Coleção pessoal de RicardoM80

⁠Relatos das Margaridas

Ah! Tenho meu temperamento
Nem sempre sou fácil
Mas sou mãe, amo minhas filhas!
Tem dias, que basta uma careta
Falo mesmo, digo o que penso.
Mas sou mãe, amo minhas filhas.
E se mexer nas minhas panelas!
Pense numa confusão.
Mas sou mãe, amo minhas filhas.
A vida é que as vezes é dura com a gente.
E a gente revida como pode.
Mas sou mãe, amo minhas filhas.
Ser Margarida, nem sempre é ser flor.
As vezes, rola uns espinhos, fazer o quê?
Mas sou mãe, amo minhas filhas.
E sendo mãe, e amando minhas filhas
Vejo nelas um pouco de mim
A flor, o espinho, o sorriso, o olhar.
Sigo sendo mãe e amando minhas filhas!

⁠Sigilo da dor

As vezes a dor da gente
Pelo outro não é notada
E nem queira que seja assim
A ferida será aumentada
Ela foi feita pra ser doída
Ensinar e ser entendida
Pra meu "eu" fortalecer
Servir de recomeço
Refazer-me do tropeço
Minha história enriquecer

⁠Viver é ragar-se e remendar--se
Guimarães Rosa já afirmava
A vida é de transformações
Nunca vai ser mais o que estava
A gente sofre, supera, se reinventa
Sai do que machuca, da tormenta
E assim, vem o remendo, superação
Se reinventar, recriar é necessário
Letícia, fez dele o seu intinerário
E quis sua mudança, transformação!

⁠Eu não sou bondade,
Eu tento
Eu tento ser verdade
Nem sempre sou
Nem sempre sou justo
Mas sempre o que tentou
Pois por nossas precariedades
Perfeição não é verdade
Mas existe a busca
A tentativa
Alguém que se esforça pra ser
Toma a iniciativa
Querendo fazer o melhor
Buscando ao seu redor
Tentando fazer o bem!

⁠Você já decidiu que vai ser feliz?
Entendeu que é só querer, acreditar?
Pois a vida é sua, você que determina
A felicidade é alcançável, é só buscar
Percebendo que nem tudo é perfeição
Encontramos barreiras, desilusão
Mas cabe a nós encontrar o caminho
Tortuoso sim, mas com alegrias
Com sonhos, paixões, fantasias
Ser feliz é se ferir e retirar o espinho

⁠Fuga

Dos amores que eu fujo
Dos amores que eu sigo
Qual é o melhor pra mim?
Juro que não sei, não consigo
Aquele que me faz bem
Ou o que traz desatino
O que eu penso que tá certo
Ou que está no meu destino?
Será que destino existe?
Bate forte, inflama, persiste
Quem pode afirmar, saber?
Destrinchar, ver, perceber
Esse é o grande dilema
Questão, situação problema!

Esperar

⁠Olhando a janela da vida
Vi o preço do esperar
Será que vale a pena,
Tudo que se deixa passar?
Cada um, uma resposta tem
Se importa, se te custa, se faz bem
Daí cabe uma reflexão
A vida é rápida, sem demora
Quando penso que vem, já foi embora
Esperar é perda de tempo ou não?

Crepúsculo de Outono

O crepúsculo cai, manso como uma bênção.
Dir-se-á que o rio chora a prisão de seu leito...
As grandes mãos da sombra evangélicas pensam
As feridas que a vida abriu em cada peito.

O outono amarelece e despoja os lariços.
Um corvo passa e grasna, e deixa esparso no ar
O terror augural de encantos e feitiços.
As flores morrem. Toda a relva entra a murchar.

Os pinheiros porém viçam, e serão breve
Todo o verde que a vista espairecendo vejas,
Mais negros sobre a alvura unânime da neve,
Altos e espirituais como flechas de igrejas.

Um sino plange. A sua voz ritma o murmúrio
Do rio, e isso parece a voz da solidão.
E essa voz enche o vale... o horizonte purpúreo...
Consoladora como um divino perdão.

O sol fundiu a neve. A folhagem vermelha
Reponta. Apenas há, nos barrancos retortos,
Flocos, que a luz do poente extática semelha
A um rebanho infeliz de cordeirinhos mortos.

A sombra casa os sons numa grave harmonia.
E tamanha esperança e uma tão grande paz
Avultam do clarão que cinge a serrania,
Como se houvesse aurora e o mar cantando atrás.

Bela e luminosa.

⁠A menina que acho linda
É do pop e do funk
É do sertanejo e é punk
Romântica e audaciosa
Incomoda e faz barulho
Ela é bela e luminosa
Brilha e arde
Silenciosa ou com alarde
Ela é ela, e isso é demais
Me encanta, me alegra
Me enloquece e traz paz
Ela é a menina dos meus sonhos
Ela é bem mais

⁠⁠Dia bom

Um dia bom
É você quem faz
Esquece o que te fez mal
Recupera a tua paz
E assim vai levando a vida
Escolhe um bom lugar
E tua música preferida
E vai cantando, sorrindo
E se a tristeza chegar
Dela vai se despedindo.

⁠Feitos de mim

Meus poemas
São feitos de histórias
De derrotas
De vitórias
De tantas coisas vividas
Lembradas
E esquecidas
Abandonadas
Ou remoídas
Meus poemas
São feitos de mim
Ou de você!
Quem vai saber?
Quem lê!

⁠Luz

Ela é luz que ilumina
A vida de tantos
Ilumina a minha
Olhos de mulher
Coração de menina
Ela é Sol
Ela é Lua
Brilha e arde
Tem fases
Não desanima
Ela é o brilho
Ela é tudo
Ela é linda!

⁠Candidata a amiga

Ela quer ser minha amiga
Tendo uma beleza que me atrai
Ela quer ser minha amiga
Tendo a boca que eu mais desejo beijar
Ela quer ser minha amiga
Tendo o olhar mais lindo
Ela quer ser minha amiga
Tendo o sorriso que me ganha
Ela quer ser minha amiga
Tendo o dom de me encantar sempre
Ela quer ser minha amiga
Tendo todo o meu desejo por ela
Ela quer ser minha amiga
E eu? Quero o que?
Quero ela! Muito, muito, muito!

⁠Mulheres dos meus versos.

Mulheres de tantas lutas
Mulheres de tantas labutas
Até onde vai tua energia?
Que nos encanta e irradia
E quando tudo é desafio
Tu és corrente como o rio
Que não para nem desiste
Tem força, persiste
E diante do preconceito
Tu requeres teu direito
E num mundo desigual
Tu és especial
Pois mulher o mundo é teu
Seja bela e do lar
Se quiser, vai viajar
Nunca seja obrigada
De nenhum homem, a empregada
Seja sempre para o bem
Espalhe sorrisos também
Fica aqui o meu abraço
E pra cada poema que faço
Tu estás nos versos meus!

Semeador de sonhos
Transformas uma nação
Enche a vida de sentido
Mostra ao mundo a direção
Mesmo frente as dificuldades
Superando adversidades
Não desistes da labuta
Pois sabes do teu poder
Mediador do saber
Professor tu és de luta!

Entre prosa e poesia
Fiz da vida uma alegria
E assim hei de viver
A cada amanhecer
Acreditar que vai ser bom
Esperança é um dom
Que fortalece quem a tem
Anima, e só faz bem
Traz paz ao coração,
Se a vida te der um não,
Um sim deves buscar
Não desistas de amar
Pois o amor é solução.

Conflito

As vezes a vida é estranha
Somos movidos por uns "querer"
Por uma insistência absurda
Machuca-nos sem perceber
Parece só teimosia
Teima que nos propicia
A busca do inalcançável
De algo que se perdeu
Já se foi, partiu, morreu
Acabou, não é viável

E assim, vem o conflito
O que quero, e o que me convém
Desfazer do que nos faz mal
Buscar o que só faz bem
Não se deixar diminuir
A vida tem que seguir
Esse é nosso dilema
Nosso carma, provação
Requer sábia resolução
Visto que é um problema

Felicidade

O que é felicidade?
É viver
É conviver
É buscar
É encontrar
É sorrir
É construir
Verbos no infinitivo
Num infinito de possibilidades.
Ser feliz é tornar possível!

A beleza está nos olhos de quem vê
Iolanda Cabral já dizia
Como podem meus olhos tal exagero?
Que ao te ver, afirmaria
És tão bela, linda menina
Me encanta, atrai e fascina
Fico bobo a te admirar
Seus olhos e o lindo sorriso
Adorno nenhum é preciso
Pra teu belo rosto enfeitar.

Meu sonho bom

Sonhar contigo me faz bem
Me leva a um mundo encantado
Dormindo ou acordado
De você me fiz refém
Livre te deixo, porém
Pois o amor não deve ser trancado
Muito menos acorrentado
Haja vista que só faz mal
Você é meu ideal
Sonho bom, meu ser amado

Das coisas belas da vida
Você veio e me encantou
Doce e meiga me conquistou
Curando a antiga ferida
Bela amada, minha querida
O cupido me acertou
Tiro certeiro, me enfeitiçou
Hoje só quero os beijos teus
Tenha sempre os carinhos meus
Sejas sempre o meu amor!