e deixando seu papel na história. A outra mais ousada, pensava um tanto mais na frente, fazendo dessa alvorada um trilhão de oportunidades.
Cedo e o orvalho vai caindo noite adentra, tomando frente ao pequeno chuvisco.
As folhas ainda molhadas, vão escoando suas últimas gotas d’agua, e ganhando sua verde cor de esmeralda.
O doce canário observa alegre, e tagarela logo cedo no pé do carvalho.
Clara e doce melodia que desperta o restante da natureza.
Com as algazarras da passarada o dia vai ganhando vida, na beira dessa bela vista.
O homem do campo desperta-se com o cacarejar matinal, e dá bom dia.
De pé e pronto para os labores do dia, o dia vai ganhando brilho.
O café posto na mesa vem dos sabores, das ultimas estiagens, das ultimas chuvas, das cinzas, dificuldades, vitorias e das ultimas folhas que caiam.
Na parede o calendário mostra que já se passou mais um ano, e que vem chegando outono para o inicio de uma nova colheita.
Nesse interim o tempo passa, a tarde cai e um bom vinho já esta na mesa, para acalentar a chegada de um novo dia.
No fim da tarde o que sobra é tudo isso, a quem preze pelo sossego, pela calmaria e pela beleza da vista. Mas também aos que conhecem suas dificuldades, e a exaustão do dia após dia.