Coleção pessoal de RhuanL09
As coisas vão num espaço curto de tempo.
E voltam como se nada valesse apena.
Um dia abra os olhos e perceba o mundo dos homens.
Nele o simples não é belo.
A realidade é uma imaginação fértil.
E o adubo é vontade de viver.
Momentos de prazer se misturam com a fustração de não poder.
O que não se pode ter.
Onde a sensação é longa.
A viagem é curta.
E a insatisfação é prolongada ao infinito.
Você é um simples objeto da manipulação social.
Seus caminhos são direcionados e suas atitudes são oprimidas.
Você é escravo das leis para assim se sentir livre.
No entanto sua conduta incolor e sua aparência desagradável para muitos.
Transforma sua liberdade utópica em um grande cativeiro.
E você se pergunte porque até o simples e espontâneo gesto de pensar se encontra contraído e persuadido por esse sistema selvagem.
Mas a questão é saber se podes sonhar.
ao menos sonhar por dias melhores.
Pois nossos dias sobre a terra passam como sombra.
E o caminho da morte é o mesmo para todos.
Chegaste sem se apresentar?
Roubaste sem se importar?
Mataste sem se comover?
Quem é você?
Ordem e Progresso!
As circunstâncias me fortalecem de algo divino dos Deuses.
Vicia meu corpo e as consequências são meras distrações momentâneas.
Nessa oscilação de prazer e dor que diverge minha vida
aos concelhos de minha mãe.
E me concebe um lugar mais perto do abismo,
onde o fracasso anda abraçado com a oportunidade que hoje tenho
e não sou digno de possuí-la.
Diante de uma razão que só ao meu ver é pura racionalidade.
Só ao meu ver...
Mas penso que não sou fruto dessa vida singular.
E hoje sei o sentido de viver bem, é viver ausente da miséria
de um futuro que ainda não é seu e te prende.
Porque dedicar-se a esperar o tempo que estar por vir são para aqueles
que não habitam no presente.
Por isso minha boemia desvairada.
Interpreta o presente estado de possuir-me feliz.
Não trago na postura pintada do meu corpo.
As respostas do meu comportamento.
Adentro no ressinto ardiloso.
E por contaminação.
Desejo excretar o tormento que cresce dentro de mim.
Ninguém observa os olhos a me espreitar por máscaras
de injúria.
Nesse reduto só os cachorros me vêem amistoso.
Porque a ofensa não estar nas palavras reforçadas de sinceridade.
Está na escolha de camuflar o mal que te aflige.
E o bem que negas a teu próximo.
Eu criei asas quando minha gênese não permite gerar.
Os sonhos são tão grandiosos que me permitem voar.
Eu criei argumentos quando a minha voz não se ouvia.
Na música as palavras ficam claras nuvens.
Eu criei a loucura em outros territórios a serem desvendados.
A lucidez não ajuda a quem tem esperança.
Eu criei o caminho plano de baixo do sol que racha a terra
da inoportunidade.
Porque sem sentimento a razão prevalece.