Coleção pessoal de Rick
Há momentos que nem as mas belas palavras podem transmitir o intenso e forte sentimento, e para esses momentos cabe o olhar...
TREM AZUL
Acordei numa viagem
Possuía passagem...bagagem
E mesmo sem entender
Fazia parte da "viagem"...
Existe uma meta
Que não é traçada com a reta
Seguimos mesmo sem entender
Até onde ela ira e para onde nos levará
Viajamos num "trem azul"
Sem saber se irá pro norte ou pro sul
Se chegaremos em Istambul ou mesmo sem razão
A qualquer um dos "SÃO" não se sabe a direção...
Existe uma força maior
Que nos faz sentir menor
É uma complexa questão
Que se desconhece a razão...
Vive-se no Sul... faz-se sem sorte no Norte
É preciso ter cuidado com a peste que sobrevive no Leste
E o oeste com certeza poderá acabar em pobreza
Tudo é vivido... mas tudo é incerteza...
Mas o trem azul não para... não pode parar
Não importa onde vai chegar... o destino é obscuro
O perecer é sem saber o que irá acontecer
Pode ser que tudo ira acabar... que nada restará...
O trem azul segue viagem
Até não precisar mais de minha bagagem
E mesmo que lutar, dele não se consegue escapar
É necessário no trem azul viajar...
E quem dera os sonhos meus
Eu vá encontrar Deus
Que poderá me explicar, porque no trem azul
ELE me determinou viajar!
HOMENAGEM AO CADAVER DESCONHECIDO
VOCÊ
De todos os caminhos que a vida nos deu
No pior deles voce viveu
E não creio que de fato
Voce o escolheu...
Roupas surradas, os pés quase sempre no chão
Não tinhas identidade
E sem ter um caminho certo
Perambulavas pela cidade...
Sua pele de frio ardia
Seu estomago de fome doia
Mas seu coração insistia e batia
E sem rumo e sem destino, voce sofria...e vivia...
Sofrestes amarguras, fôras enxotado, humilhado
Em seu rosto o olhar cansado
Já sem esperanças...desanimado
Pois fôra por poucos ajudado...
Como suportavas viver seu dia a dia?
Se quando entardecia...sem ter moradia
Entre jornais e papelões...voce adormecia...
Tiveste um dia familia? Éras um ser humano
Mas da maneira que viveu, ate disso se esqueceu
Sofrias...possuias sentimentos
Afinal...éras composto como eu...
Porque afinal vivêstes assim?
Seria destino, carma ou fraqueza?
Hoje já não mais importa...és "peça" de um laboratorio
Em baldes ou sobre a mesa...
És admiravel pela nobreza
Seja quem tivestes sido
Vivêstes na pobreza e sem ter sido sua escolha
Hoje és cortado como folha...
A toda sociedade
Que não conseguiu te enchergar
Que por muitas vezes chegou a te desrespeitar
E é a essa mesma sociedade que hoje voce vem ajudar
À voce desconhecido
Só temos que agradecer
Pois a ciência não teria êxito
Caso não existisse "VOCÊ"...
Escrever é um dom
Dim de passar para o papel
Aquilo que se sólta e por vezes
Se explóde para fóra do meu "eu"...
Escrever é poder voar pela imaginação
É dar asas a vasão e escrever...esvrever...
Mesmo que nunca ninquem venha a ler
Mas para sempre escrever...
Escrevo a esperança, aquela que nao se cansa
De com muita paciência......esperar...
Espera algo que talvez nem venha
Mas esperar....é poder sonhar
Sonhar com o idealizado
Talvez até com um desejo nao desejado
Ou talvez com um "de repente"
Que por ventura a vida nos apresente
E mesmo que no futuro se faça ausente
Chegando até a me machucar
Mas que pelos momentos vividos..
Vale a pena sonhar...
Fantasia, idealização...é mesmo como um vulcão
Que explóde o coração e na vida podemos navegar
Navegar a sonhar, sonhar e amar, amar e desejar
Desejar e possuir, mas sem auto destruir...pois
nada rolou...apenas se sonhou...
É a fantasia, que se dane a realidade
O importante é crer num amor, num amor de verdade
Pode ser até um amor de adolescente, mas a mente, porque mente?
Talvez para se desvencilhar da responsabilidade e nao ver
maldade e continuar a sonhar...
Escrevo a ilusão...ilusão sem a decepção
Sonhos, fantasias...nao faz mal
Afinal...vivemos em pleno carnaval!
Um dia somos "destaque" em outros estamos
em um "Blóco de araque"...mas sempre, vivo a emoção
Emoção de ser gente, gente que sente...sofre e nao se cansa
Que vive de emoção...que ama e é comandada pelo coração...
A estação se faz presente
Mas no vai e vem estás ausente
Deixando-me descontente
Gente que não é gente...
No olhar desesperado
A procura do amado
As lágrimas a rolar
Não adianta esperar...
O tempo se faz nublado
A chuva cai...forma enchurrada
Minha mente vazia...ja cansada
Não quer mais pensar em nada...
Paro...olho a multidão
O vazio da imensidão
Com o olhar já perdido
É melhor fitar o chão...
Essa busca desenfreada
Que se prolonga até as madrugadas
Resultou numa desvairada
Vida de busca...sem levar a nada...
Hoje estou insensível
No brilho dos olhos trago a dor
De quanto tempo procurei
Por um verdadeiro amor...