Coleção pessoal de Rhade
Vejo que com o passar do tempo os amores antigos já não mais me atingem, já não mais me invadem o pensamento, já não mais me faz sonhar e suspirar ou sofrer em desalento. Nessa continuidade, percebi que a vida é mesmo cheia de surpresas, amores que vem e vão... E aí de repente percebo pela falta de ajuste, que o sofrimento apenas muda de nome e sobrenome, pontuado pelo desejo das partes de viver o amor e transpor as barreiras impostas pelos homens.
Em algumas situações, novos amores curam feridas antigas. Para mim, no entanto, foi sentenciada pelo destino uma coleção de feridas; quando eu não estou curando as dores de alguém, estou me apoixonando por esse alguém e abrindo precedentes para novas feridas em mim, devido ao fato de não ser exatamente tudo aquilo que o "alguém" desejava.
Os Algozes da vida me fizeram refletir em cada estrada, em cada corpo, mala...em cada copo cheio ou vazio que você não estava. Então, de repente essa reflexão tão assustadora me levou a pensar: Minha vida parou ou fui eu quem parei em você?
Percebi. A resposta já existe! A minha estupidez é que não me permite enxergar que a continuidade já foi pontuada.
Enquanto o poeta segue a canção: " Há meros devaneios tolos a me torturar", eu por meio dela sigo sentindo na pele que até o momento, sem você não dá.